quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Sucesso de público! Cobertura completa do 5º Congresso Brasileiro do Mecânico

auditorio_B - Diego Tournier

Cerca de 6,8 mil profissionais de todas as áreas da manutenção automobilística estiveram no Expo Center Norte para o maior evento voltado ao mecânico no Brasil

 

texto Daniel Palermo, Pedro Damian, Patrícia Pugliese e Lucas Kina
fotos Douglas Crepaldi, Lucas Porto, Daniel Palermo e Lucas Kina

Foram exatos 1.092 dias de espera. A pandemia da Covid-19 adiou a edição presencial do Congresso Brasileiro do Mecânico, dando lugar ao 4º CBM em edição virtual em 2020 e ao seminário online Semana do Mecânico em 2021. Mas a espera pela volta ao formato tradicional do evento valeu cada segundo.

O Congresso Brasileiro do Mecânico finalmente aconteceu em edição presencial no último dia 22 de outubro no mesmo local da edição de 2019: o Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, em São Paulo/SP. Organizado pela Revista O Mecânico, a quinta edição do maior evento do Brasil feito para o
mecânico automotivo independente reuniu um público de 6,8 mil profissionais – um aumento de mais de 60% se comparado à última edição presencial.

Ao todo, foram 10 horas de muito conteúdo. Tudo foi pensado para que o evento fosse um momento de aprendizado e valorização da profissão, levando não só conteúdo técnico, mas também uma visão ampla do negócio, incluindo gestão, marketing e posicionamento de mercado.

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Foram 47 empresas expositoras na área de estandes, 39 delas palestrando na área dos seis Boxes Técnicos e 12 painéis de discussão com 37 especialistas renomados distribuídos pelos três auditórios da arena. Além disso, os mecânicos tiveram oportunidade de pilotar sete veículos elétricos e híbridos de seis diferentes marcas na ação de Test Drive na área externa do evento.

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O pessoal da oficina DK Monteiro, do bairro São Mateus em São Paulo/SP, contou: “Visitamos muitos estandes e o que chamou a nossa atenção foi o treinamento da linha premium pois, agrega muito para o mercado automobilístico porque traz inovação pro nosso setor que é uma grande potência, além de ter a novidade dos carros elétricos e híbridos o que reforça nosso conhecimento”.

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Já o Daniel, mecânico da Continental Serviços Automotivos em Osasco/SP, disse: “É muito boa essa interação entre profissionais e fabricantes. O mecânico vem atrás de informações e parcerias e isso é muito importante para nós”.

Wendell, que participou de algumas ações promovidas pelos estandes, comenta: “Não conhecia o Congresso e gostei bastante, por isso vou voltar nas próximas edições. Sou mecânico há 20 anos e trabalho na oficina The Brothers em Ferraz de Vasconcelos/SP, fui em algumas palestras e fui passeando no evento pegando alguns brindes e participando das brincadeiras. Estou curtindo”.

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Douglas Aparecido, da oficina São Cristóvão de Vargem Grande Paulista/ SP, disse durante o evento: “Estou gostando muito pois tem muitas opções em tecnologia que ajudam bastante na área”. E Gustavo, que trabalha junto com Douglas, completa: “Tem muita informação e conhecimento que dá para agregar bastante. Eu não conhecia e pretendo vir mais vezes.”

Veja a seguir a cobertura de tudo o que aconteceu no 5º CBM nas áreas de expositores, auditórios e boxes técnicos.

Fachada Expo Center Norte

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Box técnico

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Abílio e Zé Ruela

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5º CBM: EXPOSITORES

AMORTEX (UNIVERSAL AUTOMOTIVE): O estande teve seus mais recentes lançamentos em amortecedores e linha de suspensão, mola a gás e transmissão. Para a empresa, marcar presença no evento é importante para se conectar com os mecânicos reparadores. “A Amortex quer muito se conectar com os mecânicos reparadores, tentamos cada vez mais ficar próximos a eles”, disse a especialista de Marketing da Amortex, Flávia Santos de Carvalho, que completou: “a ideia é não parar esse contato aqui e continuar fazendo outros trabalhos com esse time de mecânicos”.

ACDELCO: Levou até seu estande seu portfólio de produtos para reforçar seu posicionamento multimarcas no mercado de peças de reposição. Para a empresa, é importante participar desse evento para se aproximar do mecânico, principalmente nesse momento pós-pandemia. Especialista de Marketing da ACDelco, Lucas Bizutti, afirmou que “é importantíssimo a gente poder ter contato direto com o influenciador do cliente, o reparador do cliente é a pessoa que está diretamente em contato com o cliente final e é ele que, de certa forma, será muito influente na tomada de decisão do cliente”, disse.

AUTHOMIX: Apresentou os principais itens de seu portfólio, como cilindros de roda, filtros de ar, óleo e combustível, rolamentos, kits de reparo de homocinética e de suspensão, além de aditivos de arrefecimento, fluido de freio e cinta com catraca de amarração. Representante da empresa para a parte de produtos, Robledo Duarte destacou a qualificação do público ao falar da importância do evento. “É de extrema importância estar próximo ao aplicador. Este é um público engajado e muito técnico e por isso a presença num Congresso tão concorrido nos aproxima deste público”.

AUTOCRED (DPASCHOAL): Levou ao CBM sua plataforma financeira que conta com soluções completas voltadas para o mercado automotivo como conta digital e maquininha para recebimento de pagamentos. Gerente financeiro da empresa, Augusto Cesar Pinheiro, destacou que “o grande diferencial que trouxemos para a feira é que ele pode determinar um percentual do faturamento da máquina para adquirir em peças no Grupo DPaschoal”.

CAOA: O Grupo CAOA recebeu os mecânicos em dois estandes. Um focado na plataforma de vendas online, chamado CAOA Peças Online, e outro voltado para divulgar a linha de lubrificantes CAOA Supremus. “(O CBM) É um evento muito importante para a gente, é o foco da nossa atividade, é o público da nossa atividade, então é extremamente importante estar junto com o nosso cliente final e mostrar para ele quais as vantagens de comprar em nossa plataforma e os benefícios de utilizar o lubrificante próprio da CAOA”, declarou o gerente de e-commerce da CAOA, Nathan Bocelli.

CHIAPERINI: Estreante no Congresso, levou para os mecânicos uma linha completa de ferramentas pneumáticas, disponível através dos catálogos disponíveis para os mecânicos. Para o supervisor de vendas da Chiaperini, Aparecido Benedito, foi uma surpresa muito gratificante poder se conectar diretamente com os mecânicos, principalmente nesse momento pós pandemia. “Ficamos muito tempo acuados e agora voltando a vida normal, é bom voltar a interagir junto com as pessoas”, disse Aparecido.

CONTINENTAL (ATE): Levou toda a sua gama de produtos (bombas de combustíveis, corpo de borboleta e reles), a linha de freios ATE que pertence ao Grupo Continental (cilindros, fluídos) e também equipamento de teste de fluído de freio e bateria. Gerente Comercial da Continental, Ricardo Rampazzo destaca que a importância para a empresa em participar de um evento como esse é conhecer o mecânico, seu cliente final. “Quando uma empresa não
conhece o mecânico, ela não conhece seu produto, não conhece seu mercado”.

CURSO DO MECÂNICO: A plataforma de EAD da Revista O Mecânico levou ao CBM todos os cursos com 50% de desconto para ajudar os profissionais a se manterem atualizados. Coordenador de Atendimento, Daniel Cardoso destacou a importância de estar próximo aos profissionais e poder trocar conhecimento. “Além de divulgarmos o Curso do Mecânico temos a oportunidade de ficarmos mais próximos dos profissionais e trocar conhecimento.
Mesmo no mundo de hoje onde estamos mais conectados, participar de um evento como esse é uma excelente experiência”.

DAYCO: Foi até o Congresso para apresentar sua linha automotiva como correias de sincronismo e de acessórios, tensionadores, rolamentos de apoio, cabos de ignição, entre outros. Gerente de Marketing e Produto da Dayco para a América Latina, Nathalia Amorim prefere toda a interação que um evento presencial pode proporcionar: “A gente entende que o online é algo importante, veio para ficar, mas nada se compara a você poder cumprimentar e abraçar as pessoas”.

DELPHI TECHNOLOGIES: Apresentou seu portfólio com foco em aditivos e a nova linha de suspensão e direção. Gerente de Marketing da Delphi, Camila Rocha ficou extremamente feliz com a volta do formato presencial do Congresso e a oportunidade de reencontrar o mecânico, profissional que é essencial para a empresa: “Para a gente é essencial participar desse evento. Sabemos que quem toma a decisão é o mecânico, então queremos estar perto deles”, disse Camila.

FRAS-LE: Em seu estande foi possível conferir as pastilhas de freio Advanced e cerâmicas. Além disso, apresentou diversas outras aplicações para carros de média e alta gama. Coordenadora de Marketing da Fras-le, Daniela Mitsueda acredita que por conta do mercado de São Paulo ser estratégico para a marca, a presença no Congresso é importantíssima para criar relacionamentos. Ela diz: “O principal objetivo é criar um relacionamento com o mecânico, poder falar dos nossos produtos e diferenciais”.

FREMAX: Apresentou ao público seu disco de freio com uma marcação onde é apontado o momento certo para a troca da peça. Sobre a importância de estar presente no evento, o diretor de Negócios da Fremax, Emerson de Souza, comemorou poder reencontrar os mecânicos, que são seus principais clientes e que recomendam sua marca para o consumidor final. “Para nós poder retomar esses contatos de uma maneira tão grandiosa como está sendo esse evento tem sido muito legal”, disse Emerson.

HENGST: Marcou presença com suas últimas novidades para o mercado, como filtros ecológicos, filtros separadores de combustível, máscaras respiratórias e filtros hidráulicos. A importância para a empresa de estar presente no Congresso é entender a necessidade do mecânico, pois é a partir deles que é gerada a demanda para a empresa. “É gratificante para nós da Hengst estar aqui e ser recepcionado por inúmeras pessoas que participaram do evento”, disse o Supervisor de Assistência Técnica da Hengst, Marcelo Schroeder.

HIPPER FREIOS: Levou ao evento a retifica cruzada Hipper Grinding, que facilita o tempo de pré-assentamento, podendo ser utilizado logo após a instalação. Também mostrou o Nióbio, um elemento químico que resfria os discos de freio para fornecer uma melhor performance. Sobre a importância de participar do evento, o coordenador de Marketing, Jefferson Pereira, diz: “Estar junto dos mecânicos parceiros, levando essa inovação, essa tecnologia, faz toda a diferença para a marca”.

ICONIC (TEXACO): Mostrou sua linha de óleos e fluídos, além de um conteúdo especial apresentado no Congresso. Gestora da marca Texaco, Karina Rodrigues ficou animada com a oportunidade de se conectar com os mecânicos e salientou a importância de encontrar esse público em um evento presencial, oferecendo a oportunidade de conhecerem melhor os produtos da marca. “É um público de extrema importância para a marca e que queremos mais estar perto e se tornar uma marca de referência para os mecânicos”.

IGUAÇU: Quem foi até o estande pôde conferir a família de injetores de combustíveis e diferenciais com carcaça de polímero com fibra de vidro da empresa. Coordenador Técnico da Iguaçu, Igor Barros destacou como o público qualificado do evento foi importante para a empresa. “O evento foi muito bem organizado, uma estrutura bacana e um público diferenciado. Eu acredito que esse público nos auxilia a evoluir, então é importante estar presente aqui”

JUCA BALA RACING: A empresa apresentou no evento dois treinamentos inéditos que foram lançados no 5º Congresso Brasileiro do Mecânico. Proprietário da empresa, Bruno Rodrigo da Costa comemorou a visibilidade que o Congresso leva para a marca. Comemorou também algo curioso, o fato de alguns alunos dos cursos online irem até o estande conhecer toda a equipe da empresa: “Foi muito legal o encontro de vários alunos do online aqui no Congresso. Eles nos conheceram através do Congresso”.

KYB: No estande da KYB, os mecânicos puderam conferir as linhas de amortecedores tradicionais, pressurizados e monotubo da empresa. Coordenador técnico da marca, Alexandre Paris e disse ser importante se conectar com o mecânico em um evento como esse: “O nosso público consumidor é o mecânico, é a pessoa que instala nosso produto e vê o primeiro resultado”

LOJA DO MECÂNICO: Levou ao Congresso um grande balcão de negócios, onde pode atender os mecânicos que queriam comprar os produtos vistos nos estandes das empresas. Além disso, também levaram equipamentos para Alinhamento Automotivo, scanners e uma marca própria de balanceadores de roda e desmontadora de pneus. Representante do setor de vendas e suporte técnico da empresa, Ricardo Cavalcante disse: “Para Loja do Mecânico tem um grande valor (participar do Congresso). Além de ter o contato direto com o cliente, a gente consegue estreitar o relacionamento com o cliente e converter isso em vendas”.

MAHLE: Além do seu stand, a Mahle também teve um lounge no 5º Congresso Brasileiro do Mecânico. Movimentados o dia todo, quem visitou o amplo espaço da marca pôde conferir a tradicional linha de componentes para motores, filtros e também equipamentos para oficinas. Para o gerente de Marketing da Mahle e Metal Leve, Marcelo Morgon, é importante participar de um evento como esse para poder mostrar seus produtos aos consumidores da marca: “Nós estamos em um momento em que o nosso objetivo é mostrar a força e a qualidade de nossos produtos”.

MAKITA: A tradicional empresa participou pela primeira vez do Congresso e mostrou aos mecânicos que visitaram seu estande uma linha de baterias para máquinas pesadas. Rogério Soares, promotor técnico da marca, gostou da experiência de responder as perguntas e tirar as dúvidas dos mecânicos pessoalmente. “É sempre muito bom estar presente nesse tipo de feira para conhecerem um pouco mais de Makita”.

MÁQUINAS RIBEIRO: A empresa Máquinas Ribeiro apresentou uma novidade no Congresso. Seu elevador hidráulico que antes chegava ao Brasil através de importação, mas que agora possui fabricação nacional. Representante do setor de Desenvolvimento da empresa, Ivan Ribeiro destacou a importância do evento para a Máquinas Ribeiro: “A importância do evento para a gente é muito grande. Aqui nós conseguimos divulgar nossa máquina e as pessoas conhecerem um pouco daquilo que fabricamos”.

MECÂNICOPRO: Iniciativa da Revista O Mecânico com o apoio da Bosch, levou ao Congresso uma degustação da plataforma de informações técnicas e também o serviço de atendimento aos mecânicos que a plataforma oferece aos mecânicos. Chefe de Serviços Automotivos da Bosch para a América Latina, Diego Riqueiro Tournier destacou a segmentação do evento ao falar de como é importante participar dele: “o Congresso do Mecânico tem uma
segmentação muito clara, aqui está o nosso público alvo”.

MONROE: Levou ao Congresso seus amortecedores e peças para suspensão. Como novidade, apresentaram um amortecedor eletrônico, inovação recém chegada ao Brasil. Supervisor de Treinamentos da empresa, Juliano Caretta celebrou a volta dos eventos presenciais e a oportunidade de poder ter contato direto com os mecânicos: “Por mais que as novas tecnologias tendem a otimizar nossos relacionamentos, nada melhor do que esse contato presencial com o cliente”.

NAKATA: Quem visitou o estande pode conhecer o mix de conteúdos com o Instagram Feras da Oficina e também os Feras da Venda, além de receberem uma camiseta em homenagem ao relacionamento e à profissão de mecânico. Segundo o analista de Marketing da marca, Pedro Nogueira, o evento é uma oportunidade de estreitar laços. “A Nakata valoriza muito o relacionamento com seus clientes, um evento como esse é a oportunidade de estar mais próximo do decisor da cadeia que é o mecânico”.

NGK: Quem visitou o estande da NGK pode conferir diversos produtos da empresa para solucionar as demandas dos clientes. Segundo o consultor de Assistência Técnica da marca, Hiromori Mori, o portfólio apresentado no Congresso contava com velas de irídio, velas de platina, bobinas e também sensores de oxigênio. Para ele, o evento teve um sentimento especial por proporcionar um reencontro com os mecânicos. “Os clientes estão muito felizes, então pra gente é muito bom estar aqui”.

PUMA BRASIL: Também estreante no CBM, levou até seu estande um catálogo com toda a linha de ferramentas pneumáticas disponibilizadas pela empresa ao mercado. Para o supervisor comercial da Puma Brasil, Marcelo Camargo, o Congresso Brasileiro do Mecânico é uma excelente oportunidade para divulgar seus produtos ao público consumidor da empresa.

RAVEN: Apresentou novidades nas linhas de manômetros e scanners. Integrante da equipe de Suporte Técnico da empresa, Ricardo Augusto achou especial toda a dedicação que a organização do evento teve com a parte de conhecimento. Segundo ele, isso é o que empolga a Raven a participar: “Você sabe que a visita do mecânico tem compromisso com a busca do conhecimento. Isso nos deixa muito empolgados em participar do evento”.

REDE PIT STOP: Mostrou seu portal de vendas que, em 2022, completa um ano de existência. Diretor da Rede Pit Stop, Paulo Fabiano Naves visitou o Congresso e se impressionou com o público presente. Para o executivo, é muito importante a empresa participar do evento para consolidar o relacionamento com os mecânicos. “Nós somos um mercado formado por relacionamento, formado por pessoas, existe uma relação humana estabelecida. Ver essas pessoas falando, interagindo, conversando e fazendo negócios, traz de volta o espírito desse mercado que é o relacionamento”.

RENAULT (MOTRIO): A marca de reposição da Renault mostrou em seu estande seus líquidos de arrefecimento, lubrificantes e outros tipos de produtos químicos que trabalham juntamente com seus parceiros. Gerente de Marketing e Pós-Vendas, Regis Pimenta Rodrigues contou que a empresa vem fazendo um trabalho de aproximação com os mecânicos, aproveitando toda a influência deles para recomendar os produtos para os clientes finais. “O mecânico é um formador de opinião, se ele sabe do nosso potencial, da nossa qualidade de produto que tem a marca Renault por trás garantindo a qualidade dos produtos Motrio, certamente ele vai recomendar nossa marca para os clientes”.

RIOSULENSE (RIO): A empresa RIO, que até pouco tempo atrás era conhecida como Riosulense, levou ao Congresso seu portfólio completo de produtos para as linhas completas para retífica e mecânica. Sobre a participação no Congresso, a gerente Comercial da empresa, Natalia Vasconcelos, afirmou que “é importante estar presente em um evento como esse, porque é uma característica da empresa ter uma proximidade com o seu público e o 5º Congresso Brasileiro do Mecânico é mais um importante canal de comunicação com os mecânicos”.

SAMPEL: Levou soluções voltadas para inspeção e análise de coxins e buchas, mostrando aos mecânicos a importância da manutenção correta no momento do reparo do veículo. Representante da equipe de desenvolvimento de produtos da Sampel, Thiago Kiyoshi disse ser muito importante poder conversar com tantos mecânicos de uma só vez. “Para nós, participar de um evento como esse concentrando tantos mecânicos engajados em buscar conhecimento é muito importante”.

SATA: Tradicional marca de ferramentas, a SATA levou ao seu estande produtos como: jogos de ferramentas, macacos e ferramentas pneumáticas. Coordenador Técnico da marca, Elvis Antônio Dias Francisco salientou a importância de levar até o evento soluções para o dia a dia dos mecânicos. “A SATA traz inovação, o diferencial da ferramenta, buscamos resolver o problema do usuário”.

SCHAEFFLER: Proprietária das marcas de peças LuK, INA e FAG, apresentou no Congresso diversos cursos online e vídeos técnicos que a empresa disponibiliza para auxiliar os mecânicos em suas rotinas diárias nas oficinas. Gerente de Marketing e Comunicação da Schaeffler para a América do Sul e México, Renata Costa Silva gostou de reencontrar os mecânicos no evento e destacou como foi positivo esse reencontro: “Conseguir reencontrar esse público, nosso cliente, é muito positivo”.

SEG AUTOMOTIVE: Como novidade, apresentou o Boost Recuperation Machine (BRW). Gerente de Marketing e Comunicação, Leopoldo Munhoz fala sobre a importância de apresentar seu produto aos mecânicos por ser uma marca jovem, com pouco tempo de mercado. “O público que frequenta esse evento particularmente é quem toma a decisão no final da cadeia. A importância de estar presente aqui é apresentar nossos produtos e tecnologia”.

SKF: Conhecida pela linha de rolamentos, polias e tensionadores, a SKF expôs em seu estande uma linha de kit de corrente que foi lançada em 2021. Perguntando sobre a importância de estar próximo aos mecânicos no Congresso, Yair Zeinberg, gerente de desenvolvimento e negócio disse: “A importância de ficar perto dos mecânicos para nós é um ponto estratégico e essencial em nosso dia a dia”.

STELLANTIS: Grupo que reúne marcas como Fiat, Chrysler, RAM, Peugeot e Citroën, a Stellantis levou ao Congresso sua marca de peças remanufaturadas, a SustainERA. Vice-presidente de Peças de Reposição e Serviço para a América do Sul, Paulo Solti disse ser importantíssimo manter um relacionamento próximo aos mecânicos para poder prestar um bom serviço a eles e como foi importante participar do evento. “As pessoas vêm aqui em busca de relacionamento, conhecimento e acesso às informações que as empresas podem passar para eles. Estar aqui é um prazer”.

SUN: Quem visitou o estande da SUN pode conferir os scanners, maletas e também os carrinhos de ferramenta que a empresa levou ao Congresso. Assistente de Marketing, Felipe Caetano destacou a volta dos eventos presenciais: “Ficamos dois, três anos sem evento nenhum. Voltando aos presenciais, podemos ver a paixão dos mecânicos pelos nossos produtos, isso é muito importante”, disse Felipe.

TAKAO: Apresentou ao público um catálogo com mais de 400 itens lançados no último ano. Também levaram um motor V8 Flat Head que foi construído para tornar possível a visualização do que ocorre dentro dos cilindros. Segundo a Head de Marketing da empresa, Glaucia Gouveia Gomes, é muito importante participar de um evento como esse e ouvir o que os mecânicos têm a dizer. “Esse Congresso é realmente o único evento dedicado ao mecânico, então a importância de estar aqui é imensa por sermos uma marca com o foco muito grande em resolver as dores do mecânico”.

TECFIL: Exibiu sua linha de filtros de óleo, ar, cabine e câmbio automático, além de uma linha de palhetas apresentada pela empresa e que teve uma grande aceitação do consumidor nos últimos meses. Coordenador de Marketing da Tecfil, Rafael Grillo destacou a importância do contato com os mecânicos, pois são eles os responsáveis em indicar seus produtos para o consumidor final. “É super importante para a Tecfil participar do evento porque somos uma empresa que nos importamos em estar em contato direto com o mecânico.

TOTALENERGIES: Apresentou os produtos das marcas Total e Elf, realizando um atendimento especial para os mecânicos que estavam presentes no Congresso. Participante desde a primeira edição do evento, o responsável pela distribuição dos produtos no estado de São Paulo, Denis Morais, disse ser importante estar em contato direto com os mecânicos em um evento presencial. “Estar próximo do nosso cliente, do nosso público, é o mais importante para nós. Estar presente no evento faz total diferença para nós da TotalEnergies”.

VALEO: O estande teve o portfólio de produtos da empresa como embreagens, palhetas e sistemas elétricos. Para o diretor Geral da Valeo Service, Marco de Luca, a razão principal da empresa estar presente no evento é a presença do seu público consumidor, que são os mecânicos. Segundo Marco, que considera o profissional da oficina o principal decisor dentro da cadeia, “o mecânico é o elo entre o consumidor final e o setor, é quem traz a bagagem técnica e o suporte ao consumidor final para a tomada de decisão”.

VALVOLINE: A marca lançou no Congresso seu novo fluido de transmissão, o Maxlife ATF CVT. Gerente de Marketing da Valvoline, Moara Gimenez destaca que o público e a empresa estavam carentes desse contato pessoal para trocarem informações. Para ela, o Congresso é um dos eventos mais importantes do ano. “Para nós é um dos eventos mais importante do ano, é onde nosso público, que são os mecânicos estão mais presentes. Então nos preparamos o ano todo para estar aqui”.

VETOR: Levou ao Congresso sua linha de produtos, com destaque para as lâmpadas Xenon que começaram a integrar o portfólio da empresa há pouco tempo. Para o gerente comercial da empresa, Bruno Augusto Chierici, é muito importante participar do Congresso Brasileiro do Mecânico pela oportunidade de ouvir aquilo que pode melhorar ainda mais os produtos da empresa. “Aqui nós temos o feedback do pessoal para cada vez melhorar nossos produtos”, disse Bruno.

VIBRA ENERGIA (LUBRAX E PODIUM): A empresa antes conhecida por Petrobras Distribuidora levou sua linha completa de lubrificantes automotivos Lubrax, incluindo os recentes lançamentos para as linhas leve, pesada e também duas rodas. Responsável pela área de marketing da Lubrax, Fernanda Ferroni falou sobre a importância do contato direto com os mecânicos. “Hoje nós entendemos que os mecânicos em geral são nossos recomendadores. O consumidor final não conhece muito sobre lubrificantes, então quem acaba recomendando e trazendo a informação correta é o mecânico. Estar perto deles é uma boa forma de reverberar nossa marca”

VONDER: A marca de ferramentas apresentou em seu estande seus últimos lançamentos para o mercado de manutenção automotiva, com destaque para a chave de impacto movida a bateria. Coordenador de Vendas da marca, Rogério Angelim também falou sobre a possibilidade de atingir um público que muitas vezes pode não ter contato com a marca, mas que no Congresso pode conhecer toda a linha apresentada pela empresa. “A importância é demonstrar nossos produtos para um público que às vezes fica dentro da oficina e não têm acesso às nossas novidades”.

ZF: Levou ao CBM um programa de treinamentos gratuitos, chamado “Amigo Bom de Peça”, onde os mecânicos podem assistir os vídeos de cinco a dez minutos e no final recebem um certificado pela participação. Representante da empresa no evento, Ligia de Proença Lara comemorou a volta dos eventos presenciais: “É uma delícia voltar com eventos presenciais como esse, pois eu gosto desse contato frente a frente com as pessoas”.

5º CBM: AUDITÓRIO

Os doze painéis foram moderados pelo editor da Revista O Mecânico, Fernando Lalli, pela jornalista Milene Rios (programa “AutoEsporte” da TV Globo), que também foi âncora do evento, e por dois profissionais da Loja do Mecânico: o gerente de Marketing Rafael Rossato e o coordenador de Assistência Técnica Mateus Collucci.

Como será o futuro do mecânico

COMO SERÁ O FUTURO DO MECÂNICO?

O evento foi aberto às 10h no Auditório com o tema “Como será o futuro do mecânico?”. Engenheiro Mecânico e Reitor do Centro Universitário FEI, Gustavo Donato foi o primeiro a falar, trazendo “provocações”. A primeira provocação é de que entre um Ford T de 1910 e um SUV de 2010, os conceitos de projeto não mudaram, apenas evoluíram em processo produtivo, materiais e reparação. Porém, de 2010 para cá houve quebra de paradigma da mobilidade como um todo, afetando produto, profissional e negócio. “O caminho da eletrificação e hibridização não tem volta. O combustível do futuro é o elétron. A questão é de onde ele vai vir”, declarou Gustavo.

Na segunda “provocação”, Gustavo indicou que o futuro da mobilidade será primeiramente híbrido, depois elétrico, conectado, multimodal, compartilhado (easy service) e então autônomo. Surgirão novos serviços, abrindo espaço para o TI veicular; sistemas ressignificados (outros sistemas de arrefecimento no veículo elétrico, outro sistema de transmissão, outra suspensão); muda o modelo de negócio. “Hoje o carro é um ativo que fica muito tempo parado. Os carros (no futuro) serão mais propriedade de empresas que de pessoas”, declarou.

O reitor alertou que as oficinas precisarão se redefinir e se preparar para conviver com outro tipo de funcionário. “Novas tecnologias abrirão 1,2 vezes mais novos postos de trabalho do que fecharão. A tecnologia não vai tirar o serviço do mecânico. Vai haver reduções de quadros, mas vão surgir muitos outros serviços, mais qualificados”, informou.

Fernando Landulfo, consultor técnico da Revista O Mecânico afirmou que “as mudanças virão, mas não amanhã. Hoje, o motor a combustão interna continua mandando. A eletrificação no Brasil será um problema, já que nem há energia elétrica suficiente para indústrias e residências. Os ‘Guerreiros das Oficinas’ continuarão tendo trabalho, mas precisarão se adaptar. As mudanças não acontecerão de uma hora para outra”.

Diego Riquero Tournier, chefe de Serviços Automotivos na América Latina da Bosch, prosseguiu com o tema. “Não conseguimos frear a tecnologia. Veículo autônomo é disruptivo, muda o conceito de tecnologia. Precisamos mudar nossos hábitos de trabalho”, afirmou, indicando que o espelho para as oficinas deve ser o setor da aviação. “Não há margem de erro. Há procedimentos de trabalho e muita exigência. Não pode ser na base da tentativa e erro”, disse. “Precisam ser desenvolvidos novos conhecimentos e competências profissionais. A cultura de trabalho muda. Se já conhecemos o caminho, não precisamos ficar aterrorizados. Mas também não podemos empurrar com a barriga”, completou Diego.

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CÂMBIO AUTOMÁTICO: TROCA DE ÓLEO E REPARO

No primeiro painel do Auditório A, Fernanda Ribeiro, da Iconic Lubrificantes, falou sobre o aumento da procura por carros com câmbio automático e como isso alavancou a indústria de óleos lubrificantes. “No movimento da indústria automotiva na busca para a redução de CO2, houve uma corrida para a evolução tecnológica dos veículos, o que inclui downsizing, sistema start/stop, motor turbo, injeção direta, motores elétricos e híbridos, e o próprio câmbio automático. Ajudando a indústria automotiva nessa busca por eficiência, os fabricantes de lubrificantes caminham junto”, afirmou Fernanda.

Layla Silva Rosa, especialista de produtos da Valvoline Brasil, veio a seguir afirmando que “para as transmissões sequenciais o mercado procura fluidos de baixíssima viscosidade”. Corroborando o pensamento de Fernanda, Layla afirmou que os fluidos “têm que evoluir para atender às novas tecnologias. A presença da Valvoline é no sentido de acompanhar as necessidades do mercado e trabalhar os fluidos junto às oficinas”.

Leonardo Urdaneta, Engenheiro de Produto da TotalEnergies, destacou a importância do fluido ATF, “que protege do desgaste, limpa, ajuda no arrefecimento e tem que gerar pressão para o funcionamento da embreagem”.

Na sequência, Fernando Romão, mecânico e proprietário da Oficina Veyron, declarou que o crescimento da procura por câmbio automático é uma oportunidade no que se refere à sua lubrificação. “A transmissão automática foi criada para dar conforto ao motorista. Sua manutenção preventiva e corretiva são oportunidades”, afirmou, completando em relação
ao tempo de troca do óleo, dúvida muito comum entre os clientes, que “a orientação é seguir a orientação dos fabricantes da transmissão, já que as montadoras não se entendem sobre o tema”.

veículos elétricos e híbridos_teoria e prática nas oficinas

VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS: TEORIA E PRÁTICA NAS OFICINAS

No primeiro painel realizado no Auditório B, o Instrutor Técnico da Bosch, Leonardo Pereira, descreveu todo o funcionamento do veículo eletrificado utilizando dois exemplos ao vivo: um Toyota Corolla híbrido e um BMW i3, com instrumentação e exibição de parâmetros. O especialista reforçou a importância da segurança no manuseio de um veículo elétrico na oficina. “Eletricidade sempre traz risco, mesmo em casa. Equipamentos para trabalhar no motor do carro elétrico tem que ter resistência à alta tensão (até 1.000 V), luvas, capacete, tapetes, manta para cobrir a bateria, botas isoladas, óculos de proteção Face Shield”, afirmou.

Claudinei Oliveira Dias, especialista de treinamento técnico da Nissan, discursou sobre o funcionamento dos sistemas de eletrificação e os cuidados com segurança que uma oficina deve proporcionar quando do reparo de um veículo elétrico. “A área para o trabalho na bateria deve ser uma tenda ou um local de alvenaria coberta, para não cair sujeira – elementos contaminantes podem conduzir fuga de eletricidade dentro da bateria”, afirmou.

Segundo Claudinei, a Nissan exige formação de “técnico master”, formação específica da Nissan que dura seis semanas. Após seu término, há um curso presencial de 5 dias. Também o técnico tem que ter formação na norma NR10 da ABNT, que foca na segurança em instalações e serviços com eletricidade Flávia Marsengo, responsável pelo
Ecossistema de Mobilidade Elétrica da Stellantis na América do Sul, veio a seguir discursando sobre o modelo de negócios da empresa neste segmento e a meta global de carbono neutro em 2038. “Para 2030 já temos um percentual de 50% de redução de emissões. O elétrico vem para auxiliar nessa estratégia de sustentabilidade ambiental e econômica.
Aqui no Brasil a eletrificação vem acompanhada da hibridização. Temos um aliado muito forte na sustentabilidade que é o etanol, que reduz as emissões dos veículos. Os percentuais são bem altos”, informou. “Precisamos de mão de obra especializada, de adaptação das oficinas, de treinamento, formação e equipamentos de segurança. A segurança está em primeiro lugar em nossa estratégia”.

Finalizando o painel, Henrique Borssate, analista sênior de Assistência Técnica da Stellantis e responsável por Veículos Eletrificados na América do Sul, retoma o assunto segurança, tema fundamental quando se trata de veículos elétricos. “E lembro que desenergização não é desligar o negativo da bateria. É preciso isolar o ambiente, comprovar
de que o veículo está seguro”. Henrique alerta para que as fontes de informação de acesso sejam idôneas e confirma a necessidade de capacitação específica, também citada por Claudinei Dias. “Os profissionais devem estar habilitados na norma NR10 mesmo no sistema de extrabaixa tensão”, finalizou o representante da Nissan.

planejamento estratégico

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA ATUALIZAR SUA OFICINA: EQUIPAMENTOS E INVESTIMENTO

No Auditório C, o gerente de Marketing da Loja do Mecânico, Rafael Rossato afirmou que “planejamento estratégico virou um monstro, porque acham que é coisa de empresa grande. Tem que se ter um ponto de partida, saber de onde está. É como uma viagem, planejar ir do ponto A para o B. Há alguns anos, para comprar um elevador, muitas oficinas
achavam caro. Hoje é difícil entrar em uma oficina que não tenha um. As oficinas devem passar a oferecer novos serviços com investimento”, ensinou.

Para Rossato, ao fazer o planejamento, o dono da oficina deve saber quantos clientes novos o investimento no equipamento vai trazer. Saber no fechamento do final do dia quantas horas de serviço a oficina vendeu. Quando se faz planejamento pode-se ter ganhos – “o elevador sozinho não traz novos clientes, porém melhora a produtividade”.

Jairo Carnelos, proprietário da Retífica Projeto, afirmou que o pequeno investidor, o pequeno empresário no Brasil geralmente não consegue capitalizar e guardar dinheiro. Para mudar a mentalidade de “ter que vender o almoço para comprar a janta”, que é a de vários empreendedores do setor atualmente, Jairo sugere que o primeiro investimento que o gestor de oficina deve fazer é dentro de sua cabeça, para aprender a capitalizar, e na capacitação da equipe. “Se você for o único capacitado em sua oficina, você vai estar sozinho, e sozinho você não vai para lugar nenhum. Tem que ter mais gente com uma carta branca até determinado ponto para resolver os problemas da oficina”, finaliza.

Também participou do painel o chefe de Serviços Automotivos da Bosch para a América Latina, Diego Riquero Tournier.

precificação de serviço

PRECIFICAÇÃO DE SERVIÇO: COMO OBTER LUCRO NA OFICINA?

Laysa Almeida, especialista em Comunicação, Marketing e negócios é sócia-fundadora da oficina MHP Muscle Cars. Segundo a empresária, “a empresa (oficina mecânica) tem que valorizar o seu trabalho; saber porque a oficina perde ou não consegue clientes. Uma das razões pode estar no mau trabalho visual, redes sociais mal trabalhadas, ambiente mal cuidado. Precisa ter posicionamento de marca. Descobrir e informar outros problemas no carro aos clientes”, afirmou. “O gestor tem que estar 24 horas por dia no pátio das oficinas. Tem que pensar como empresa, ter sistema, emitir nota fiscal, tem que mostrar bons serviços. Assim, os clientes vão virar seguidores, que vão virar fãs”, recomenda.

Em seguida, Fernando Landulfo, Consultor Técnico das revistas O Mecânico e CARRO, recomenda aos donos de oficina que “vão atrás de certificados, participem de congressos. O saber não ocupa espaço. O valor agregado é o que te faz cobrar mais, que faz sua hora de trabalho custar mais que a do concorrente”, declarou.

Diego Riquero Tournier, chefe de Serviços Automotivos da Bosch na América Latina, afirmou que “há diferença importante entre valor e preço. Por que os grandes ganham o que ganham? Porque o que eles fazem, poucos fazem. O valor é percebido individualmente”, disse. “Na oficina, vende-se serviço, que é intangível, não fica em estoque. Só se sabe depois que é executado. Quando se tem a percepção do valor, a percepção de preço some. Não se deve cair na paranóia de que a proposta de valor seja para todo mundo. Tem que se definir o que é a sua proposta de valor, que vai se encaixar em um só grupo de clientes”, completou.

Erros de precificação podem ser comprometedores, segundo Amanda Medeiros, consultora financeira especialista em oficinas mecânicas. “Não adianta ter uma oficina lotada se a precificação estiver incorreta. Perde-se competitividade no mercado”, constatou. “Não se deve escrever apenas mão de obra na nota fiscal. Tem que se descrever todo o trabalho executado – o cliente não sabe o tanto de trabalho que deu. Com isso aumenta a percepção de valor”, orienta. “Os gestores precisam aprender a trabalhar por hora. A precificação não pode ser baseada no mercado. Deve incluir despesas variáveis (tudo o que está atrelado à mão de obra) e despesas fixas (contador, aluguel, colaboradores). Feito isso, pode-se falar em lucratividade. Senão, é trabalho demais e nenhum lucro”, finalizou Amanda.

injeção direta

INJEÇÃO DIRETA: CUIDADOS NO DIAGNÓSTICO E MANUTENÇÃO

No Auditório A, o painel teve Renato Munhoz Borbon, Instrutor Técnico da Bosch, que destacou vários pontos importantes sobre o assunto em sua apresentação. Entre eles, os cuidados que se deve ter na hora da medição no módulo de controle da bomba de baixa pressão. “Deve se ter cuidado na hora da medição, não necessariamente na hora da troca. Na hora da medição, ter consciência de que se for encontrada uma pressão, por exemplo, abaixo de 12 V, pode ser um sinal digital, um sinal PWM. Que ele vai ter que medir com um multímetro ou osciloscópio o percentual de ativação, que é o percentual PWM, medir a ativação da frequência da bomba, que também é um sinal PWM (isso em relação ao acionamento da bomba)”.

“A comunicação entre o módulo da injeção, o módulo de controle do motor e o módulo de controle da bomba, também vai ter um outro PWM com uma outra frequência, com outro percentual de ativação, com uma outra largura de pulso. Esses são os cuidados que devem ser tomados na hora da medição para diagnóstico. Se há um sinal sendo gerado tanto na comunicação entre o módulo da bomba e o módulo do motor significa que está acontecendo um mau funcionamento elétrico e isso é proporcional à variação de pressão e vazão. Se não há variação de pressão e vazão e mesmo assim há uma variação do sinal PWM, significa que posso ter um problema hidráulico na bomba. E não um problema elétrico de comando”.

Eduardo Buarque de Alcázar, engenheiro químico na Vibra Energia – antiga Petrobrás Distribuidora –, por sua vez, falou sobre a evolução dos lubrificantes e afirmou que “o aumento das vendas do sistema de injeção direta na câmara de combustão ocorreu pela exigência de um sistema mais eficiente e puxou a evolução dos lubrificantes e combustível. Identificou-se que o cálcio estava relacionado com a pré-ignição. Isso foi trabalhado nos lubrificantes e, em 2020, foi feita a revisão da octanagem da gasolina”, informou.

Ao final, Renato aconselhou: “usem sempre um posto de confiança e sempre abastecer nele, para acompanhar possíveis diferenças no combustível”.

diesel_cuidados no diagnóstico

DIESEL: CUIDADOS NO DIAGNÓSTICO E MANUTENÇÃO DE SISTEMA COMMON RAIL

O segundo painel no auditório B teve Idalécio Campos Vieira Duarte, o Mineirinho, mecânico proprietário da oficina MG Diesel, apresenta problemas que encontra no dia-a-dia de sua oficina na manutenção do sistema. Para os colegas mecânicos que desejam evoluir na profissão, Mineirinho aconselha “se aprofundar no conhecimento, estudar, abrir a cabeça, esquecer o ‘de ouvido’ e o ‘achômetro’. Aprender a usar as ferramentas. “Nunca vi um scanner arrumar um caminhão. Temos que lembrar que hoje não somos mecânicos, somos “mecatrônicos”, tanta é a eletrônica embarcada”, afirmou.

Fernando Landulfo vem a seguir pontuando sobre a importância do diagnóstico mecânico juntamente com o diagnóstico eletrônico. “Porque o sistema common rail também tem elementos mecânicos que influenciam diretamente na pressão do sistema. Não basta apenas ler o que o scanner está dizendo. É preciso conferir com instrumentos mecânicos por exemplo, um manômetro – para se verificar se a leitura do sensor, cujo sinal a unidade de comando recebe e toma decisões com base nela, passa informações verdadeiras”.

Rafael José da Costa Amorim, instrutor de treinamento automotivo na Bosch, também trata da importância do uso do manômetro. “Este equipamento elimina várias possibilidades de problema”, afirmou. Em relação ao filtro de combustível (responsável pelo bom estado das bombas de combustível), faz um alerta: “a manutenção do filtro deve ser feita antes do veículo perder potência (muitas vezes a válvula de pressão está acima do limite). O filtro obstruído dificulta para a bomba puxar o combustível e o diesel pode aquecer em baixa temperatura. Forma uma bolha de ar que prejudica a bomba de combustível. A vida útil do sistema de injeção vai aumentar se for feita a manutenção do filtro no momento certo”, completou o instrutor da Bosch.

marketing da oficina

MARKETING DA OFICINA E ATENDIMENTO AO CLIENTE

No painel do Auditório C, Barbara Brier, consultora criadora do Selo Oficina Amiga da Mulher, afirmou que no início não tinha tempo nem dinheiro para abrir um canal no YouTube, o que sugere aos empresários fazerem com cuidado. “Hoje, um canal do YouTube dá muito dinheiro, mas tem o outro lado. Há empresas contratando influenciadores que sabem
menos do que elas”. Afirmou que as empresas precisam “pensar fora da caixa” e se diz muito satisfeita com seu trabalho. “O meu objetivo é unir o nosso setor com mais diversidade, e assim as empresas vão lucrar mais”, completou Barbara.

Facilitar o acesso do mecânico às redes sociais é a premissa de Rafael Rossato, gerente de marketing da Loja do Mecânico. “O mecânico muitas vezes tem uma boa experiência, mas não sabe como mostrar a consequência de seu trabalho diante do público”, afirmou. “Muitos conhecem as mídias, mas não sabem como fazer. Precisam parar de pensar apenas em apertar parafusos e aumentar sua presença profissional nas mídias digitais – para poder apertar seus parafusos com mais tranquilidade e para mais clientes”, finalizou Rossato.

A experiência de passar de funcionário de concessionária a dono de oficina é contada por Sandro dos Santos, mecânico e proprietário da oficina Doctor American Car. “O que me fez estar aqui é o network. Eu nunca pensei em abrir uma oficina quando saí da concessionária em que trabalhava. Quando abri, a primeira situação enfrentada foi fazer com que o
cliente acredite que a oficina pode satisfazê-lo. Ela deve entregar mais do que o esperado, mais do que o cliente pediu. Quando você faz isso, você se solta. Achava que não sabia fazer negócio, o medo veio, mas superei”, disse Sandro.

arrefecimento_importância em motores modernos

ARREFECIMENTO: IMPORTÂNCIA EM MOTORES MODERNOS

Em sua palestra, Anderson Nojima, responsável pelo desenvolvimento da marca Motrio na Renault do Brasil, desmistificou algumas controvérsias em relação ao aditivo de arrefecimento, como a adição de água de torneira para completar o reservatório e casos de ingestão do produto, e explicou o porquê de existirem tantas cores. “A cor serve para identificar possíveis vazamentos no sistema de arrefecimento. As cores variam de montadora para montadora e servem, no caso da Renault, de associar a cor (amarela) à marca”, pontuou. “Tecnicamente, não há diferença nenhuma entre um aditivo verde, rosa ou amarelo”, completou Anderson.

Técnico na Renault Academy Brasil, revela três ferramentas muito simples que possibilitam ao reparador fazer o diagnóstico na oficina: “Usamos na Renault o refratômetro, que mede a concentração do aditivo, uma bombinha de pressão para testar a tampa e o circuito de arrefecimento e o modo tátil para fazer um pré-diagnóstico. Com estas três ferramentas, fica muito fácil fazer um diagnóstico do arrefecimento”, explicou Ricardo.

Já Fabrício Costa, engenheiro de assistência técnica Mahle, mostra como os sistemas trabalham em conjunto nos motores modernos. “Hoje tudo está conectado. Todos os sistemas periféricos ao motor (sistema de intercooler direto, o sistema de arrefecimento, lubrificação, EGR – sistema de recirculação de gás) trabalham juntos. Hoje conseguimos alocar uma energia que nos motores mais antigos era perdida, graças à evolução dos componentes. Por isso todos estão conectados hoje”, afirmou Fabrício.

Na sequência, Pedro Valencio, técnico de suporte ao cliente Delphi Technologies, informou que 40% dos problemas com motores se referem ao sistema de arrefecimento. “Muitos têm dúvidas quanto ao aditivo, se pode completar com água, o porquê do preço elevado. Bem, um aditivo não pode ser completado com água de torneira porque essa adição forma cloreto de alumínio – a diluição deve ser feita com água sem sais minerais. E não é possível fazer aditivos eficientes baratos. No carro elétrico, que tem muitos sensores, a adição de água de torneira pode causar, inclusive, eletrólise”, informou Pedro.

Igor Barros, Coordenador Técnico da Iguaçu, além de confirmar a importância do sistema de arrefecimento para os veículos, mostra preocupação com os veículos elétricos no país. “No Brasil, o desafio para os carros elétricos é a alta temperatura. O sistema funciona entre 50 e 60°C – em nossas condições os carros elétricos podem superaquecer se não tiverem gerenciamento térmico”, informou. Em relação aos carros em geral, Igor alerta que o uso de aditivo inadequado pode gerar excesso de consumo, e desgaste prematuro do pistão, entre outros problemas.

capacitação e treinamento de profissionais da oficina

CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO DE PROFISSIONAIS DA OFICINA

A democratização da informação é um dos pontos importantes a serem desenvolvidos, segundo Renato Munhoz Borbon, instrutor de Treinamento técnico para América Latina da Bosch. “Temos várias referências em São Paulo, como o SENAI. E como fazer para quem mora fora, como Manaus? Democratizar a informação através de cursos online. Temos que acompanhar, porque tudo hoje evolui de forma muito rápida”, sugere.

Bruno Rodrigo Costa, proprietário Oficina Mecânica Juca Bala Racing, informou que, em sua empresa, “o conhecimento de todos é nivelado desde o início para que a pessoa saia no terceiro dia de curso sentindo-se apta a atender os clientes. Lançamos no Congresso o treinamento para DQ200 e DQ250. Não ficamos só na prática. Esclarecemos dúvidas, temos grupo no Telegram. Nossos alunos estão sempre à frente”, disse.

A dificuldade em conseguir informação é uma preocupação, segundo Mauricio Marcelino Pereira, mecânico proprietário da Auto Mecânica Louricar e Instrutor de Mecânica e Elétrica no SENAI. “Isso não é tarefa fácil para o mecânico, apesar de hoje a internet ajudar bastante. Antes dela eu conseguia informações nas concessionárias, que sempre me atenderam muito bem”, declarou Marcelino, que faz questão de separar capacitação de treinamento. “Não são a mesma coisa. Capacitação é o ensino dado a uma pessoa para que ela desenvolva alguma atividade especializada”, disse. Para Maurício, o administrador da oficina tem que conhecer seus colaboradores para que escolham pessoas comunicativas e formadoras de opinião. É importante fazer reuniões e ouvir as necessidades dos colaboradores da oficina.

aceitar peças de clientes_sim ou não

ACEITAR PEÇAS DE CLIENTES: SIM OU NÃO?

Um tema polêmico no setor é trazido para o Auditório C com o respaldo de uma autoridade jurídica. Alessandra Milano Morais, advogada especializada no assunto, disse que legalmente, a oficina pode aceitar que clientes façam a cotação e comprem a peça. “Pode, mas é preciso saber os riscos. Serviços mais peças, legalmente, não é venda casada” informou.

A advogada continuou, dizendo que “a oficina não deve trabalhar do jeito que o cliente quer; tem que informar claramente que não aceita trabalhar como peças levadas por ele. E tem que fazer o checklist da peça levada para averiguar defeitos (o cliente pode alegar que a peça foi quebrada na oficina). Se informar o cliente, a oficina pode cobrar mais pelo serviço se a peça for levada por ele”, recomenda.

Por sua vez, Diego Riquero Tournier, chefe de serviços automotivos na América Latina da Bosch, afirmou que “não pode colocar em risco a empresa e o veículo. Quem é expert no assunto? É a oficina. Em confrontos judiciais quem é a pessoa idônea? Mas a oficina tem que passar informação para o cliente tomar a decisão”.

Fernando Landulfo, consultor técnico das revistas O Mecânico e CARRO, levanta outra questão: “não há uma regra. O que existe é a informação. É certo que há um esforço quando o cliente leva a peça, e deve ser remunerado. Toda a peça deve ser examinada, do cliente ou da oficina. Pode haver casos de desabastecimento, falta de peças. E se o cliente tem acesso à importação de peças?”, questiona.

a voz do mecânico

A VOZ DO MECÂNICO

A programação técnica passou para seu capítulo final com o debate entre cinco profissionais da mecânica automobilística que também são proprietários de suas próprias oficinas: Aline Alves de Freitas (Auto Mecânica Giro Flex, de Uberlândia/MG); Edson Roberto de Ávila, o Mingau (Mingau Automobilística, Suzano/SP); Fabio Moreira dos Santos (Fábio Automobilística, Araraquara/SP); Luciano Roberto Jaccoud Junior (Oficina AllVento, Curitiba/ PR); e Ludovico Ballesteros Martino, o Pitucha (Pitucha Centro Automotivo, Belo Horizonte/MG).

Na primeira parte, duas questões são levantadas pelo mediador Fernando Lalli, editor da Revista O Mecânico: qual é a principal dor do mecânico na oficina? E como vender qualidade ao cliente?

“É um setor que dá dinheiro, mas falta mão de obra. Falta mudar a mentalidade. Não vamos focar só nos problemas, mas nas soluções, disse Pitucha. Já Mingau opinou: “Ainda bem que temos as dores, senão entraríamos em uma zona de conforto gigantesca. Quantas vezes não reclamamos de nossos clientes? A melhoria é limitada. Muitos se envolvem em justificativas antes de vermos as dores de nossas empresas. Temos que ver como as mudanças podem alavancar nossa vida pessoal e profissional. Assumam suas responsabilidades e parem de transferi-las. Se não virarem a chave, sempre vão estar com dor.”

Fabio Moreira dos Santos enfatizou que o mecânico deve se impor como o especialista na manutenção do veículo. “Cada um no seu lugar. Dono da empresa com a empresa e dono do veículo com o veículo. Qual a dor que quero assumir, da empresa ou do dono do veículo? A minha dor é entregar a solução, que é o reparo do veículo”.

Aline reforçou sublinhando que o mecânico deve se preocupar com a qualidade acima da questão financeira. “Nossa criação é de falar sim para tudo. Não sabemos dizer não. O setor em que as pessoas mais querem ter conhecimento é o financeiro. Nossa profissão exige mais do que vivemos. Para melhorar, temos que considerar a qualidade. Você se preocupa só com a parte financeira ou em entregar qualidade? Temos que entregar qualidade e valores, e não precificação”, comentou, mencionando que o 5º Congresso Brasileiro do Mecânico foi rico em informação técnica. “Está na hora de virarmos a chave. Profissionais trabalham com excelência. Plantem a semente do conhecimento que vocês estão levando para casa”.

Luciano apontou que o setor ainda enfrenta como dificuldade o acesso à informação técnica, mas muitas empresas ainda sofrem com a gestão. “A grande dor é o desafio de ser mecânico quando a maioria das empresas é familiar. Os riscos do negócio são grandes. É um desafio estar no negócio como dono da empresa. Muitas vezes a oficina tem excelentes profissionais e as dificuldades acabam tirando o brilho de nossos olhos. Como vender qualidade? Parar de vender mão de obra e passar a vender transformação, solução. Não somos simples apertadores de parafuso. Se o mercado todo subir de nível, todos passarão a confiar no mecânico”.

A partir daí, abriu-se espaço para as perguntas da plateia, que via de regra giraram em torno de três temas principais: regulamentação da categoria, formação de mão de obra e dificuldade com clientes mal intencionados.

Sobre a regulamentação da categoria, Mingau revelou que esteve envolvido com esse tema anos atrás. “Há movimentação da categoria para a regulamentação, mas por motivos políticos, houve um atraso no processo. Há 180 páginas para a regulamentação, que incluem a categorização das empresas.

A primeira postura que todos devem ter é a ética humana. Se a pessoa for ética, será boa profissional. O projeto é pertinente, mas acredito mais na ética humana”, declarou. “Nós, os profissionais, temos uma força gigantesca. Dependemos só de nós, não de entidades. Valorizamos demais a opinião dos outros. Temos que aprender a olhar dentro de nós. Ética, caráter e dignidade. Não se preocupar com o que os outros pensam”.

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Sobre a formação de mão de obra, Pitucha afirmou que adotou um modelo diferente em sua empresa. “Só pegamos pessoas que nunca viram carro na vida. Investimos na formação e o modelo deu certo”. Já Fábio comentou que boa parte da formação dos profissionais é deturpada por fontes de informação sem credibilidade. “Hoje os profissionais estão se autodestruindo pela incapacidade de buscar informações técnicas de qualidade, preferindo consultar o Instagram ou o YouTube”.

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Luciano, da AllVento, comenta sobre a dificuldade em buscar informação. “Lá fora a montadora é obrigada a fornecer a todos o manual de reparo. Uma concessionária de marca alemã pode atender um carro coreano porque o acesso é livre a esse material. No Brasil, não. A montadora é protegida por lei ao não dar acesso a essas informações. São restrições de propriedade intelectual. Se o brasileiro tivesse as informações liberadas, consertaria até foguete!”

Na lida com o cliente mal intencionado, Aline, da Giroflex, comenta como evitar esse problema. “Primeiro faço algumas perguntas. Analiso a pessoa que está entrando. Se desconfio do cliente, falo que a agenda está cheia, não consigo atender. Nós podemos escolher se atendemos ou não”.

Mingau também falou sobre “demitir clientes”, em um conceito bastante parecido com o de Aline. “Temos que ter responsabilidade com o veículo que admitimos em nossa oficina. Trabalhamos com vidas”, reforçou. Pitucha emendou: “se tenho um problema com um veículo em minha oficina, tenho que analisar como e por que aquele veículo entrou para isso não mais se repetir”. Fábio e Luciano concordaram com os colegas e com a importância de se trabalhar com ética e transparência, educando e selecionando os clientes para não admitir problemas para a oficina que não são seus.

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