Picape Chevrolet S10 2.5 Ecotec tem motor moderno e de manutenção simples para o mecânico, conforme manda a tradição da marca
Texto e fotos: Leonardo Barboza
Em um segmento bem exigente como o de picapes, opções para todas as necessidades não faltam. A General Motors do Brasil, disposta a atender qualquer tipo de demanda, disponibiliza a Chevrolet S10 em 12 versões, sendo que a de entrada, Chassi 2.8 Turbo Diesel 4×4 MT, sai por R$ R$ 124.590. Já a versão topo de linha, High Country 2.8 Turbo Diesel 4×4 AT, custa R$ 191.990. A versão que avaliamos neste Raio X é a intermediária LTZ 2.5 Flex 4×4 AT, cujo preço inicial é R$ 138.990.
Substituto do GM família II, o motor 2.5 Ecotec reúne o que existe de mais moderno em tecnologia como: injeção direta de combustível, duplo comando de válvulas variáveis, bloco do motor em alumínio, bomba de óleo variável, controle eletrônico da temperatura do motor e sistema de partida a frio sem tanquinho.
Além do novo motor, a versão avaliada também é equipada com transmissão automática de 6 marchas e com tração 4×4 reduzida com acionamento eletrônico. Para checar as condições técnicas de manutenção do modelo utilitário, contamos com o olhar técnico do mecânico Nilson Patrone, mecânico e proprietário da oficina Power Class, localizada em São Bernardo do Campo/SP.
REVISÃO DE ROTINA
Ao abrir o capô, o mecânico já aprovou o amplo espaço no cofre do motor, para o serviço. Para ele, essa sempre foi uma das características que ajudou a marca a ser referência em manutenção fácil para os mecânicos. Mas um ponto de atenção levantado por Nilson foi a tampa do filtro de ar do motor, na qual existe um anel de borracha que, na opinião dele, deveria ser colado. Para colocar a tampa no lugarnovamente, foi necescessário retirar as luvas de proteção da mão e contar com a ajuda de outro mecânico, por incrível que pareça. “O anel de borracha da caixa do filtro de ar tem diâmetro menor, com isso ele exige uma certa paciência e habilidade na hora de encaixar a tampa do filtro”, disse Nilson.
O mecânico aponta que a picape possui ótima localização do filtro de óleo do motor, bem próximo ao bujão do cárter, filtro de combustível sob o veículo, próximo ao tanque de combustível, e o filtro de cabine localizado na parte de trás do porta-luvas. Patrone afirma que os componentes inclusos nas manutenções de rotina são todos de fácil acesso, por conta do espaço generoso para o trabalho, como já mencionado.
CORRENTE/CORREIA POLY-V
O sistema de sincronismo do motor é feito através de corrente que é projetada para ter a mesma durabilidade que o motor. Patrone conta que para garantir a total eficiência da corrente, é fundamental utilizar a especificação correta do oléo do motor, neste caso, o lubrificante Dexos 5W20, API-SN, ILSAC GF-5 que é indicado na tampa de óleo no cabeçote e no manual do proprietário. “O uso de óleo incorreto leva a uma série de problemas a longo prazo para o motor que poderiam ser evitados com uma simples troca pelo óleo correto”, adverte Nilson.
Com relação à correia de acessórios, a picape utiliza correia do tipo poly-v com rolamento tensionador. O plano de manutenção indica a substituição da correia somente a 240 mil km porém pede a verificação de seu estado a cada 10 mil km. No olhar do mecânico, a substituição da correia é bem tranquila graças ao espaço no cofre do motor.
TRANSMISSÃO E TRAÇÃO 4X4
A manutenção do câmbio automático de 6 marchas da S10 é bastante facilitada. Também há amplo acesso para a remoção da caixa, se houver necessidade. A troca do óleo de transmissão deve ocorrer a cada 80 mil km em condições de uso severo. Em condições normais de uso, Nilson explica que existe um teste no qual é retirada uma amostra de 150 ml do oléo e feito uma analise das condições do fluido e de sua vida útil. Em relação ao sistema de tração 4×4, o mecânico chama a atenção pela localização desprotegida do módulo eletronico de acionamento da tração.
INJEÇÃO ELETRÔNICA E IGNIÇÃO
O sistema de injeção eletrônica direta da S10 é bem prático para manutenção. Corpo de borboleta e bicos injetores têm fácil acesso “Para a retirada da bomba de combustível de alta pressão e dos bicos injetores, é necessário a remoção do coletor de admissão. Os parafusos estão bem localizados e com fácil acesso para remoção”, comenta Nilson. A bomba de combustível de baixa pressão fica dentro do tanque. Para a manutenção é necessário fazer a remoção do reservatório.
O sistema de ignição é composto de quatro bobinas independentes e velas de irídio com durabilidade prevista de 150 mil km. Nilson explica que a ponta da vela é cônica, o que elimina a utilização do anel de vedação. “Nesse motor é exigido apenas o torque correto e não há necessidade da instalação da vela com o eletrodo massa na posição correta, como em alguns casos de modelos com injeção direta”, finaliza Nilson Patrone.
FICHA TÉCNICA
CHEVROLET S10 LTZ 2.5 FLEX 4X4 AT |
MOTORPosição: Dianteiro, longitudinal
CÂMBIOAutomático, 6 marchas, tração: 4X4
FREIOSDianteiros: Disco ventilado
DIREÇÃOElétrica
SUSPENSÃODianteira: Indep. McPherson
RODAS E PNEUSRodas: Liga leve, 18 polegadas
DIMENSÕESComprimento: 5.361 mm
CAPACIDADESTanque de combustível: 76 litros |
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