Será que você já trabalha com todas as ferramentas que precisa? Conheça 6 equipamentos que talvez falte na sua oficina
Como já vimos na matéria 5 ferramentas de diagnóstico para oficina, o conhecimento é essencial, mas sem os equipamentos necessários, fica difícil entregar um serviço de qualidade. Por isso, selecionamos mais seis aparelhos que com certeza irão aperfeiçoar seu trabalho na hora de realizar o reparo.
Micrómetro e Paquímetro
Podem parecer a mesma coisa, mas não são. Ambos os instrumentos são utilizados para medir grandezas lineares (distâncias). Porém, cada qual tem as suas vantagens e limitações.
O paquímetro, à primeira vista, parece mais versátil, pois permite a leitura de muitas dimensões externas e internas. É muito útil na oficina na medição de diâmetros internos e externos de peças de pequena e média dimensão. Também permite a medição em unidades inglesas (polegadas). No entanto, tem limitação quanto à resolução (menor medida). Três tipos estão disponíveis no mercado: 1/10 de milímetro (0,1 mm), 1/20 de milímetro (0,05 mm) e 1/50 de milímetro (0,02 mm) com dois tipos de resoluções em unidades inglesas. Além do mais, não consegue medir grandezas em que não pode tocar adequadamente. Por exemplo: espessura de discos de freios com rebarba. O preço varia de acordo com a qualidade.
Já o micrômetro apresenta resolução maior (0,01 mm ou 0,001 mm). Existem vários tipos: medições de grandezas externas, internas, engrenagens, roscas, etc. Na oficina, é muito utilizado nas medições de componentes mecânicos que exigem grande precisão. Por exemplo, peças internas de motores e câmbios. Mas possui limitações: cada instrumento mede apenas um uma unidade (métrica ou inglesa); os instrumentos medem uma determinada faixa de comprimentos (micrometro externo) ou diâmetros (micrometro interno), o que exige uma coleção para atingir todas as faixas; além de não conseguir realizar sozinho todos os tipos de medição: a ovalização e conicidade do diâmetro interno de cilindros de motores, exige equipamentos auxiliares como o relógio comparador e o jogo de súbitos. Como é um instrumento mais complexo e preciso do que o paquímetro, tem custo mais elevado, que varia com a marca e qualidade.
Relógio Comparador e jogo de Súbitos
O conjunto é formado por 2 dispositivos. O relógio comparador é muito utilizado em conjunto com outras ferramentas para medir irregularidades de superfícies em componentes de diversos sistemas do veículo. Com o auxílio da mesa de desempeno, o relógio comparador detecta empenamento de eixos e cabeçotes. Com o auxílio da base magnética, mede empenamento de discos de freio e cubos de rodas. E, com o auxílio do jogo de súbitos, mede a ovalização e a conicidade interna de cilindros, como os de motor.
O conjunto comparador mais súbito realiza o controle dimensional interno de circunferências. Seu intuito é medir com precisão os diâmetros internos de peças, tais como alojamentos de cubo de roda, camisas de cilindros e verificar a ovalização de bielas. Em termos gerais, o súbito evita que haja deformações ou ovalizações, livrando assim o veículo de problemas futuros causados por essas alterações. Súbitos mais simples podem custar em média R$ 400 reais, porém podem sair por até R$ 2.000 dependendo do aparelho e suas especificações.
No entanto, é preciso lembrar que preset do conjunto (comparador mais súbito) exige o uso de um micrômetro adequado à medida nominal cuja ovalização e conicidade se deseja aferir. A resolução do relógio comparador depende da unidade adotada.
Analisador de gases
Muito usado por oficinas que realizam um pré-atendimento aos veículos que realizarão inspeção veicular, o analisador de gases usa luz infravermelha para identificar e quantificar alguns elementos presentes na fumaça emitida por motores de combustão interna. Os gases veiculares mais identificados com alta resolução e precisão são: monóxido de carbono (CO, % em volume), dióxido de carbono (CO2, % em volume) e combustível não queimado (HC, em ppm, ou partículas por milhão).
Alguns analisadores mais sofisticados também conseguem identificar e quantificar por sensores químicos o oxigênio O² e os óxidos de nitrogênio NOx. A correta análise das quantidades lidas é de grande utilidade na avaliação do processo de combustão que ocorrem no interior dos motores (o que sai pelo escapamento é fruto do que entra pela admissão e do que ocorre no interior das câmaras de combustão), além de item obrigatório no controle de emissões. Devido a sua sofisticação, são itens de custo elevado, mas se bem utilizados proporcionam diagnósticos mais rápidos e precisos em tudo aquilo que se refere a combustão interna.
Apesar de sua utilidade, o aparelho não sai por menos de R$ 3.000, então é necessário um planejamento financeiro para começar a oferecer esse serviço.
Bomba manual para teste de arrefecimento
Equipamento de grande utilidade na detecção de vazamentos no sistema de arrefecimento, assim como, juntas de cabeçotes queimados e cabeçotes trincados. A ferramenta, que normalmente vem em um kit com a bomba manual e os adaptadores para as principais marcas de veículos, tem uso simples. Medindo a pressão em PSI e bar, a bomba deve ser conectada ao reservatório de expansão ou ao bocal de abastecimento do radiador (dependendo do veículo) para aplicação da pressão manualmente. Caso o mecânico note que, após aplicar a pressão, a mesma não estabiliza (existem condições apropriadas para a realização dos testes), há vazamento. Agora, se com o dispositivo aplicado a pressão do sistema dispara, pode haver queima de uma junta de cabeçote ou trinca do mesma. O kit de bomba manual para teste de arrefecimento custa entre R$ 400 e R$ 500 no mercado.
Colaboração técnica: Fernando Landulfo
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