Sistema é a aposta da empresa para a descarbonização nos veículos pesados e, no futuro, também nos automóveis de passeio
A GWM levou para o Veículo Elétrico Latino-Americano (VE), evento que aconteceu no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, em São Paulo (SP), mesmo local que vai ocorrer o Congresso do Mecânico 2023, um sistema de célula a combustível que utiliza hidrogênio (H2) para abastecer veículos pesados com motores elétricos.
“Os veículos elétricos a célula de hidrogênio são uma solução promissora para descarbonizar a frota de caminhões pesados em substituição ao diesel”, destaca o CCO (Chief Commercial Officer) da GWM, Oswaldo Ramos.
A nova tecnologia já foi testada na China e nos países em que a FTXT possui centros de desenvolvimento: Japão, Alemanha e Canadá. A FTXT é uma subsidiária da GWM especializada no ecossistema de hidrogênio, comprometida em promover o desenvolvimento sustentável com redução das emissões de carbono (CO2). Seu foco, atualmente, está no mercado de célula a combustível alimentada com hidrogênio.
Entre as principais características do sistema está a emissão zero de gases de efeito estufa e zero emissão de poluentes e particulados, além de oferecer aos seus veículos uma autonomia de 500 km e um abastecimento rápido, equivalente ao de um veículo convencional. Enquanto isso, um caminhão a diesel emite 770 gramas de CO2 por quilômetro rodado.
Uma das vantagens de explorar essa tecnologia no Brasil é que o hidrogênio pode ser obtido por várias rotas tecnológicas renováveis e de baixa intensidade de carbono. Atualmente mais de 90% do hidrogênio é produzido a partir do gás natural, que é conhecido como hidrogênio cinza. Já o hidrogênio verde é aquele que vem de fonte renovável que não gera CO2. É o caso do hidrogênio gerado a partir da eletrólise da água, que usa energia solar ou eólica. Também é possível obter o hidrogênio a partir da reforma do etanol, outra fonte renovável.
Os equipamentos expostos no evento com a tecnologia do hidrogênio da GWM são os seguintes:
1 – Cilindro de hidrogênio: feito de resina e fibra de carbono, capaz de suportar até 700 bars de pressão.
2 – Célula a combustível do tipo PEM: conjunto de membranas eletrolíticas que faz a combinação do hidrogênio armazenado nos cilindros com o oxigênio retirado do ar, gerando energia elétrica e água (H2O).
3 – Membrana eletrolítica polimérica: estrutura individual com 1,3 milímetro de espessura onde a reação química transforma o hidrogênio em eletricidade.
4 – Sistema comercial da célula a combustível: combina a célula a combustível ao sistema de gerenciamento de voltagem que, em conjunto com altas densidades de corrente elétrica (característica intrínseca a célula do tipo PEM), resulta em um sistema com potência de 110 kW.
Na avaliação da empresa, os caminhões movidos a célula a combustível darão escala para a criação da infraestrutura para abastecimento desses veículos. E, a longo prazo, essa tecnologia chegará também aos automóveis de passeio. Para se ter ideia do desafio, uma estação para carregamento de um veículo que utiliza o hidrogênio custa em média cerca de R$ 8 milhões.
O hidrogênio não é tóxico e se destaca por sua alta densidade energética, um quilograma de hidrogênio tem quase três vezes a energia de um quilograma de gasolina. Outro ponto é que sua produção ocorre de forma silenciosa, não contribuindo para a poluição sonora.
Dentro deste contexto, uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que o Brasil tem capacidade para se consolidar como um produtor global de hidrogênio de baixo carbono, criando novos empregos, atraindo tecnologias de última geração e investimentos e até promovendo novos modelos de negócios. Com isso, o País pode ocupar uma posição estratégica, sendo o principal produtor de hidrogênio de baixo carbono do mundo.
O Sócio da Bain & Company informa que o brasil tem grande chance de ser protagonista nesse mercado. “A nossa visão é que, no Brasil, os veículos híbridos terão um protagonismo no mercado e um papel fundamental para a transição entre as tecnologias. Avaliamos que o país tem a oportunidade de se estabelecer como um centro de desenvolvimento de tecnologias híbrida ou de combustão de baixo carbono, sendo um fornecedor para regiões onde os veículos elétricos não terão uma curva de adoção muito rápida”.
A GWM já iniciou estudos para inaugurar a partir do ano que vem uma rota de caminhões movidos a hidrogênio, no Estado de São Paulo, visando colaborar com a descarbonização da frota de veículos de carga a diesel no Brasil. Para isso, a Autotech brasileira assinou em abril um termo de engajamento com a InvestSP, agência de promoção de investimentos do Governo de São Paulo, que tem ajudado na agenda da transição energética.
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