segunda-feira, 27 de junho de 2022

NGK alerta para manutenção do carro com a chegada do inverno

Mecânicos devem alertar proprietários para os riscos da inversão térmica, fenômeno climático que agrava as doenças respiratórias, e para a manutenção preventiva dos sistemas de injeção e ignição

A NGK, multinacional japonesa especialista em peças para sistemas de ignição, alerta o motorista para a importância de manter em dia a revisão do veículo principalmente quando o assunto é ignição em épocas de temperaturas baixas. Com a chegada do inverno, as grandes cidades registram a inversão térmica, fenômeno climático que aumenta a concentração de poluentes e, por consequência, agrava as doenças respiratórias.

Segundo Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK, o condutor deve redobrar a atenção com o carro para além do consumo de combustível, que figura entre os principais motivos para as avaliações em oficina. “O motorista precisa se preocupar com o controle dos níveis de emissões, que também está associado ao consumo de combustível, a fim de proteger o meio ambiente e a saúde”, afirma.

Nessa tarefa, um componente fundamental é a sonda lambda, também conhecida como sensor de oxigênio, cuja função é manter a mistura de ar-combustível em proporção correta para assegurar a eficiência do catalisador, contribuindo para a redução dos níveis de emissões de poluentes. “Trata-se de uma peça que trabalha em condições bastante difíceis dentro do tubo de escapamento, sendo exposta a altas temperaturas e gases provenientes da combustão do motor”, explica Mori.

De acordo com o consultor de Assistência Técnica da NGK, a sonda lambda possui uma vida útil elevada – a depender das condições de trabalho pode ultrapassar os 90 mil quilômetros rodados, porém o uso de combustível de baixa qualidade pode danificar o componente. “Portanto, recomenda-se que o motorista leve o carro a uma oficina de confiança para verificar o funcionamento do sensor de oxigênio uma vez por ano ou a cada 30 mil quilômetros”, orienta.

Cuidados essenciais com o veículo nesta época também incluem as velas, responsáveis por gerar a centelha (faísca) que irá queimar o combustível. “Velas com vida útil ultrapassada ou excesso de desgaste reduzem a performance do veículo e dificultam a partida”, destaca o consultor de Assistência Técnica da NGK. Além disso, é fundamental verificar o estado de componentes como a bateria, o sistema de carga – alternador, o motor de partida, o sistema de injeção, e o sistema de partida a frio. “É importante que o motorista solicite ao seu mecânico de confiança uma avaliação completa do sistema de partida, independentemente do combustível utilizado, para evitar futuros transtornos”, conclui Mori.

Outro ponto é o tanque auxiliar de partida. Presente na frota brasileira desde os anos 1980, com a entrada dos veículos a etanol, o tanque auxiliar de partida dispõe de um reservatório destinado à gasolina, que é injetada no motor com a função de melhorar a partida do carro. De acordo com Hiromori Mori, a gasolina injetada no motor vaporiza mais facilmente, auxiliando o motor a partir quando está frio. “Em dias frios, o motorista deve abastecer o tanquinho com gasolina, preferencialmente a aditivada, que previne a formação de resíduos. Também deve evitar que o dispositivo fique vazio, o que poderia danificar a bomba elétrica que alimenta o sistema, além de dificultar a partida”, orienta Mori. Ainda é essencial checar a ausência de vazamentos no sistema e o estado do combustível, que deve ser trocado após longo período, uma vez que a gasolina envelhecida, além de favorecer a formação de resíduo, tem a sua queima dificultada.

Já em veículo com sistema de pré-aquecimento, solução que visa aquecer o etanol no momento da partida e dispensa o tanque auxiliar, o condutor deve aguardar as luzes da injeção do painel apagarem para assegurar que o sistema está pronto para a partida. “Cada sistema tem um tempo de aquecimento pré-estabelecido que pode variar de veículo para veículo. Partir o motor com o combustível ainda frio irá dificultar a partida”, explica Mori.

Já em motores com injeção direta, o combustível é injetado em alta pressão no motor, o que dispensa o uso do sistema de pré-aquecimento ou do tanque auxiliar para dar a partida no veículo a etanol com temperaturas baixas. Hiromori explica que a elevada pressão do sistema de injeção já favorece a vaporização e a atomização do etanol. “Desse modo, a formação de combustível líquido é muito reduzida, o que também facilita a partida do motor”, aponta.

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