Processos são completamente diferentes e podem – ou não – ser aplicados em determinados tipos de pneus
A Continental ajuda a explicar as diferenças entre recapagem, recauchutagem e remoldagem, as três principais práticas de reforma em pneus que chegaram ao final da vida útil, sejam eles de carga, passeio ou motocicletas.
”Entende-se por pneu recapado aquele que tem sua banda de rodagem (parte do pneu que entra em contato com o solo) substituída. O recauchutado, além da banda de rodagem, substitui os seus ombros (parte externa entre a banda de rodagem e seu flanco, parte lateral do pneu) e o remoldado, que além de substituir a banda de rodagem e seus ombros, substitui também toda a superfície de seus flancos”, afirma Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da Continental. “Apesar de parecerem ser diferenças pequenas, tratam-se de processos totalmente diferentes que podem – ou não – ser empregados em determinados tipos de pneus.”
No caso dos pneus de carga, aplica-se a recapagem, que pode ser realizada a frio ou a quente, em que apenas a banda de rodagem do pneu é substituída por uma nova. Já nos pneus de passeio, vans e camionetas, produzidos com lonas de corpo (carcaça) de tecidos têxteis (naturais ou sintéticos), não se recomenda a realização de nenhum dos três processos. Entre os motivos estão:
– Os requisitos normativos em vigor não demandam a identificação da carcaça de origem do pneu remoldado, deixando o consumidor susceptível a misturar carcaças diferentes – com comportamentos dinâmicos diferentes – em um mesmo eixo, gerando desequilíbrio no veículo;
– O processo de escareação aplicado à reforma de carcaças pode mascarar danos nas lonas de corpo, cintas estabilizadoras e capplies, que podem se propagar de forma abrupta sob as altas velocidades às quais os pneus de veículos leves podem ser submetidos;
– O processo de inspeção de carcaça, por mais minucioso que seja, ainda é realizado de forma visual e com o pneu desmontado. Assim, ele é incapaz de identificar de forma eficaz avarias causadas à carcaça por rodagem com baixas pressões de inflação e impactos, mascarando danos que podem reduzir a vida útil do pneu e colocar em risco a sua integridade estrutural.
Para o consumidor, ele terá ainda a dificuldade de identificar quantas vezes o pneu passou pelo processo de remoldagem, a quanto tempo de uso essa carcaça já foi submetida, além da data de fabricação do pneu original, que pode ser superior ao tempo máximo de vida recomendado por toda a indústria: 10 anos.
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