terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Volkswagen estreia loja oficial na Shopee e amplia presença no aftermarket digital

 

A Volkswagen do Brasil iniciou as operações de sua loja oficial de peças e acessórios na Shopee. O movimento reforça a estratégia da montadora de ampliar a atuação nos canais digitais e atender à demanda crescente de consumidores e mecânicos independentes por produtos originais em plataformas de marketplace.

 

 

A presença da Volkswagen na Shopee amplia o acesso a peças genuínas para oficinas que atuam fora da rede autorizada. Com a expansão do comércio eletrônico, oficinas passam a ter mais um canal para comprar itens originais com procedência garantida e distribuição direta das concessionárias. O modelo reduz etapas da cadeia, o que pode melhorar prazos de entrega e disponibilidade de componentes.

A loja oficial atua integrada à rede de concessionárias VW, hoje com 470 unidades no Brasil, das quais cerca de 200 já trabalham com vendas on-line. Esse formato preserva o estoque descentralizado e permite envios regionais, o que tende a reduzir o tempo de reposição para itens de giro rápido.

 

 

Peças disponíveis no e-commerce

 

Entre os itens oferecidos na Shopee estão lubrificantes, peças de motor e ignição, bicos injetores, componentes elétricos e acessórios originais. A oferta inclui ainda produtos da linha VW Collection.

A funcionalidade de busca por compatibilidade do marketplace facilita a identificação do componente adequado, recurso importante no dia a dia do reparador que lida com múltiplas gerações de modelos.

 

 

A montadora é a líder nacional em vendas digitais de peças e acessórios, com mais de 100 mil itens comercializados em 2025. Desde 2017, a Volkswagen realiza investimentos estruturados no e-commerce e hoje concentra tráfego também em seu portal Peças.VW.

A Shopee reúne hoje mais de mil marcas oficiais. A inclusão da Volkswagen ocorre em um momento de aumento da procura por autopeças no app.

 

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RAIO X: GAC AION Y Novo Crossover Chinês

Confira os aspectos de manutenção e os detalhes do SUV elétrico chinês 

texto Vitor Lima   fotos Diego Cesilio / Divulgação GAC 

 

A chegada da marca GAC ao Brasil inaugura um novo capítulo no setor automotivo nacional. Fundada em 1998, a Guangzhou Automobile Group iniciou sua trajetória com parcerias estratégicas com Honda e Toyota, chegando a produzir modelos dessas montadoras em solo chinês. Hoje, porém, vive uma nova fase e apresenta ao mercado global veículos próprios, com forte ambição tecnológica e foco absoluto na eletrificação. 

Entre esses novos produtos está o GAC Aion Y, um Crossover 100% elétrico voltado ao uso familiar e que, desde já, aponta para um futuro em que o aftermarket brasileiro terá de aprofundar conhecimento em sistemas de alta tensão, baterias de última geração e novos conceitos de manutenção. 

A Revista O Mecânico realizou um Raio X exclusivo no Aion Y, um dos primeiros modelos da GAC a desembarcar no país. Ele se posiciona como um SUV de porte médio, medindo 4.535 mm de comprimento, 1.870 mm de largura, 1.650 mm de altura e 2.750 mm de entre-eixos. Proporções que explicam o bom espaço interno e o apelo familiar, semelhante ao de veículos amplamente conhecidos, como o Chevrolet Spin. 

A carroceria tem design moderno e aerodinâmico, com superfícies mais fechadas, típicas dos elétricos dedicados à eficiência, não por acaso, o modelo apresenta um coeficiente de arrasto de 0,278 Cd, contribuindo para maximizar sua autonomia. 

No conjunto elétrico, o Aion Y utiliza uma bateria LFP (fosfato de ferro-lítio) de 63,2 kWh. A autonomia declarada segue dois padrões: 318 km conforme o Inmetro e 490 km pelo ciclo chinês NEDC. Para recargas rápidas, o SUV aceita até 75 kW em carregadores de corrente contínua (DC). 

Por dentro, o Aion Y reforça sua proposta familiar e traz um painel digital de 10,25 polegadas e uma central multimídia de 14,6 polegadas, que concentram grande parte dos comandos do veículo. As versões internacionais utilizam revestimento PVC-leather nos assentos, e há itens como ar-condicionado automático com saídas traseiras, carregamento de smartphone por indução (nas versões mais completas) e volante multifuncional. 

Em segurança ativa, o pacote ADAS da versão Elite inclui alerta de colisão frontal (FCW), frenagem autônoma de emergência (AEB), assistente e alerta de permanência em faixa (LKA e LDW), controle de cruzeiro adaptativo (ACC), assistente de congestionamento (TJA) e piloto automático integrado (ICA). 

Externamente, o modelo chama atenção pelos faróis full LED com assinatura “Angel Wing”, maçanetas retráteis, retrovisores elétricos com aquecimento e rodas de liga leve, cujos desenhos variam conforme a versão. 

Para aprofundar a análise técnica, convidamos Maurício Marcelino, professor do SENAI e proprietário da Auto Mecânica Louricar LM. Ele avaliou os sistemas de propulsão elétrica, gerenciamento térmico, suspensão e freios, destacando os pontos cruciais que o mecânico brasileiro precisa compreender para realizar manutenção preventiva e corretiva em um elétrico de nova geração. 

Com preço inicial de R$ 175.990, o GAC Aion Y chega ao Brasil não apenas como um novo produto, mas como um sinal claro de que o setor de manutenção precisará evoluir junto com a eletrificação, estudando novos sistemas, novas rotinas de diagnóstico e novas exigências de segurança. 

 

Capô Aberto 

Ao abrir o capô, nota-se um compartimento dianteiro praticamente isolado (1). O proprietário tem acesso apenas ao reservatório de água do limpador de para-brisa. Todos os demais componentes são de alta tensão, devidamente sinalizados por etiquetas e cabos na cor laranja, marcadores indispensáveis que alertam o mecânico para a necessidade de equipamentos adequados e treinamento específico antes de qualquer intervenção.  

Um detalhe técnico interessante é o sistema de arrefecimento dividido em três reservatórios distintos, solução incomum e que exige atenção do mecânico. São três circuitos independentes. O primeiro dedicado ao motor elétrico e ao inversor (2); o segundo, exclusivo para o controle térmico da bateria de tração (3); e o terceiro responsável pelo aquecimento do habitáculo (4), alimentado por um aquecedor elétrico próprio. “A separação é necessária porque cada conjunto trabalha em faixas de temperatura distintas, garantindo maior durabilidade e eficiência operacional”, comenta Marcelino.  

O inversor, uma caixa metálica quadrada visível no cofre (5), é o componente eletrônico responsável por converter a corrente contínua (DC) da bateria em corrente alternada (AC) para o motor elétrico. Essa conversão permite o controle preciso da potência entregue e garante alta eficiência ao conjunto. Enquanto um motor a combustão dificilmente supera 35% de eficiência energética, sistemas elétricos ultrapassam a marca de 80%, e motores elétricos podem chegar próximos a 97% de eficiência.  

Para garantir o controle térmico adequado, o Aion Y utiliza um radiador robusto (6), semelhante em tamanho a uma caixa evaporadora de ar-condicionado. A dissipação eficiente de calor é essencial para preservar a durabilidade dos componentes eletrônicos de potência. Além disso, o carro conta com uma bateria auxiliar (7) de 12 volts de 45 Ah, responsável por alimentar módulos eletrônicos, sistemas de iluminação, sinalização e comando. Mesmo sendo pequena, essa bateria é fundamental “sem ela, o sistema de gerenciamento eletrônico não inicia, e o veículo não liga”, pontua Marcelino.  

 

Undercar 

Na parte inferior, é possível identificar o compressor elétrico do ar-condicionado (8) e uma bomba d’água elétrica (9) de 12 volts. O compressor do ar-condicionado, por sua vez, é alimentado diretamente pela bateria principal de alta tensão. Esse conjunto elimina correias e acionamentos mecânicos, tornando o sistema mais limpo e silencioso.  

A suspensão dianteira do Aion Y utiliza bandejas de aço reforçadas, demonstrando preocupação com resistência estrutural. O pivô é parafusado (10), o que permite sua substituição isolada, solução prática e que reduz custos de manutenção.  

As bieletas (11) utilizam haste metálica e articulações em composto de nylon, combinando leveza e durabilidade. A direção segue o padrão de caixa elétrica com terminal fixado na manga de eixo, que, por sua vez, é robusta e sustenta pinças de freio deslizantes de grandes dimensões. 12_26 

Mesmo em um veículo elétrico, permanecem itens tradicionais de manutenção, como as coifas das juntas homocinéticas, que sofrem desgaste e ressecamento ao longo do tempo. “É importante lembrar que períodos de férias, como janeiro e julho, registram aumento na substituição dessas peças devido ao contato acidental com materiais cortantes em vias públicas”, alerta Marcelino, pois é um detalhe curioso e relevante para oficinas. 

Na traseira, o Aion Y traz um sistema de suspensão semi-independente com eixo de torção, molas helicoidais e amortecedores tubulares convencionais (12). A fixação superior dos amortecedores é externa, facilitando futuras substituições e reduzindo o tempo de serviço, uma vantagem significativa frente a modelos que exigem desmontagem de laterais internas para o mesmo tipo de reparo.  

A bateria principal (13) é do tipo LFP (Lítio Ferro Fosfato), tecnologia reconhecida pela durabilidade, estabilidade térmica e segurança. Com capacidade de 63 kWh e peso aproximado de 446 kg, ocupa toda a parte inferior do veículo e integra a estrutura do chassi. A autonomia declarada pelo Inmetro é de 318 km, mas em uso urbano pode chegar a até 420 km. O tempo de recarga varia de acordo com o carregador, cerca de 7 a 8 horas em Wallbox residencial de 11 kW e menos de uma hora em carregadores rápidos de 75 kW. Em termos de custo, uma recarga completa consome aproximadamente R$ 63 em energia elétrica, a título comparativo é cerca de um terço do gasto com etanol para percorrer a mesma distância.  

O porta-malas abre eletricamente e mantém boa área útil, ainda que o piso seja um pouco mais alto por conta da bateria. O veículo não traz estepe, apenas um kit de reparo de pneus (14), prática comum na Europa, mas ainda discutível para as condições brasileiras.  

Durante a análise de manutenção, um ponto de atenção foi a substituição dos amortecedores dianteiros. Para acessar o conjunto, é necessário desmontar parte da churrasqueira plástica do cofre. Em veículos novos, o material é flexível e tolera a remoção, mas com o tempo tende a ressecar. O mecânico deve orientar o cliente sobre o risco de trincas ou quebras dessas peças, evitando conflitos posteriores. Na traseira, ao contrário, a substituição é simples e prática. 

O sistema de freio segue o padrão convencional, com cilindro mestre, servo freio e bomba de vácuo, uma solução curiosa para um veículo totalmente elétrico, já que muitos EVs recentes utilizam sistemas eletro-hidráulicos. As pinças traseiras possuem acionamento elétrico (EPB), exigindo scanner para o serviço de pastilhas. 

De modo geral, o GAC Aion Y demonstra uma engenharia coerente e prática. A manutenção é acessível, os componentes seguem uma lógica clara de montagem e o projeto equilibra tecnologia e simplicidade. É um veículo que traz o futuro da eletrificação sem afastar o mecânico independente, permitindo que oficinas tradicionais possam se adaptar com tranquilidade a essa nova realidade. 

O Aion Y reforça que os carros elétricos podem, sim, unir inovação e manutenção racional, combinação que, em breve, fará parte da rotina diária das oficinas brasileiras. 

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Como identificar falhas na caixa de direção: orientações técnicas para oficinas

Mecânicos devem observar folgas, ruídos e esforço no volante para diagnosticar problemas na caixa de direção e nos componentes relacionados

A caixa de direção é o ponto central do sistema que transmite o movimento do volante para as rodas. Qualquer alteração no funcionamento deve ser diagnosticada de forma técnica, considerando folgas, ruídos e condições dos componentes. Inclusive, a Revista O Mecânico já fez diversos passo a passo técnico sobre esse tema. Para ter acesso deste conteúdo, basta clicar neste link.

Segundo Leandro Leite, coordenador de Assistência Técnica e Garantia da Nakata, “apesar de, geralmente, a caixa de direção ter vida útil extensa, é importante ficar atento e observar qualquer indício de mau funcionamento, como ruídos e folgas, pois, quando comprometida, pode levar a graves acidentes”.

Folgas na engrenagem

O sinal mais frequente é a folga na engrenagem. Esse problema pode ser corrigido com ajuste técnico da caixa, conforme procedimento indicado pelo fabricante e pela especificação do componente. Folga excessiva no volante também deve ser analisada em conjunto com o estado da barra de direção e dos terminais.

Ruídos em manobras

Ruídos ao esterçar indicam pontos de desgaste. Leite reforça: “Não pode haver barulho em manobras”. O ruído pode ter origem na caixa, nos terminais, na barra de direção ou em buchas associadas ao sistema.

Esforço excessivo no volante

Alterações no peso do volante ocorrem por travamento interno da caixa ou desgaste de componentes móveis. “Ao realizar manobras, se precisar de muita força para girar o volante também pode indicar problema”, explica o especialista.

mecanismo de direção TRW

Vazamentos no sistema hidráulico

Nos sistemas hidráulicos, é necessário verificar possíveis vazamentos de óleo por trincas ou falhas nas mangueiras de pressão e de retorno. O nível do fluido deve ser checado e comparado com o estado visual das linhas e conexões.

Inspeção preventiva

O procedimento recomendado é seguir intervalos regulares de inspeção, com análise de folgas, ruídos, vazamentos e movimento da coluna de direção. Leite reforça: “Checagens periódicas ajudam a evitar gastos desnecessários, pois quando um componente está comprometido, pode comprometer também o funcionamento e a durabilidade de outras peças”.

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

SNR lança rolamento de roda dianteira para o Renault Kwid

A SNR, marca do Grupo NTN, segue ampliando sua atuação no mercado de reposição com novos lançamentos. Agora, a empresa lança um rolamento de roda dianteira para o Renault Kwid a partir de 2022.

Com o código XGB46849T01, o novo rolamento para o Kwid chega ao mercado de reposição com a mesma tecnologia e qualidade dos produtos fornecidos às montadoras, ampliando a cobertura da frota pela SNR.

 

 

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Renault do Brasil anuncia novo diretor comercial

Aldo Costa passa a fazer parte do Comitê de direção da Renault Geely do Brasil

A Renault anunciou Aldo Costa como novo diretor Comercial no Brasil, responsável por marketing, vendas e pós-vendas. Ele passa a integrar o Comitê de Direção da Renault Geely do Brasil e responderá a Ariel Montenegro, presidente e diretor geral da companhia.

Paranaense de 43 anos, Aldo é formado em Comunicação Social pela Universidade Positivo e tem pós-graduação em Marketing pela PUC-PR. Ingressou na Renault em 2003 como estagiário e construiu carreira na área comercial, atuando em vendas, pós-vendas, planejamento e distribuição.

Entre 2017 e 2019, liderou em Paris o projeto de veículos autônomos do Renault Group, incluindo a implementação de tecnologias ADAS. Em 2019, assumiu o planejamento de vendas e performance da Renault na América Latina e, desde 2023, comandava o Marketing da marca no Brasil, conduzindo o novo posicionamento reforçado pela campanha “Viva a Nova Renault” e pelo lançamento de Kardian, Boreal e Koleos.

Ariel Montenegro afirma que Aldo dará continuidade ao avanço da Renault no país, marcado por novos produtos, tecnologias e design. Já Aldo reforça que o reposicionamento faz parte do plano estratégico International Game Plan 2027 e destaca a relevância do Brasil, segundo maior mercado da marca no mundo.

A nomeação passa a valer em 1º de dezembro de 2025.

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Substituição de bobina, cabos e velas de ignição do Volkswagen Fox 1.0

Confira o procedimento de substituição dos componentes de ignição no motor EA111 que não traz dificuldades ao mecânico 

 

texto Vitor Lima   fotos Diego Cesilio  /  VW Divulgação 

 O sistema de ignição de um carro flex é responsável por gerar a centelha elétrica que inflama a mistura ar-combustível dentro da câmara de combustão, permitindo o funcionamento do motor. Em veículos flex, que operam com gasolina, etanol ou qualquer mistura entre ambos, esse sistema precisa se adaptar às diferentes características de queima dos combustíveis, já que o etanol possui maior resistência à detonação, maior calor latente de vaporização e exige ajustes específicos, especialmente em partidas a frio. 

Malagrine

O funcionamento começa no módulo de controle eletrônico (ECU), que recebe informações de sensores estratégicos, como o sensor de posição do virabrequim (CKP), sensor de temperatura do motor (ECT), sensor de pressão absoluta do coletor (MAP) e sensor de oxigênio (sonda lambda). Com base nesses sinais, a ECU calcula o momento exato em que cada vela de ignição deve gerar a centelha, ajustando o ponto de ignição conforme a rotação, a carga do motor, a temperatura e o teor de etanol na mistura. 

Malagrine

Os principais componentes do sistema incluem a bateria, responsável por fornecer a tensão inicial; as bobinas de ignição, que transformam a baixa tensão de 12 volts em alta tensão que pode variar entre 20.000 e 45.000 volts; as velas de ignição, que recebem essa descarga elétrica e produzem a faísca no interior da câmara de combustão; os cabos de vela (quando presentes), que conduzem a corrente de alta tensão; e os sensores que alimentam a ECU com dados para o controle dinâmico do sistema. Em sistemas modernos, predominam as bobinas individuais (coil-on-plug), que eliminam cabos de vela e melhoram a precisão do disparo. 

Durante o funcionamento, a ECU realiza avanços ou atrasos no ponto de ignição para otimizar a combustão, melhorar a eficiência térmica e reduzir emissões. No caso do etanol, especialmente em temperaturas baixas, o sistema pode enriquecer a mistura e antecipar o disparo da centelha para facilitar a partida. 

As falhas mais comuns no sistema de ignição de motores flex envolvem desgaste ou incrustação nas velas, que prejudicam a formação da centelha; bobinas defeituosas, que podem gerar centelha fraca ou ausência de ignição em um ou mais cilindros; mau contato ou fuga de corrente nos cabos de vela, quando presentes; falhas em sensores, principalmente o CKP e o MAP, que comprometem o cálculo do ponto de ignição; e acúmulo de resíduos de combustão na câmara, que podem causar pré-ignição ou detonação. Outro problema frequente é a perda de isolamento das bobinas devido ao calor excessivo, comum em veículos que utilizam mais etanol, pois ele tende a gerar maior umidade e pode acelerar a degradação de componentes elétricos. 

Linha VW 

O motor EA111 esteve presente em diferentes carros da Volkswagen e teve estreia no Polo. Era um motor compacto, de comando no cabeçote e desenho de fluxo cruzado, pensado para ser leve, eficiente e atender aos padrões da época. 

No Brasil, essa família de motores se tornou onipresente com Gol, Voyage, Saveiro, Fox e até a Kombi utilizaram versões do EA111. Sua produção nacional se estendeu até 2023, quando saiu de linha por não atender às novas normas de emissões do Proconve. 

Como funciona o coração da faísca 

No Fox, o sistema de ignição do EA111 é totalmente eletrônico e composto por três elementos-chave: a bobina de ignição com módulo integrado, as velas e a central eletrônica (ECU). 

A bobina recebe a tensão da bateria e a transforma em alta voltagem, suficiente para gerar a centelha nas velas. Essas velas, por sua vez, eram responsáveis por iniciar a combustão da mistura ar-combustível no momento exato. Quem determinava esse “momento perfeito” era a ECU Bosch Motronic ME 17.5.24, que calculava o ponto de ignição com base em sensores de rotação, posição do comando e temperatura. 

 Os desafios do projeto 

Embora fosse um motor robusto no conceito, o EA111 ficou marcado por um problema crônico: a queima prematura das bobinas de ignição. Inicialmente, suspeitou-se do superaquecimento no cofre do motor, mas a causa real era mais complexa. Velas com excesso de oxidação geravam sobrecarga no sistema, comprometendo bobinas e, em casos mais graves, até o módulo de injeção. 

Especialistas recomendam que a manutenção seja sempre feita em conjunto: substituir velas e bobinas ao mesmo tempo e respeitar rigorosamente as especificações de fábrica, especialmente do óleo e dos componentes elétricos. 

Pensando na manutenção do sistema de ignição, a revista O Mecânico convidou André Foratori, mecânico e proprietário da oficina RedCar, localizada na capital de São Paulo, para demonstrar como é realizada a substituição dos componentes de ignição do Volkswagen Fox, que utiliza o motor EA111 1.0. 

 

Retirada dos componentes 

1) Para iniciar o procedimento no sistema de ignição e evitar danos a outros componentes, remova a caixa do filtro de ar.   

 2) Na sequência, desconecte e retire os quatro cabos de velas. “Os carros que não trocam os componentes de ignição por muito tempo, podem gerar problemas no momento de desconectar o cabo de vela da bobina de ignição. Pois, se ela estiver ruim, pode quebrar o conector na bobina, assim, necessitando também a substituição da bobina”, informa André.  

 3) Para retirar a bobina de ignição, remova os três parafusos de fixação. No caso do veículo analisado, havia apenas um parafuso que sustentava o componente no lugar.    

4) Remova as velas de ignição com auxílio de uma chave de vela 16mm. De acordo com Foratori, a substituição das velas a cada 30 mil km previne problemas no veículo, principalmente de consumo de combustível.  

 

Verificação das velas de ignição e instalação 

 5) No momento de retirada dos novos componentes da embalagem, faça uma verificação no estado das velas. De acordo com André, apesar se serem bem protegidas, dependendo de como foram transportadas, pode ocorrer o amassamento do componente. “Às vezes, durante o transporte dos produtos, algumas embalagens podem cair, isso pode amassar ou até quebrar a vela. Então, antes de realizar a substituição, verifique se não há trincas na vela e se a ponta não está amassada, isso pode causar falhas no veículo”. 

6) Instale as novas velas de ignição. Neste momento, apenas encoste o componente, o aperto final será realizado posteriormente com o torquímetro.   

7) A bobina de ignição é fixada por três parafusos sextavados, faça o aperto deles.   

8) Antes de colocar os cabos de vela, faça o aperto das velas de ignição. Com um torquímeto, aplique o torque de 30 Nm.  

9) Conecte os cabos nas velas de ignição. Lembre-se, o cabo de maior comprimento é dedicado a primeira vela de ignição e assim, segue-se a ordem dos cabos.  

10) Plugue os cabos de vela na bobina de ignição. O cabo menor, responsável pela quarta vela, ou quarto cilindro, é posicionado no quarto conector da bobina, admitindo a ordem de cima para baixo. A ordem de conexão é 1-2-3-4.   

 11) Encaixe a caixa do filtro de ar do motor.  

12) Verifique com o scanner se, após a instalação, foi apresentado algum DTC. Caso esteja tudo em ordem, conclua o serviço.  

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domingo, 30 de novembro de 2025

Mercedes-Benz abre inscrições para Programa de Estágio 2026

As vagas são destinadas para o ABC e interior paulista, DF, MG, RS e PE

A Mercedes-Benz do Brasil abriu as inscrições para o Programa de Estágio 2026, voltado a estudantes que querem iniciar a carreira em uma das principais fabricantes de veículos comerciais do mundo. O prazo vai até 28 de fevereiro de 2026.

As vagas são para a unidade de São Bernardo do Campo (SP) e também para Atibaia (SP), Iracemápolis (SP), Itupeva (SP), Brasília (DF), Juiz de Fora (MG), Porto Alegre (RS) e Recife (PE). Podem participar alunos de cursos como Engenharia, TI, Administração, Comércio Exterior, Marketing, Jornalismo, Contábeis, Direito, Secretariado, entre outros.

O programa oferece uma formação completa, com participação em projetos estratégicos, workshops mensais e visão ampliada das operações da empresa. Após seis meses, o estagiário pode conhecer outras áreas ligadas ao curso ou ao seu interesse. Há ainda um Comitê de Estágio responsável por acompanhar o desenvolvimento dos estudantes.

Os participantes passam por avaliações semestrais e contam com uma trilha de desenvolvimento estruturada pelo RH, incluindo palestras e workshops.

Requisitos

Podem se inscrever alunos de graduação a partir do 3º semestre, ou de cursos tecnólogos a partir do 2º semestre. É necessário inglês em nível pré-intermediário e disponibilidade para estagiar 30 horas semanais, das 8h às 15h ou das 10h às 17h. A duração máxima é de dois anos.

Benefícios

O programa oferece bolsa-auxílio competitiva, transporte (incluindo ônibus fretado), alimentação no local com desconto em folha, assistência médica gratuita, seguro contra acidentes pessoais, além de convênios educacionais, desconto na compra de veículos, acesso ao LinkedIn Learning e trilhas de capacitação.

Como se inscrever

As inscrições devem ser feitas no site oficial da Mercedes-Benz do Brasil, na área Carreira, ou diretamente na plataforma de recrutamento da empresa.

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