Conhecimento da oficina já não é suficiente; voltar à sala de aula é essencial para diagnósticos precisos e reparos eficientes
artigo por Fernando Landulfo fotos Arquivo O Mecânico / Freepik.com
Os tempos mudaram e o automóvel evoluiu. Para melhor? Alguns dizem que sim. Outros dizem que não. Uma evolução que ocorre (pois ainda não parou) numa velocidade incrível. Nos últimos 40 anos, a enorme quantidade de tecnologia de ponta (incluindo novos tipos de tração), que tem sido embarcada, transformou o automóvel em uma máquina muito complexa, e claro, cheia de melindres.
Ou seja, aquilo que se aprendia apenas dentro da oficina não é mais suficiente para permitir a realização de diagnósticos e reparos em sistemas, que se fazem uso, até mesmo, de inteligência artificial.
A simples operação dos equipamentos de diagnóstico exige a leitura de páginas e páginas de manuais, de tantos que são os recursos disponíveis.
E muito deles em outros idiomas. Isso sem falar os manuais de reparos, esquemas elétricos e outros importantes recursos tecnológicos. Sim, o mecânico tem que voltar ao banco da escola e aprender a respeito de: eletrônica digital, redes de comunicação e até mesmo programação. Isso sem falar da administração do seu negócio.
Pois é, a injeção eletrônica do saudoso Gol GTi se tornou “brinquedo de criança”, perto dos sistemas atuais. Isso sem falar dos veículos híbridos e elétricos. Um erro em um procedimento, pode custar vidas. Sem falar dos enormes prejuízos materiais. Ou seja, quem não tem conhecimento é melhor nem pôr as mãos nesses veículos mais modernos.
É claro que o antigomobiismo está em alta. Mas é um mercado limitado. Quem não se especializou nessa área, não paga as contas consertando apenas esse tipo de veículo. A situação é tão séria que profissionais mais jovens estão se preparando em cursos de engenharia e tecnologia na área. Até cursos de pós-graduação já estão sendo ministrados.
Isso sem falar nos inúmeros cursos de atualização que fabricantes e montadoras disponibilizam ao mercado. Vale a pena investir tanto tempo e dinheiro em escola? É claro que sim! Se o profissional quiser sobreviver.
Os donos de veículos de alto preço estão dispostos a pagar mais por mão de obra qualificada, que deixe a sua preciosidade da forma que deve ser. A definição desse tipo de profissional é: competente
Então a ordem é: Estudar sempre! Mas é só no banco da escola que se aprende? É claro que não!
A pesquisa também é uma arma poderosa. A internet praticamente trouxe o mundo para dentro de casa: livros, catálogos e vídeos. Poucos são os assuntos que não são abordados.
Isso sem falar da experiência de trabalho continua valendo. Existem “macetes” que escola nenhuma ensina. Só o “chão da oficina” proporciona determinadas habilidades (outro pilar que sustenta a competência), imprescindíveis ao bom desempenho da profissão.
Também não pode ser esquecido o terceiro pilar de sustentação da competência: a atitude (a vontade de fazer). Pois sem ela nada ocorre.
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