quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

JTEKT focará na transição da Koyo e Toyoda em 2025, diz executivo

Leandro Brascher, Diretor de Vendas & Marketing da empresa ainda falou sobre os desafios enfrentados neste ano, eletrificação e como pretende se aproximar dos mecânicos

por Felipe Salomão   fotos Divulgação

Na última entrevista do ano, a Revista O Mecânico conversou com a JTEKT, que apontou os desafios enfrentados pela empresa neste ano, assim como falou sobre eletrificação e como pretende se aproximar dos mecânicos. Além disso, Leandro Brascher, Diretor de Vendas & Marketing da empresa disse que a companhia irá focar na transição da Koyo e Toyoda no próximo ano. “Em 2025, nosso foco principal será a transição das marcas do grupo — especialmente a migração de Koyo, no segmento de rolamentos, e Toyoda, no segmento de máquinas, para JTEKT. Para isso, estamos desenvolvendo diversas novidades, que serão apresentadas ao longo dos próximos meses”, disse Brascher. Nas próximas páginas veja a entrevista completa com a JTEKT.

 

O Mecânico: Quais oportunidades e desafios a JTEKT identificou no aftermarket brasileiro ao longo de 2024?

Leandro Brascher: Nossas principais oportunidades estão na qualidade superior das nossas peças em comparação com alternativas importadas, de outros países ou remanufaturadas. Os consumidores têm cada vez mais acesso à informação, o que aumenta a conscientização sobre a importância de utilizar peças de procedência confiável.

Nosso maior desafio está justamente ligado a essa alta qualidade, pois utilizamos componentes de tecnologia avançada, alguns importados do Japão, o que pode causar, em certos momentos, um descompasso entre a demanda e a capacidade de resposta dos fornecedores. No entanto, estamos trabalhando intensamente para melhorar esse aspecto nos próximos meses.

 

O Mecânico: Quais são os principais objetivos da JTEKT para o mercado automotivo nacional em 2025?

Leandro Brascher: A JTEKT ainda possui uma forte presença no mercado OEM, enfrentando, portanto, os desafios característicos desse segmento. Estamos em expansão no mercado de reposição e temos a ambição de dobrar nossa participação nos próximos cinco anos. Em 2025, nosso foco principal será a transição das marcas do grupo — especialmente a migração de Koyo, no segmento de rolamentos, e Toyoda, no segmento de máquinas, para JTEKT. Para isso, estamos desenvolvendo diversas novidades, que serão apresentadas ao longo dos próximos meses.

 

O Mecânico: Como a JTEKT enxerga sua posição no mercado brasileiro após a transição das marcas Koyo e Toyoda para o grupo?

Leandro Brascher: Essa é uma tarefa bastante desafiadora, pois ambas as marcas possuem grande força no mercado e são amplamente reconhecidas, especialmente pela sua origem japonesa. Como mencionei anteriormente, a JTEKT tem uma presença consolidada no mercado OEM. No entanto, reconhecemos que ainda precisamos fortalecer nosso nome no mercado de reposição, e estamos focados em construir essa reputação com solidez e confiança.

O Mecânico: Quais estratégias foram implementadas para fortalecer o reconhecimento das marcas Koyo e Toyoda sob a identidade JTEKT?

Leandro Brascher: Ao longo deste ano, elaboramos nosso plano de marketing com um horizonte de três anos. Entre as diversas iniciativas planejadas, destacam-se o lançamento de um novo portal corporativo, a intensificação das visitas a clientes, o desenvolvimento de um programa de treinamento a ser realizado em nossa fábrica em São José dos Pinhais/PR, além da participação em feiras e eventos. Outras novidades serão divulgadas em breve, reforçando nosso compromisso com o crescimento sustentável e a proximidade com o mercado.

 

O Mecânico: Como a JTEKT avalia o mercado de eletrificação no Brasil?

Leandro Brascher: Essa é uma questão bastante relevante, com duas vertentes importantes a serem consideradas. A primeira, impulsionada principalmente pelas montadoras chinesas, aposta nos veículos elétricos a bateria (BEV), que apresentam tanto vantagens quanto desafios. A segunda vertente, liderada por montadoras tradicionais como Toyota e Stellantis, foca na tecnologia híbrida leve (MHEV). Entendemos que a vocação do mercado brasileiro está mais alinhada com a segunda opção, já que os BEVs enfrentam o desafio significativo da infraestrutura de carregamento, ainda incipiente no país. Em qualquer caso, a JTEKT está amplamente capacitada para atender esse mercado, pois somos pioneiros em sistemas de direção elétrica, que são componentes fundamentais para os veículos elétricos.

 

O Mecânico: Quais ações a JTEKT tem realizado para se aproximar dos mecânicos?

Leandro Brascher: O Congresso Brasileiro do Mecânico foi um primeiro passo importante nesse sentido, e tivemos um retorno muito positivo das ações realizadas. Nosso objetivo é intensificar esse tipo de iniciativa, aproximando os mecânicos da nossa fábrica — seja fisicamente ou por meio de ações virtuais, que “levem nossa fábrica até eles”. Queremos que os mecânicos conheçam nossos produtos e compreendam a origem e o valor por trás deles. Temos orgulho de fazer parte do Grupo Toyota e de oferecer o que há de mais avançado em design de produtos e sistemas de manufatura. Com isso, garantimos a satisfação do cliente final e contribuímos para uma mobilidade mais segura e eficiente.

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