Avaliação pode indicar possibilidade de recuperação de peças por meio de remanufatura, diz especialista
O turbocompressor, que no passado estava presente apenas em veículos premium, passou a equipar modelos populares até com motor de 3 cilindros para auxiliar na performance e reduzir o consumo.
Com isso, motores turboalimentados começam a chegar com mais frequência às oficinas com diversos problemas. Um deles é por causa da entrada de água pelo sistema de admissão de ar do propulsor, algo comum nessa época chuvosa do ano, em que muitos motoristas arriscam passar por vias alagadas.
Portanto, para fazer avaliação em caso de suspeita de água no turbocompressor é recomendado avaliar todos os componentes dos periféricos do conjunto motriz.
“No sistema de admissão de ar do motor somente ar atmosférico deve ser admitido para câmara de combustão após a filtragem, seja pelo turbocompressor, seja pelo sistema de aspiração natural.” explica Guilherme Soares, Head de Aftermarket da BorgWarner Emissions, Thermal and Turbos Systems no Brasil. “Nos veículos turboalimentados, o turbocompressor faz parte desse sistema, e deve ser avaliado em caso de suspeita de entrada de água.”, complementa.
Vale lembrar que a estratégia de segurança dos atuais veículos vendidos no Brasil contra a entrada de água no sistema de admissão de ar do motor é igual nos propulsores aspirados e nos turboalimentados. No motor há um sistema de admissão de ar projetado para evitar entrada de água nos dutos de ar.
Contudo, quando o carro passa por vias alagadas em dias chuvosos, a segurança contra a entrada de água pelos dutos de ar pode não ser suficiente para impedir a admissão de líquido na câmara de combustão, o que pode causar travamento do motor, popularmente conhecido como “calço hidráulico”.
Em vista disso, se neste caso houver trinca no bloco do motor será necessário passar por uma retifica trocando os componentes internos danificados. Além disso, os componentes periféricos também precisarão ser avaliados, passando por manutenção ou remanufatura.
“O melhor procedimento em caso de suspeita de admissão de água pelo sistema de ar do motor é submeter todos os componentes periféricos à uma avaliação, inclusive o turbocompressor”, afirma Soares.
É importante ressaltar que o turbocompressor deve ser avaliado internamente, pois a água pode passar pelo sistema de vedação da carcaça central, contaminando o óleo e até causando a corrosão de componentes internos do conjunto rotativo, levando desgaste prematuro e afetando o desempenho do turbocompressor.
Ademais, se a água atingir componentes eletrônicos do sistema, como sensores de rotação, pode causar falhas elétricas e prejudicar o controle correto do sistema. Por isso, é necessário fazer a completa desmontagem para verificação de possíveis danos, como a oxidação dos componentes. Após essa análise será possível avaliar a necessidade da remanufatura do turbocompressor, substituindo os componentes danificados ou na pior situação a troca do turbocompressor por completo.
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