Engenheiro do Grupo Universal Automotive Systems explica como fazer a manutenção correta da bieleta e dá dicas para fazer o procedimento de substituição
A bieleta é fundamental para manter a estabilidade e uma boa dirigibilidade no veículo, sendo o elo de ligação entre a barra tensora e a suspensão do veículo. É esse componente que liga os dois conjuntos da suspensão frontal (telescópico direito e esquerdo). Contudo, Fábio Waldomero, engenheiro e coordenador do Centro Tecnológico de Formação (CTF) do Grupo Universal Automotive Systems, explica que nem todos os modelos possuem bieletas.
“Em alguns modelos a bieleta é substituída por buchas ou suportes de fixação da barra tensora. Por exemplo, é muito comum em veículos da linha GM, como Corsa Classic, Celta e Agile. Em outros veículos, pode-se encontrar sua barra estabilizadora fixada diretamente na bandeja ou no braço da suspensão”, afirma o engenheiro.
O especialista explica que as principais causas de problemas no componente são: desgaste natural do uso, imperfeições do solo com buracos, irregularidades, lombadas ou tartarugas, levando a um excesso de folgas em seu conjunto esférico ou birro, o que por sua vez pode gerar ruídos no sistema de suspensão.
A empresa alerta ainda que é importante a lubrificação dos componentes internos, realizado por meio de um lubrificante especial para função (processo realizado somente em sua fabricação) e protegido por meio de uma coifa, para não entrar qualquer tipo de detritos ou sujeiras no mesmo. Por isso, a coifa jamais deve ser rompida, perfurada ou rasgada, o que irá reduzir a vida útil do produto.
Outra dica é verificar se a haste ou corpo da bieleta não foi danificado ao sofrer um tranco um buracos ou valetas, por exemplo, ou ainda se a peça foi envergada ou rompida em suas junções. Se o corpo estiver envergado, a bieleta irá trabalhar totalmente tensionada e desequilibrada, podendo fazer que a direção do veículo seja levemente jogada para um dos lados, mesmo andando em linha reta. Por outro lado, caso o corpo da bieleta esteja rompido, a empresa alerta que o carro perderá consideravelmente o poder de estabilidade, principalmente ao passar de 60km/h.
Procedimento de substituição
Para fazer a substituição das bieletas, é necessária mão de obra especializada e ferramentas adequadas. O especialista do Grupo Universal Automotive Systems orienta que, para a soltura, não há problema em empregar ferramentas elétricas ou pneumáticas.
Porém, para montagem e fixação dos componentes, o processo deve ser realizado apenas com ferramentas manuais como chaves fixa, estrela e torx, com o aperto final realizado principalmente por torquímetro de relógios digital ou analógicos. Se o profissional não tiver torquímetro para aperto, deve realizar o procedimento manualmente, com aperto de 45° a 60° do parafuso ou porca no conjunto, após apontar e juntar o conjunto.
Outra recomendação é nunca utilizar o pé para fixação final do conjunto (pisando e subindo na ferramenta de aperto). Por fim, Waldomero explica que o uso de parafusadeiras pneumáticas ou elétricas poderá danificar a estrutura do parafuso ou porca do produto, amassando os filetes de rosca do conjunto ou rompendo o corpo roscado em virtude das vibrações da ferramenta ou o torque do mesmo sem o controle preciso.
“Para aperto dos parafusos, é recomendado que seja realizado um torque com variação de ±10%. Para os parafusos M8 ou 5/16” utilizar torque de 25Nm (22,5Nm à 27,5Nm) e para parafusos M10 ou 3/8” sempre deve utilizar torque de 50Nm (45Nm à 55Nm)”, completa.
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