Professor de Engenharia Mecânica da FEI traz dicas de manutenção veicular para evitar problemas no inverno
De acordo com o professor Cleber William Gomes, docente do departamento de Engenharia Mecânica da FEI, alguns componentes e peças podem ser prejudicados pelo frio intenso, especialmente, quando falamos em carros com mais de cinco anos de fabricação.
Baixas temperaturas podem contribuir para que os automóveis apresentem problemas de funcionamento e performance dos mais variados, demandando um pouco mais de cuidado e atenção dos mecânicos na orientação para seus clientes durante períodos como o inverno.
“Entre os itens dos veículos que exigem maior cuidado em climas extremos, tanto no frio quanto no calor, estão os fluidos utilizados no resfriamento do motor, nos freios, no ar-condicionado e na lubrificação de sistemas, entre outras funções “, explica o docente.
O líquido de arrefecimento, utilizado para o resfriamento do motor, pode congelar em dias de frio intenso, especialmente em locais onde as temperaturas podem ficar abaixo de zero.
“É importante garantir que a troca do líquido de arrefecimento seja feita regularmente dentro do período estipulado, certificando-se de que o líquido esteja com a quantidade adequada de aditivo, conforme recomendado pela montadora”, alerta o especialista da FEI.
O óleo lubrificante do motor, ajuda na lubrificação reduzindo o desgaste por conta do atrito entre as peças. No frio sua densidade pode ser comprometida, podendo travar o funcionamento dos componentes internos do motor.
O docente ressalta que a troca de óleo, deve ser realizada a cada 5 mil ou 10 mil quilômetros e deve ser acompanhada da substituição do filtro.
O fluido de freio é o líquido hidráulico que funciona como condutor de pressão sobre o pedal, as pastilhas e as sapatas de freio, sendo responsável direto pela segurança do sistema de frenagem e sua lubrificação.
A troca do fluido é realizada a cada 10 mil quilômetros ou por ano, geralmente, explica o professor. E, de acordo com ele, o mecânico deve verificar as suas condições durante as revisões, pois, no decorrer do tempo de uso do carro, ele pode se contaminar absorvendo umidade, um efeito que pode comprometer o desempenho do sistema de freio e ser potencializado pelo frio.
“Também é aconselhável ligar o motor e aguardar em torno de três a cinco minutos para que os fluídos atinjam a consistência ideal, principalmente em veículos que possuem motor com turbocompressor. Desta forma, os riscos de mal funcionamento e danos ao veículo são reduzidos”, finaliza Cleber.
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