Monoetilenoglicol aumenta a vida útil do motor: entenda

Componente químico está presente nos aditivos do radiador

Os aditivos do radiador são fundamentais para o bom funcionamento do motor já que trabalham em um ambiente extremo mantendo a temperatura do conjunto motriz dentro dos parâmetros estabelecidos pelo fabricante do veículo. A composição desse aditivo conta com 50% de água desmineralizada e 50% de aditivos, entre eles, está o monoetilenoglicol, também conhecido como MEG. Esse componente químico atua para manter a pressão adequada, além de prevenir e recolher a sujeira, a fuligem e evitar a corrosão e a ferrugem no interior aumentando a vida útil do propulsor.

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Vale ressaltar que os aditivos seguem critérios pré-estabelecidos por lei e pela norma ABNT, que determina a densidade, o volume de espuma, grau de ebulição, grau de congelamento, teor de água e corrosão de alumínio. Os produtos vendidos no mercado nacional devem ser certificados pelo Inmetro e existem dois tipos de soluções, sendo orgânica e inorgânica. “Aditivos orgânicos contém substâncias biodegradáveis, enquanto as inorgânicas são compostas por materiais sintéticos. Já a fórmula diluída traz água desmineralizada na composição, enquanto a concentrada exige sua adição na mistura. O que irá determinar a escolha do produto será a categoria, a marca e o modelo do veículo que sofrerá a manutenção”, explica Pedro Valêncio, técnico de suporte ao cliente da Delphi, marca do grupo Phinia.

Além disso, a coloração dos produtos é por conta do uso de corantes adotados para especificar sua aplicação de acordo com o padrão de cor de cada montadora e, também, para facilitar a identificação de vazamentos. Em função dessa importância, o motorista também deve ficar atento com as altas temperaturas do motor e do clima, além de combustíveis adulterados, que podem sobreaquecer o propulsor. “No verão, a temperatura externa é maior e, consequentemente, a troca de calor deve ser feita com a maior eficiência possível. Veículos flex geralmente possuem válvula e bomba d’água gerenciadas eletronicamente, que determinam o grau da temperatura do motor. Em uma situação na qual o combustível esteja contaminado, essa leitura será prejudicada, o que poderá levar a um superaquecimento”, comenta Valêncio.

Em vista disso, algumas boas práticas podem ajudar o motorista. Segundo o técnico da Delphi, é possível completar o nível da solução no depósito de expansão. Contudo, antes é preciso checar a procedência do produto e suas especificações, que devem estar de acordo com o fabricante do carro. Neste caso, inclui o PH e a qualidade do MEG. Mas fique de olho, pois a redução do nível do fluido pode indicar vazamentos, devendo ser investigado para evitar a ocorrência de maiores problemas.

Misturar aditivos é uma atitude que deve ser tomada apenas em uma urgência, pois cada fabricante conta com uma composição própria do produto com químicas diferentes, que podem gerar reações adversas. Caso tenha feito isso, é necessário realizar a troca do aditivo no motor. Outra boa prática é saber utilizar a água desmineralizada, uma vez que cada fabricante tem uma indicação específica para misturar na solução arrefecedora. Por isso, é ideal fazer esse procedimento em uma oficina especializada.

Vale a recomendação de nunca utilizar água comum já que ela anula os inibidores à corrosão. Porém, se tiver utilizado água em uma emergência o ideal é parar em uma oficina para fazer a substituição completa do líquido por uma solução aditivada. Se não fizer isso, a contaminação por cloro, sedimentos, sais minerais e outras substâncias comuns da água potável poderão danificar completamente o sistema de arrefecimento.

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