Conjunto motriz passa a ter 207 cv e 52 kgfm de torque; transmissão passa a ser de oito velocidades
texto Felipe Salomão fotos Revista O Mecânico
O novo Chevrolet Trailblazer ganhou atualizações visuais, de equipamentos e recalibração no veterano motor Duramax 2.8 litros turbodiesel. Com isso, o conjunto motriz deixou de ter 200 cv e passou a ter 207 cv, enquanto o torque foi de 51 kgfm para 52 kgfm. Outra alteração mecânica foi a transmissão automática, que passou de seis marchas para oito posições. Neste contexto, a Revista O Mecânico fez o Raio X completo do SUV de grande porte, que é vendido por R$ 379.990.
Para analisar o modelo, contamos com o professor Ulisses Miguel, consultor técnico da Revista O Mecânico, que detalhou as facilidades e dificuldades de fazer a manutenção em um veículo desse porte. “A manutenção do Trailblazer não é excessivamente complicada, mas pode exigir mais tempo devido ao tamanho e peso do veículo. Os componentes são robustos, mas a mão de obra para manutenção será um pouco mais cara, dada a complexidade e o tempo de serviço necessário. No entanto, os mecânicos não enfrentarão grandes dificuldades para realizar os reparos, e a robustez do modelo é um ponto positivo para quem busca um carro de fácil manutenção”, ressaltou Miguel.
Sob o Capô: O que o mecânico precisa saber
Ao abrir o capô, a primeira coisa que chama a atenção é a acessibilidade dos componentes. O motor Duramax 2.8 Turbodiesel é fácil de manter, uma vez que o reservatório de freio (1), caixa de fusíveis (2) e bateria (3) estão localizados de forma acessível. Um dos destaques é a bateria, que normalmente fica escondida em outros crossovers, mas neste está fácil de acessar. Outros componentes, como a linha de recarga do ar-condicionado e o radiador, também contam com um fácil acesso para manutenção (4 e 5).
A correia de acessórios, mencionada pelo Professor Ulisses, é um ponto de atenção. “A polia catracada (6), que controla a vibração da correia, deve ser observada, pois sua falha pode levar a quebras rápidas da peça. A recomendação é substituir o kit completo, incluindo a correia, a polia e o esticador, para evitar futuros problemas”, recomenda Miguel.
O filtro de óleo que do tipo refil (7) e o filtro de ar (8) estão em um acesso prático, assim como o reservatório de expansão (9). A unidade do (10) também está em um ponto de fácil acesso, bem como o módulo do controle do motor e da transmissão (11). “Inclusive, o que notei com esses espaços no cofre do motor é que, se for necessário retirá-lo para manutenção, o trabalho não será complicado, pois, ao remover o radiador e os periféricos, sobrará muito espaço”, disse Miguel.
Sistema de freios, suspensão e transmissão
No elevador, foi possível ver por completo o sistema de freios do Chevrolet Trailblazer, que conta com discos duplos ventilados e pinças dimensionadas para o tamanho do veículo (12). Embora o veículo seja robusto, o acesso para manutenção dos freios dianteiros é simples, facilitando a troca das pastilhas e outras peças.
Já a suspensão dianteira é independente, com braços inferiores e superiores reforçados para suportar o peso do veículo e garantir conforto, inclusive em terrenos off-road (13).
A suspensão traseira é com eixo rígido e com barra panhard, o que mantém o sistema estável, mesmo em terrenos mais difíceis. “No entanto, a ausência de um freio de estacionamento eletrônico é uma limitação, especialmente considerando o tamanho do veículo”, analisa. Além disso, o modelo utiliza molas helicoidais, o que é diferente da picape S10, que utiliza a mesma estrutura do SUV, só que conta com feixe de mola. Já o disco de freio traseiro é sólido, diferente dos freios dianteiros (14).
A transmissão do Trailblazer é outro ponto de destaque. O modelo conta com um câmbio de oito marchas, proporcionando melhor desempenho e eficiência. A manutenção da transmissão é facilitada pelo acesso ao bujão de troca de óleo, que pode ser acessado sem a necessidade de remover protetores do veículo. “Todavia, é um câmbio pesado para retirar é preciso de um macaco para câmbio e duas pessoas, o que demanda muito tempo na oficina”, analisa Miguel (15).
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