terça-feira, 22 de agosto de 2023

A evolução da eletrônica embarcada

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Evolução da eletrônica embarcada

Será que o crescente incremento na sofisticação dos sistemas embarcados, realmente exige um contínuo reinvestimento, impagável, em equipamentos, para a realização de diagnósticos?

artigo por Fernando Landulfo   fotos Divulgação/Peugeot

A entrada da eletrônica embarcada no mercado brasileiro, lá no final da década de 1980, apenas com a injeção eletrônica de combustível, causou um verdadeiro alvoroço dentro do universo do “Guerreiro das Oficinas”, os “mais experientes” lembram muito bem disso. Naquela ocasião, o mercado foi tomado por um verdadeiro estado de pânico.

E não era por menos. Tratava-se de uma nova tecnologia, nunca antes experimentada pelo mecânico brasileiro (com exceção daqueles poucos privilegiados, que trabalhavam nas raras oficinas autorizadas de algumas marcas de importados), mas que em um período não superior a dois anos, estaria adentrando as portas das oficinas. Era apenas o tempo de vencer os períodos de garantia das montadoras que, na época, eram de no máximo 24 meses.

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Um sistema cujo diagnóstico e reparo exigia não só novos conhecimentos, como treinamento específico, além de novas ferramentas e equipamentos. Entre eles o scanner. Um equipamento caríssimo (milhares de dólares americanos), de uso exclusivo dos concessionários e que só atendia a uma marca. Mas que se mostrava imprescindível para a realização de diagnósticos e consertos. Porém totalmente inacessível as oficinas multimarcas de pequeno e médio porte.

No entanto, as empresas brasileiras não demoraram a desenvolver substitutos nacionais e polivalentes, desses instrumentos que, apenas de caros, eram acessíveis. Muitos desses fabricantes pioneiros ainda se encontram no mercado.

Com o passar do tempo a experiência mostrou que apenas o scanner não era suficiente para realizar os diagnósticos de forma rápida e eficiente que o mercado exigia. Pois muitos problemas não eram detectados pelos programas de diagnóstico, inseridos nas unidades de gerenciamento eletrônico e operados pelos scanners.

Diante dessa realidade, mecânico se viu obrigado a não só adquirir equipamentos complementares (testadores de injetores, analisadores de gases, kits de teste de pressão e vazão etc.), como aprender a fazer uso de equipamentos tradicionais, como o osciloscópio e o multímetro.

É claro que outras ferramentas e equipamentos complementares foram oferecidos ao mecânico. Dispositivos esses que, apesar de não serem imprescindíveis, geralmente, aceleram os processos de diagnóstico e reparo. Isso sem falar nos dispositivos que o próprio mecânico constrói, de acordo com as suas necessidades e disponibilidade.

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