Saiba nesta reportagem como diagnosticar o sistema e veja o passo a passo completo da troca dos discos e pastilhas de freio do Chevrolet Agile com ABS, incluindo sangria e regulagem do freio de estacionamento.
Para que a manutenção do sistema de frenagem esteja em dia, o trabalho de orientação do mecânico ao cliente sobre os elementos de desgaste deve ser constante. A verificação deve ocorrer a cada 10 mil km, por se tratar do principal sistema de segurança do veículo. O mecânico tem que estar ciente do estilo de condução de seu cliente e o trajeto que ele percorre, pois, isso está ligado diretamente à forma como se desgastam os discos, pastilhas, lonas e tambores.
O desgaste de um veículo para o outro, e de um cliente para o outro, pode variar. Mas nunca deve ultrapassar os limites determinados pelas fabricantes, assim como, as condições dos componentes. Trincas, empenamento, irregularidades com as pistas de atrito ou com os itens de frenagem não devem ser admitidos em nenhum caso, seja o cliente um condutor com estilo de condução mais agressivo ou se este trafegar em solos acidentados.
Análise do freio do Chevrolet Agile com ABS
No caso desta reportagem, foram analisados os freios dianteiros e traseiros do Chevrolet Agile 1.4 LTZ 2012 com ABS. Este possui freio a disco para as rodas do eixo dianteiro e freios a tambor para o eixo traseiro. O veículo possuía quilometragem relativamente alta, com 146 mil km rodados. A suspeita era de que os discos de freio ainda eram os originais de fábrica, mas que o sistema já havia passado por algum tipo de manutenção anteriormente.
O proprietário do veículo não se queixava de nenhum tipo de ruído ou problema com o sistema. O exame dos componentes de frenagem revelou oxidação no cubo de roda, na face interna de contato do disco de freio, assim como uma marca na pista de atrito entre o disco e a pastilha.
A análise também revelou que os discos de freios haviam passado do limite mínimo estabelecido pela fabricante. No lado dianteiro direito, o disco tinha espessura de 17,5 mm e do lado dianteiro esquerdo, 16,9 mm. A espessura mínima admitida para o disco do Agile 1.4 com ABS é de 18,5 mm. Assim, não há possibilidade de retífica: a única correção possível seria a troca.
As pastilhas de freio apresentaram 4 mm de espessura. Conforme comentou o consultor de Pós-Venda da Fras-le, Ronilso Toledo, o melhor a se fazer é a substituição. “Elas ainda poderiam ter uma certa vida útil, curta, mas por causa de já estarmos realizando a manutenção do veículo, nós fizemos a troca dessa pastilha”, informa.
Vale ressaltar que para a medição da massa de atrito da pastilha de freio, pode ser utilizado um paquímetro convencional. Mas para medição da espessura do disco de freio, é necessária a utilização de um paquímetro especial ou um micrômetro.
Não é possível usar o paquímetro convencional para medir espessura de discos por causa das rebarbas do disco usado. Como a ferramenta possui apalpadores retos, as rebarbas impedem a leitura tocando a pista de atrito corretamente.
No eixo traseiro, ao realizar a intervenção no sistema de freio a tambor, fique atento com a contaminação gerada, já que o sistema não permite que o resíduo do atrito entre lona e tambor se dissipe no ambiente. Esse material proveniente do desgaste se acumula dentro do tambor de freio, o que é normal.
Por isso, é importante realizar a limpeza do sistema a tambor, seja em ocasiões de inspeção dos componentes internos ou até mesmo nas substituições de componentes, como o caso dessa reportagem. Conforme o movimento do tambor, esse desgaste de material acumulado no sistema pode causar a degradação acelerada das lonas de freios e sintomas como ruídos do componente. A sujeira também pode provocar travamento das articulações dos patins de freio.
Vale lembrar que, nessa limpeza, não se deve utilizar nenhum produto que tenha derivados de petróleo, pois, eles podem prejudicar os componentes de borracha e materiais de atrito de lonas e pastilhas. Faça uso de produtos biodegradáveis. Água e sabão já é suficiente, desde que não entre em contato com o fluido no circuito.
Para que todo o sistema mencionado possa ser acionado, é importante que os componentes internos como cilindro mestre, êmbolos e pedal de freio estejam em boas condições. É dever do mecânico incluí-los na inspeção preventiva.
Outro fator de suma importância é o fluido de freio, pois este possui características de absorver a umidade do ar, chamada de higroscopia. Mesmo que o sistema possua vedações, o fluido é contaminado pelo ar que adentra ao sistema através da tampa do reservatório.
Os componentes internos no sistema de freio também podem sofrer contaminação por este efeito da higroscopia no fluido. Pois, as propriedades do fluido de freio começam a ser alteradas, tornando-o ácido com o tempo. A contaminação também é a principal responsável por abaixar a temperatura de ebulição do fluido, causando a perda de eficiência do sistema de frenagem quando quente – o famoso fading.
Por todos esses fatores, o fluido de freio precisa ser substituído periodicamente: recomenda-se a troca preventiva a cada dois anos ou 20 mil km. No caso do Agile com ABS, a especificação a ser utilizada é DOT 4.
Dicas de diagnóstico dos freios no Chevrolet Agile
De acordo com o supervisor de Treinamento da Nakata, Eduardo Guimarães, um teste importante a ser executado antes da desmontagem dos elementos do sistema de freios é o teste de torque residual. Este procedimento é utilizado para verificar se há funcionamento correto do retorno do êmbolo da pinça.
Para isso, acione o pedal de freio do veículo e verifique o aprisionamento da roda. Após, alivie a pressão exercida no pedal e confira se o conjunto roda/pneu gira livremente, sem nenhum tipo de travamento ou contato residual da pastilha de freio com o disco.
Se após o alívio do pé no pedal de freio houver o contato da pastilha com o disco, há a necessidade da desmontagem da pinça de freio para verificação do êmbolo de acionamento e dos pinos deslizantes. Observe se os componentes estão funcionando sem qualquer restrição que possa ocasionar o travamento.
Aproveite a ocasião para verificar as condições dos flexíveis de freio e do circuito como um todo, incluindo o chicote do ABS, conexões com o módulo de gerenciamento do sistema etc.
Remoção do disco de freio e pastilhas dianteiras
1) Com as rodas do veículo ainda apoiadas no solo (1), quebre o torque dos parafusos da roda com auxílio de uma chave de roda ou cabo de força. Após, erga o veículo e faça a remoção completa dos parafusos e do conjunto roda/pneu.
2) Efetue uma análise visual dos componentes do sistema de frenagem (2). É possível identificar que há uma ranhura aparente na pista de atrito do disco de freio com as pastilhas, mas o desgaste na face do disco não está fora do comum. A suspeita é de que essa ranhura possa ter ocorrido por causa do manuseio de ferramentas incorretas no componente em manutenções anteriores.
3) Para executar o processo de remoção do conjunto de pinça e disco de freio, comece com o esgotamento do fluido velho. Insira a mangueira com o coletor de fluido velho, abra o sangrador com o auxílio de uma chave 7 mm e utilize uma chave fenda para realizar o afastamento da pastilha de freio com o disco (3). Vale lembrar que o procedimento é apenas um afastamento e não o recuo do pistão. Após afastar a pastilha, feche o parafuso sangrador e retire o fluido de freio.
4) Faça a remoção da trava de segurança da pinça de freio (4).
5) Esterce o conjunto para facilitar o procedimento de retirada das fixações da pinça de freio. Utilize um cabo de força com soquete Allen 7 mm para retirar o torque dos dois parafusos de fixação da pinça de freio (5). Posteriormente é possível usar uma chave catraca para facilitar a remoção.
6) Apoie a pinça de freio com auxílio de um gancho para que não haja deformação com o flexível de freio (6). “Essa pinça não deve ficar pendurada, porque você pode deformar, estragar o flexível. Ele é feito de diversas camadas e elas podem ter alguma ruptura. Então é importante prender com um gancho a pinça, para não ficar pendurada com seu peso em cima do flexível”, alerta o supervisor de Treinamento da Nakata, Eduardo Guimarães.
7) Retire as pastilhas de freio e inicie o procedimento de remoção do cavalete quebrando o torque dos dois parafusos de fixação. Utilize um cabo de força com soquete allen 10 mm. Após a retirada do torque, use uma chave catraca para facilitar a remoção do componente (7).
8) Após a remoção, faça uma inspeção visual do cavalete. Foi notado o uso de trava química na rosca do parafuso para ajudar nas fixações do componente (8).
9) A fixação do disco de freio em relação ao cubo de roda é feita por meio de um parafuso-guia phillips. A remoção do parafuso é simples, porém, em alguns casos o componente sofre com alta oxidação, o que dificulta o trabalho do mecânico. Nesse caso, você pode utilizar um parafuso de roda e uma chave como espécie de alavanca para evitar que o disco gire e assim, realizar a remoção do parafuso (9).
10) Com o disco de freio retirado (10a), analise as condições do cubo de roda (10b). “Ele é um componente que tem contato direto com o disco de freio, se ele tiver alguma deformação ou até mesmo impurezas que sirvam de interferência entre ele e o disco, você vai ter sintomas de trepidação de freio”, comenta Eduardo Guimarães.
Diagnóstico dos componentes na bancada
11) Com os componentes retirados do carro, verifique o nível de desgaste. Comece comparando a pastilha de freio usada com a nova. Verifique se as abas e a geometria com o novo componente são iguais. Análise a espessura da massa de atrito da pastilha de freio, a fim de diagnosticar a vida útil do componente (11).
12) Com o disco de freio em mãos, análise as condições em que o componente se encontra. “O disco de freio retirado do veículo possui uma certa rebarba e uma marca que possivelmente foi um esforço mecânico realizado em algum momento da vida do veículo”, informa Ronilso ao encontrar uma marca de entalhe no disco de freio (12).
13) A medição do disco de freio deve ser realizada com a utilização de um paquímetro especial para discos de freio ou micrometro (13). O disco do lado direito apresentou espessura de 17,55 mm. A medida mínima que o componente deve apresentar é de 18,5 mm.
14) Já o disco de freio do lado esquerdo apresentou 16,9 mm de espessura (14), ainda mais abaixo da medida mínima. “Essa diferença de 6 décimos entre um disco e outro não caracteriza uma anomalia do sistema. Essa diferença pode ser devido ao estilo de condução do motorista, o trecho que ele trafega ou até o próprio ambiente. Então, essa diferença não quer dizer que exista um problema no carro, mas o que encontramos aqui é que a espessura em ambos os discos está abaixo do mínimo que é de 18,5 mm”, explica o especialista da Fras-le.
Montagem dos componentes de frenagem
15) Antes da montagem do novo disco de freio no veículo, verifique as condições de desgaste e contaminação do cubo de roda. A superfície dos cubos apresentou bastante oxidação. Eduardo Guimarães comenta sobre os sintomas ao montar um disco de freio novo sem efetuar a limpeza do cubo de roda: “Isso cria uma interferência entre o cubo e o disco de freio, podendo gerar uma possível deformação e percepção de trepidação no momento da frenagem. É muito importante realizar a limpeza da superfície com lixa ou com uma escova de aço” (15).
16) Cubo de roda limpo, verifique o empeno que a superfície apresenta. Faça uso de um relógio comparador para esta medição ao longo da superfície do cubo de roda (16a) e atente-se ao ponto de apoio da base magnética (16b). “O posicionamento do apalpador tem que estar perpendicular à superfície do cubo de roda”, explica Eduardo (16c).
Obs: O empeno máximo para a superfície do cubo de roda é de 5 centésimos e para o disco de freio são 10 centésimos. O empeno máximo encontrado em ambas as rodas foi de 2 centésimos. Portanto, os cubos estavam em ótimas condições
17) Faça a instalação do disco novo no cubo de roda e utilize o parafuso-guia para fixação (17). O disco de freio da Fremax para o Agile 2012 com ABS possui o código BD 1440. Segundo a fabricante, o disco da Fremax possui uma camada protetiva que não precisa ser limpa antes da instalação.
18) Em seguida, monte o cavalete e, para fixá-lo, use uma chave catraca com soquete allen 10. Apenas encoste o parafuso em um primeiro momento e, depois, usando um torquímetro, aplique o torque de 100 Nm (18).
19) A pinça de freio possui dois pinos deslizantes. Retire-os (19a) e analise as condições dos componentes (19b). Os pinos não apresentaram nenhum tipo de avaria ou oxidação. Desta maneira, foi realizada a lubrificação e a reinstalação de volta na pinça de freio (19c).
20) Antes de montar a pinça de freio no cavalete é necessário realizar o retorno do êmbolo da pinça. Para esse procedimento, antes, estrangule o flexível de freio com ferramenta apropriada e use uma chave 7 mm para abrir o parafuso sangrador após inserir a mangueira com o coletor de fluido. Com auxílio de uma ferramenta universal e a pastilha velha retirada do veículo, faça o recuo do êmbolo de maneira uniforme (20a, 20b e 20c).
21) Após o recuo do êmbolo ser efetuado, feche o parafuso sangrador da pinça, retire o coletor do fluido velho e a ferramenta que estrangula o flexível de freio. Remova a pastilha velha que foi utilizada para recuar o êmbolo do pistão e monte as novas pastilhas. Uma pastilha é instalada na pinça de freio (21a) e a outra é posicionada no cavalete (21b).
22) Instale a pinça de freio e encoste os parafusos de fixação dos pinos deslizantes. Depois, aplique o torque de 27,5 Nm com auxílio de um soquete Allen 7 mm (22a). Finalize a montagem do freio dianteiro com a instalação da trava da pinça de freio (22b).
Limpeza e substituição dos componentes de frenagem traseiro
23) Para iniciar a desmontagem dos componentes do freio traseiro, solte o freio de estacionamento e remova o conjunto roda/pneu traseiro. Após, remova o guarda-pó que protege a fixação do tambor traseiro com auxílio de uma chave de fenda (23). Utilize a chave como uma alavanca, tomando cuidado para não danificar o guarda-pó e o tambor de freio.
24) Retire a cupilha de travamento da porca-castelo (24a) com cuidado para não danificar ou cortar o componente. Em seguida, utilize um cabo de força com soquete 24 mm para remoção da porca-castelo (24b).
25) Verifique que há uma arruela de encosto e o rolamento externo do tambor (25a e 25b). Retire-os para remoção do tambor de freio traseiro (25c).
26) Faça uma análise geral do estado dos componentes internos do tambor do freio traseiro (26).
27) Verifique o cilindro de roda e atente-se à utilização de ferramentas nessa região (27). Os guarda-pós são feitos de borracha e não podem sofrer nenhum tipo de rasgo, por isso, nada de usar chave de fenda ou outros elementos cortantes. Analise se o componente possui alguma indicação de rasgos ou até mesmo se há vazamento de fluido de freio pelas gaxetas.
28) Analise o desgaste nas lonas de freio (28a) e nas molas de retorno do sistema (28b e 28c). Após a verificação, foi constatado que não havia vazamento no cilindro de roda traseiro e as lonas de freio ainda possuíam condições de uso, porém, a título de demonstração, foi feita a substituição dos componentes.
29) Para determinar o desgaste do tambor de freio, faça a medição do diâmetro interno do tambor com a utilização de um paquímetro (29a). Realize a medição em diferentes pontos, a fim de verificar se o tambor de freio traseiro não apresenta ovalização e verifique a área de atrito do tambor (29b). O componente apresentou 200 mm de diâmetro, dentro da tolerância máxima permitida de 201 mm.
30) Prossiga com a desmontagem dos componentes, iniciando pela mola superior que faz o tensionamento da catraca de regulagem do sistema das lonas traseiras. Prossiga com a remoção dos pinos centralizadores das sapatas de freio (30) e remova o conjunto de lonas com o mecanismo do freio de estacionamento.
Atenção! Ao retirar a mola dos pinos centralizadores, a tendência é que o conjunto das sapatas de freio com o mecanismo do freio de estacionamento se desprendam. Realize o procedimento com cautela.
31) Após a inspeção e a retirada dos componentes (31a), realize a limpeza do conjunto utilizando uma escova com cerdas de aço para retirada do excesso de contaminação (31b). Use produto biodegradável para evitar a contaminação do conjunto (31c).
32) Com auxílio de uma chave 10 mm para soltar a tubulação de alimentação do cilindro de roda (32a) e uma chave 8 mm remover o parafuso de fixação ao espelho de freio (32b), retire o cilindro de roda.
Montagem dos novos componentes
33) A montagem dos novos componentes para o freio traseiro deve seguir a ordem inversa da desmontagem. Porém, há alguns detalhes na montagem da sapata de freio que merecem atenção. É possível observar que há uma bucha (33) para apoio do gatilho do sistema de regulagem automática dos freios. Essa bucha não vem com os componentes novos, por isso, é necessário transferi-la do componente antigo para o novo.
34) Após a transferência da bucha para a nova sapata, a montagem do sistema é composta pelo gatilho, a catraca de regulagem automática do sistema, mola centralizadora e a mola de retorno do gatilho (34).
35) Na instalação da lona traseira no espelho do tambor, observe o encaixe da alavanca do freio de estacionamento em relação à mola do freio de estacionamento (35).
36) Faça a instalação da sapata de freio que contém a regulagem automática do freio e atente-se a dois pontos. O primeiro é a instalação do pino com a mola e o prato centralizador para garantir a fixação da sapata no espelho do tambor (36a). O segundo ponto é o posicionamento do sistema de regulagem automática dos freios (36b) e (36c).
37) Após a instalação do tambor de freio no conjunto, não se esqueça da cupilha de travamento da porca-castelo (37) e finalize a instalação dos componentes do sistema de freio traseiro.
Sangria do sistema e regulagem do freio de estacionamento
38) Inicie o processo de substituição do fluido de freio (38a) retirando o fluido antigo do reservatório do fluido de freio com auxílio de uma seringa (38b). Após, faça a limpeza do reservatório do fluido de freio com produtos biodegradáveis para que não haja contaminação do fluido velho com o novo que será abastecido no local.
39) Neste ponto, os técnicos fizeram a comparação do fluido de freio velho com o novo (39). É possível notar que o fluido velho (à esquerda) está muito mais escurecido do que o fluido novo (à direita). “O fluido velho nessas condições, por causa de diferentes fatores, como por exemplo o efeito higroscópico, tende a deteriorar os componentes do sistema hidráulico como cilindro-mestre, cilindro de roda etc. “, informa Eduardo Guimarães.
40) Faça o abastecimento do reservatório do fluido de freio com o novo fluido (40a). Conecte o bocal da máquina que está abastecida com o novo fluido (40b) e (40c). No manual de manutenção do veículo não há indicação do uso de scanner para o procedimento de sangria das rodas, porém, foi conectado o aparelho de diagnóstico atualizado na entrada OBD do veículo e a função para sangria dos freios não foi habilitada para este ano/modelo (40d). Desta forma, a sangria do sistema foi efetuada de maneira convencional, com a pressurização do sistema pela máquina e seguindo a ordem de sangria determinada pela fabricante.
41) Conforme o manual, inicie a sangria pela roda mais distante do cilindro-mestre, sendo a roda do eixo traseiro do lado direito e siga a ordem em “Z”: traseiro-direito, traseiro-esquerdo, dianteiro-direito e dianteiro-esquerdo (41).
42) Para efetuar a regulagem do freio de estacionamento, puxe 3 níveis do freio de mão na cabine do veículo (42a) e, acima do eixo traseiro, faça a regulagem do dispositivo do freio de estacionamento com o auxílio de uma chave 6 mm para travar o dispositivo e uma chave 11 mm para a porca de regulagem (42b).
Obs: Com os 3 níveis do freio de mão acionados, os tambores de freio traseiros têm que apresentar resistência total ao giro. Ao liberar o freio de estacionamento, o conjunto deve girar livre. Caso contrário, há necessidade de se efetuar uma nova regulagem para que os freios de estacionamento funcionem corretamente.
43) Para finalizar o serviço, instale o conjunto roda/pneu, apoie o veículo com as 4 rodas no solo e aplique o torque de 110 Nm nos parafusos de roda (43). Antes de entregar o veículo ao cliente verifique a eficácia do sistema de frenagem com um teste de rodagem. Vale orientar o cliente sobre a importância do pré-assentamento dos componentes de frenagem. “Durante os primeiros 500 quilômetros, não se deve usar esse material de atrito de forma abusiva, porque pode gerar um excesso de temperatura que vai ser prejudicial ao assentamento dos componentes, à durabilidade, fazendo com que a vida útil dessas peças seja menor”, conclui Guimarães.
Colaboração técnica: Fras-le, Fremax, Nakata e Controil
Mais informações: Fras-le: 0800-7-512-169 // Nakata: 0800-707-8022
texto & fotos Vitor Lima
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