quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Ampri revela como superou os desafios para chegar aos 25 anos

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25 anos da Ampri | Anderson Trofino, Diretor presidente

por Redação

Com 25 anos de história, a Ampri produz uma ampla gama de produtos, como caixa de direção, bomba de direção hidráulica, axial, entre outros. No entanto, tudo começou com a fabricação de componentes para direção em 1998.
A Revista O Mecânico entrevistou Anderson Trofino, diretor da Ampri, que falou sobre negócios, carreira e futuro.

Revista O Mecânico: Como nasceu o negócio de vocês?

Anderson Trofino: Na realidade, a A Ampri, na verdade, nasceu em 1995. Porém, nesse ano estamos considerando que iremos celebrar 25 anos, pois foi quando iniciamos no mercado de autopeças. Nesses três primeiros anos, trabalhamos com reforma de máquinas operatrizes em um pequeno galpão no Tatuapé, zona leste de São Paulo. Na época, era um segmento aquecido, mas enxergamos que com a modernização dos equipamentos industriais o setor entraria em declínio. Com isso, em 1998, começamos a fabricar componentes para direção. Meu pai, José Roberto Trofino, era sócio de uma empresa fabricante de componentes para direção chamada Phenix. Ela produzia peças para caminhões Mercedes Benz. Nessa época enxergamos a oportunidade de desenvolver componentes de direção para caminhões Ford, Volkswagen e GM, pois só a TRW produzia esses itens. Com a produção desses componentes, conseguimos construir parcerias já com grandes distribuidoras do nosso segmento. Em 2002, mudamos para um espaço maior em Guarulhos, meu pai saiu da sociedade e começamos a trabalhar 100% focado na nossa marca. Meu pai foi quem me direcionou para empreender com a abertura da Ampri, o nome é em homenagem aos seus dois filhos (Anderson e Priscila). Trabalhando juntos, começamos a desenvolver novos itens, investimos no crescimento da fábrica, estruturamos a empresa para alcançar um ótimo nível de qualidade e trabalhamos diariamente ao longo desses anos para consolidar nossa marca.

O Mecânico: Quais foram os maiores desafios nos últimos anos? 

Anderson Trofino: Ter uma indústria no Brasil é contar com desafios diários, sejam eles relacionados às questões internas, de gestão, ou por questões políticas e econômicas. Nos últimos anos, os desafios para as indústrias foram vários: pandemia, falta de matéria-prima, instabilidades, entre outras coisas. Mas historicamente falando, voltando um pouco no tempo, considero que o nosso maior desafio estratégico foi a decisão de importar muitos dos nossos componentes e insumos, deixando de investir em máquinas e em matérias primas que comprávamos no mercado interno. Todo industrial tem paixão pela produção, mas pelo momento em que o nosso país passava no início dos anos 2000, o mercado interno apresentava instabilidades e foi inevitável.

O Mecânico: A empresa oferece algum curso ou treinamento?

Anderson Trofino: Conforme a empresa foi amadurecendo e por nosso produto ser tecnicamente complexo, fomos aumentando cada vez mais nossos critérios tanto no processo seletivo, quanto na qualificação das nossas equipes. Nós temos uma parceria de longa duração com o SENAI, eles sempre nos ajudaram muito na qualificação do pessoal do chão de fábrica. Mas nos últimos anos, temos intensificado também os treinamentos internos, para todas as áreas. Em um segmento competitivo como o nosso, não adianta só os gestores das empresas “vestirem a camisa”, se todas as áreas não estiverem evoluindo, integradas e com equipes competentes. Desta forma, certamente você perde competitividade.

O Mecânico: Quais as principais áreas de atuação da Ampri?  

Anderson Trofino: Estamos no mercado todo esse tempo e na nossa percepção temos que ser bons no que fabricamos, possuímos know how. Foi dessa forma que nos tornamos especialistas em direção. Pensamos que assim, a marca Ampri aumentaria a sua identidade e um vínculo com o segmento. Nosso objetivo é que: quando o consumidor pensar em direção, automaticamente pense em Ampri.

O Mecânico: O que esperam do futuro?  

Anderson Trofino: Pensamos que o nosso segmento está crescendo muito rápido e se profissionalizando cada dia mais, por isso, temos de estar atentos. Uma indústria para ter competitividade nos dias de hoje tem que ser versátil. Depois do período da pandemia, enxergamos que deveríamos investir mais na nossa indústria, todos os nossos esforços e investimentos atualmente estão sendo direcionados para aumentar nosso parque fabril, verticalizar e automatizar os processos, melhorar nossa produtividade e investir em tecnologia.

O Mecânico: Qual o conselho que vocês dão para quem está iniciando no segmento ou profissão

Anderson Trofino: Não posso falar em “conselho”, pois pressupõe-se que existe uma fórmula para as coisas darem certo, e isso não existe. O que posso compartilhar por experiência pessoal é que facilita um pouco nas tomadas de decisões, quando você gosta do que faz e quando entende que mesmo que você esteja se dedicando bastante, o resultado vem a longo prazo. Não acredito em “fórmulas mágicas”. Seja para empreender ou construir uma carreira em qualquer área, para chegar em algum sucesso é preciso ter foco, disciplina e determinação. É um caminho longo. Eu estou na empresa todos os dias. Gosto do que faço e é isso que me motiva.

OLHO 1: Trabalhando juntos, começamos a desenvolver novos itens, investimos no crescimento da fábrica, estruturamos a empresa para alcançar um ótimo nível de qualidade e trabalhamos diariamente ao longo desses anos para consolidar nossa marca.

OLHO 2: Estamos no mercado todo esse tempo e na nossa percepção temos que ser bons no que fabricamos, possuímos know how. Foi dessa forma que nos tornamos especialistas em direção.

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