Bicos com resistência dispensam a necessidade do tanquinho de gasolina para partidas a frio
Texto: Redação
Fotos Iasmyn Nascimento
O uso do reservatório auxiliar de gasolina para partida a frio (conhecido popularmente como tanquinho) é coisa do passado na maioria dos veículos zero-quilômetro com motores flex vendidos no Brasil. No modelos com injeção no coletor (indireta), isso foi possível graças ao desenvolvimento de soluções para o preaquecimento do etanol. Entre elas, estão os bicos injetores com aquecimento, que permitem a partida com etanol em dias frios sem a necessidade de injeção do derivado de petróleo. Além de mais cômodo, esse sistema é um aliado na redução de emissões.
A combustão do etanol não ocorre em baixas temperaturas, pois só gera vapores acima dos 12°C. Desta forma, o bico possui uma resistência externa que aquece o combustível para gerar vapor na hora da injeção. A determinação do aquecimento de combustível é feita pelo módulo eletrônico de gerenciamento do motor (ECU), em conjunto com o módulo eletrônico de controle dos bicos injetores aquecidos, que trocam informações entre si pelas redes de comunicação disponíveis no veículo (como CAN, LIN).
“O aquecimento do etanol permite a redução de até 69% das emissões de hidrocarbonetos na fase fria do motor”, explica o engenheiro de Desenvolvimento de Produto e Aplicação da Delphi Technologies, André Vaz. A tendência é que os bicos aquecidos popularizem-se ainda mais assim que entrarem em vigor as legislações de emissões Proconve L7 e Proconve L8, previstas para 2022 e 2025, respectivamente. Entre outros requisitos, a nova legislação exige redução significativa de etanol não queimado na combustão.
DURABILIDADE E MANUTENÇÃO
Segundo Vaz, os bicos injetores aquecidos têm durabilidade validada para 10 anos ou 300 mil quilômetros de uso. Um cuidado básico a ser tomado pelo proprietário do veículo é utilizar sempre combustível de qualidade. “Desconfie de preços muito baratos na hora de abastecer. E cheque sempre se o consumo é coerente com o tipo de condução do veículo”, explica.
Para os mecânicos, é essencial ter um ambiente limpo e controlado para realizar a limpeza dos injetores. “É importante cuidar da higiene do local onde é feito o processo de limpeza dos bicos. Se alguma partícula cair dentro do injetor, após o filtro, ela pode se deslocar e alojar entre a esfera e o assento do bico. Em situações extremas, isso pode acarretar até um calço hidráulico do motor”, alerta.
“No momento de fazer a limpeza dos bicos, sempre realize a troca do filtro do injetor, pois o filtro está acoplado ao tubo de calibração do fluxo dinâmico do injetor. Se removido, a calibração será prejudicada”, detalha o engenheiro.
Injetores aquecidos auxiliam a reduzir emissões Publicado primeiro em http://omecanico.com.br/feed/
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