Jeep Renegade Longitude Diesel é complexo na hora da manutenção e demanda paciência
texto e fotos Leonardo Barboza
Fabricado em Goiana/PE, o Jeep Renegade é fruto da fusão em 2014 do Grupo Chrysler (bandeiras Chrysler, Jeep, Ram, SRT e Dodge) pela Fiat (Fiat, Alfa Romeo, Maserati, Lancia, Abarth e Ferrari). A fábrica da FCA instalada em Pernambuco tem flexibilidade para fabricar diversos modelos como Jeep Compass, Jeep Renegade e Fiat Toro simultaneamente. A capacidade instalada de produção é de 250 mil veículos por ano. Líder em mercado no segmento de SUVs, o Renegade fechou o primeiro semestre de 2019 com mais de trinta mil unidades emplacadas. A versão avaliada neste Raio X é a Longitude com motorização diesel Multijet II, transmissão automática de 9 marchas ZF e tração 4×4.
Levamos o Jeep para uma avaliação completa por cima, por baixo e por dentro na oficina Dr. American Car, localizada na Zona Norte de São Paulo/SP. A oficina é especializada em veículos Chrysler, Dodge, Jeep, RAM e agora também na FCA. O Renegade diesel passou sob o olhar técnico de Sandro dos Santos, mecânico e sócio-proprietário da oficina.
POSICIONAMENTO NO ELEVADOR
Mesmo com vão livre do solo de 224 mm, o posicionamento das sapatas do elevador de serviços fazem com que o veículo fique baixo mesmo com o elevador totalmente levantado. “Dependendo do elevador, para mecânicos de estatura mais alta é complicado fazer a manutenção embaixo do Renegade”, relata Sandro.
MANUTENÇÃO PERIÓDICA
Basicamente, os itens mais trocados em uma manutenção periodica são o óleo lubrificante e filtro de óleo do motor, filtro de ar do motor, filtro de combustível e o filtro de cabine.
O filtro de óleo fica localizado na parte lateral do motor, em cima do semieixo. “É trocado apenas o refil do filtro. Com um soquete de 36 mm retira-se a tampa, troca-se o refil e os anéis de vedação e recoloca-se a tampa, tomando o cuidado de aplicar o torque correto de aperto, a fim de evitar vazamentos ou a quebra da tampa de plástico”, alerta o mecânico.
O bujão de dreno do óleo do motor é sextavado de 13 mm, localizado bem na lateral do motor.
Já os filtros de ar do motor e o filtro de combustível ficam um ao lado do outro na parte superior do cofre do motor. “Na hora da substituição do filtro de combustível, é necessário fazer a correta sangria de todo o ar no novo elemento filtrante,” comenta.
Em relação ao filtro de ar do motor, o procedimento é comum. Já a troca do filtro de cabine de cabine é mais complexa. “Para ter acesso ao filtro, é necessário remover a lateral do painel e o porta-luvas do veículo, tomando muito cuidado para não quebrar as partes plásticas. Após a remoção, ainda tem um suporte de ferro. Tudo isso para a troca de um simples filtro”, lamenta Sandro.
SUSPENSÃO/UNDERCAR
A suspensão do Renegade é independente do tipo McPherson no eixo dianteiro e traseiro. O sistema de suspensão é bem convencional e simples, tanto na parte traseira quanto a dianteira para realizar a manutenção.”Porém, se a for necessário substituir as bandejas inferiores da suspensão dianteira, a complexidade aumenta”, alerta Sandro. Para remover uma simples bandeja, é necessário fazer a retirada do parachoque dianteiro, retirar uma barra que é fixada na bandeja até a parte frontal do veículo. “Uma manutenção que era para ser simples acabou se transformando em um serviço trabalhoso,” explica.
TRANSMISSÃO
Outro calcanhar de Aquiles quando se fala de manutenção no Renegade é a complexidade da transmissão do modelo, lembra o mecânico, que já passou por esta situação em sua oficina.
“Quando me deparei com o Renegade pela primeira vez aqui na oficina, dei uma rápida avaliada no carro e passei para o cliente um valor X em horas de mão de obra. Quando começei o serviço, as surpresas começaram a aparecer e, resumindo, só para remover o câmbio já tinha sido um dia inteiro. Depois, mais um dia para a montagem”, se queixa Sandro, que acabou cobrando menos do que as horas que ele trabalhou.
ELETRÔNICA
Com uma imensa eletrônica embarcada no Renegade, praticamente em mais da metade da manutenção do veículo é necessário ter o apoio da utilização de um equipamento de diagnóstico.
“Desde uma simples leitura de falhas, troca do jogo de pastilhas de freios traseira, calibração da direção elétrica, até o reagendamento da próxima revisão e troca de óleo do motor, o scanner está sempre presente no modelo. Teve casos que, por causa da versão do aparelho, precisei utilizar até mais de um equipamento de diagnóstico para conseguir fazer a manutenção completa no Renegade”, finaliza Sandro dos Santos.
FICHA TÉCNICA
JEEP RENEGADE LONGITUDE 2.0 TB |
MOTORPosição: Dianteiro, transversal, turbo |
CÂMBIOAutomático, 9 marchas, tração 4×4 |
FREIOSDianteiros: Disco ventilado |
DIREÇÃOElétrica |
SUSPENSÃODianteira: Indep. McPherson |
RODAS E PNEUSRodas: Liga leve, 18 polegadas |
DIMENSÕESComprimento: 4.232 mm |
CAPACIDADESTanque de combustível: 60 litros |
Raio X: Renegade diesel exige atenção do mecânico Publicado primeiro em http://omecanico.com.br/feed/
Nenhum comentário:
Postar um comentário