A tecnologia não para de evoluir. Isso todo mundo sabe. Basta observar as “engenhocas” eletrônicas que todo dia são lançadas no mercado. Uma novidade atrás da outra. E a velocidade com que isso ocorre é tão grande, que o celular comprado a prestação hoje, um ano depois, quando estiver finalmente pago, é considerado velharia. Pois é, vivemos a era do consumo. Mas, por outro lado, é esse consumo que faz a economia girar.
por Fernando Landulfo
O mesmo ocorre com a tecnologia embarcada e, consequentemente, aquela ligada à sua reparação. Primeiro foi a injeção eletrônica analógica, que exigiu que o “Guerreiro das Oficinas” saísse da zona de conforto do carburador/distribuidor, e fosse aprender algo totalmente novo: eletroeletrônica. Além de aprender a manusear instrumentos que, até aquele momento, eram totalmente estranhos a sua profissão: pontas de prova, multímetros e osciloscópos. Logo em seguida veio a injeção eletrônica digital e os demais equipamentos eletronicamente controlados. E lá vai o mecânico aprender sobre lógica de controle e a operar um novo equipamento chamado “scanner”. Isso sem falar de uma série de outras ferramentas tecnológicas: testadores e limpadores de bico injetor, manômetros, décadas resistivas, etc.
Só que os veículos continuaram a evoluir e consequentemente os equipamentos de diagnóstico. Sim, alguns scanners se tornaram obsoletos e precisaram ser atualizados, ou mesmo, complementados ou substituídos. Isso, sem falar na evolução da tecnologia mecânica que trouxe: comandos de válvula e coletores de admissão variáveis, embreagens duplas, controle de mudança de marcha automatizado, transmissões CVT e muitas outras coisas. Sim, mais treinamento e ferramentas especiais se fizeram necessários. Atualmente, temos como novidades: as trações elétricas e hibridas sob o capô, freios regenerativos nas rodas e a inteligência artificial dentro das cabines de passageiros. E só Deus sabe, o que vem ainda por aí? E quem quiser desfrutar dessa fatia “generosa” do mercado tem que investir em conhecimento e ferramental.
Mas não foi apenas na parte operacional que a oficina precisou evoluir. Na gestão também. Atualmente, não é possível administrar de forma eficiente uma oficina sem computador e Internet. E as razões são bastantes claras:
a) Fiscal: Emissão de notas fiscais on line.
b) Compras: Cotações e negociações por websites e e-mails.
c) Relacionamento com o cliente: envio de orçamento e recebimento de aprovação, negociações e acompanhamento de serviços por e-mail, mensagens eletrônicas, vídeo conferência, etc.
d) Treinamento e esclarecimento de dúvidas: cursos a distância, e mail e websites especializados
e) Especificações técnicas: catálogos e manuais on line, atualização de scanners, etc.
f) Histórico do cliente: ordens de serviço, notas fiscais de materiais aplicados, etc.
É…o telefone, o Fax e o arquivo de papel ficaram para trás…. Pois é, a evolução tecnológica mostrou ao mecânico a importância de investir na sua empresa e em si próprio. Para ter uma noção melhor desta evolução, leia a retrospectiva feita pela Revista O Mecânico edição 306, comemorativa de 35 anos da publicação.
Mais um detalhe importante: para se atualizar tecnologicamente não basta apenas fazer compras e se sentar no banco de escola de vez em quando. A participação em discussões em rede, congressos, palestras e feiras de negócios é de suma importância. A final de contas a informação e o conhecimento não estão apenas no papel e na tela dos computadores. A troca de experiência
entre colegas traz muitos benefícios.
E para terminar esse nosso papo importante: no mercado atual, a atualização não garante a sobrevivência da empresa, pois boa parte dela está atrelada à competência e a honestidade do profissional. Mas com absoluta certeza, de que, quem não se atualizar está diminuindo em muito a suas chances de sobreviver.
Artigo: No mercado atual, quem fica para trás não sobrevive Publicado primeiro em http://omecanico.com.br/feed/
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