sábado, 27 de julho de 2024

Motores 3 cilindros turbo vieram para ficar, mas é preciso atenção com a lubrificação, diz Mobil

Executivos da empresa também falaram sobre a importância dos lubrificantes em diversos tipos de motores, eletrificação e do projeto Super Mecânico

por Felipe Salomão   fotos Mobil

 

O motor três cilindros estreou no DKW Vemaguet nos anos 1950 e se popularizaram por aqui com os modelos Vemag. Passado um longo tempo a onda dos três cilindros voltou apenas nos anos 1990 na Europa em busca de maior eficiência. Já no Brasil esse conjunto motriz se popularizou a partir de 2011, quando o Kia Picanto chegou ao mercado nacional. Logo depois esses propulsores ganharam turbo e chegaram nos Hyundai HB20, Volkswagen Fox Bluemotion, Polo, T-Cross, Nivus e Virtus, Chevrolet Onix e Onix Plus, entre outros.

Com isso, não só os clientes tiveram que se adaptar com a nova engenharia, mas também os mecânicos, que tiveram que trabalhar em uma nova realidade e enfrentar polêmicas sobre os motores três cilindros turboalimentados. Todavia, a indústria enxerga que esses conjuntos vieram para ficar, mesmo sendo carentes de atenção com lubrificação.

“Nós acreditamos que eles vieram para ficar. Porém, temos que ter bastante atenção às recomendações da montadora em relação a qualidade do óleo a ser utilizado, pois este tipo de motor impõe ao lubrificante uma exigência extrema. As elevadas temperaturas e cargas, os requisitos de proteção ao desgaste e resistência à degradação, levaram as montadoras a recomendarem tão somente lubrificantes sintéticos”, disse José Cesario Neto, Coordenador de capacitação e suporte técnico dos lubrificantes Mobil.

A Mobil, além de falar sobre motores três cilindros turbo, lubrificação, eletrificação do mercado brasileiro, também falou sobre o Projeto Super Mecânico. “O Super Mecânico conta com treinamento de lubrificação de motores de veículos leves e treinamento de lubrificação de transmissão automática”, disse Carlos Rodrigues, Analista responsável pela categoria de carros dos lubrificantes Mobil. Veja a entrevista com os dois executivos da Mobil.

O Mecânico: Como funciona o Projeto Super Mecânico?

Carlos Rodrigues: O Projeto Super Mecânico é um projeto que teve início no final da pandemia, com o objetivo de levar capacitação técnica e valorizar os profissionais Mecânicos. O Super Mecânico conta com treinamento de lubrificação de motores de veículos leves e treinamento de lubrificação de transmissão automática. Além dos treinamentos, que contam muito com a participação e interação dos mecânicos convidados, ao final de cada treinamento é oferecido um churrasco de confraternização, para estreitar os laços e comemorar.

O Mecânico: Como o mecânico pode participar do Projeto Super Mecânico?

Carlos Rodrigues: Atualmente, os mecânicos convidados são os mecânicos clientes dos distribuidores dos Lubrificantes Mobil, como estratégia, buscamos convidá-los para poder contribuir com sua valorização, poder ouvi-los e, também, estar mais próximo da categoria que é de extrema importância para a marca.

O Mecânico: Como a Mobil enxerga o crescimento da aplicação dos motores três cilindros turbo e quais tecnologias a marca têm desenvolvido para esses propulsores em lubrificação?

José Cesario Neto: Dentre as estratégias empregadas pela indústria automobilística nas últimas 3 décadas para ofertar veículos mais eficientes, de alta performance, e ao mesmo tempo com baixo consumo de combustível e baixas emissões, a redução nas dimensões dos motores teve forte impacto. Os 3 cilindros turboalimentados comprovam isso.

Nós acreditamos que eles vieram para ficar. Porém, temos que ter bastante atenção às recomendações da montadora em relação a qualidade do óleo a ser utilizado, pois este tipo de motor impõe ao lubrificante uma exigência extrema. As elevadas temperaturas e cargas, os requisitos de proteção ao desgaste e resistência à degradação, levaram as montadoras a recomendarem tão somente lubrificantes sintéticos.

A marca Mobil, responsável por lançar o primeiro óleo sintético para motor há 50 anos, o Mobil 1, investe fortemente em formulações cada vez mais robustas para superar as exigências impostas pelos modernos veículos desenvolvidos pela indústria automotiva. Para estes motores atuais, temos a nossa linha Mobil Super™ sintética e a linha Mobil 1. Produtos que atendem as normas e especificações mais atuais e que foram definidas para proporcionar proteção superior. Proteção ao desgaste promovido pela Pré-ignição a Baixas Velocidades (LSPI – Low Speed Pre Ignition), compatibilidade com a correia mergulhada em óleo, proteção contra o desgaste do turbocompressor, alta resistência a altas temperaturas e a degradação, maior nível de limpeza das peças, bem como, contribuição para economia de combustível e proteção de catalisador e filtro de partículas (DPF ou GPF), são diferenciais das nossas linhas de lubrificantes sintéticos para motor.

O Mecânico: Quais são os aditivos mais utilizados na lubrificação de motores de veículos nos últimos anos?

José Cesario Neto: Os óleos para motor contam com aditivos detergentes, dispersantes, melhoradores do índice de viscosidade, antidesgaste, antioxidante, antiespumantes, anticorrosivos, inibidores de ferrugem, entre outros. Até bem pouco tempo atrás, a alternativa que se tinha para melhorar a performance de um lubrificante, era adicionar uma proporção maior de aditivos ao óleo básico. No entanto, com a evolução dos motores e sistemas de emissões dos gases de escape, as formulações dos óleos também tiveram que evoluir. Para contextualizar, dois dos principais problemas enfrentados pelos fabricantes de veículos foram e são o consumo de combustível e redução no nível de emissões. Com relação às emissões, as montadoras adotaram o emprego de catalisadores e filtros de partículas. Estes componentes foram um marco na indústria e tiveram impacto relevante na formulação dos óleos para motor, restringindo o uso de certos aditivos e suas dosagens. Em razão disso, formulações e especificações foram desenvolvidas para que o consumidor pudesse selecionar o óleo correto. Se, por exemplo, o sistema de escapamento do seu veículo for dotado de filtro de partículas (DPF ou GPF), é necessário utilizar produto que atenda a especificações destinadas a veículos com este tipo de dispositivo.

O Mecânico: Quais são as diferenças dos lubrificantes para veículos híbridos em relação aos carros convencionais?

José Cesario Neto: Os veículos híbridos têm como peculiaridade utilizarem dois motores, um a combustão e outro elétrico, que se alternam de acordo com o momento e necessidade. Este tipo de motorização enseja em um regime de funcionamento do motor a um regime de combustão considerado severo ou anormal, já que em vários momentos ele não atinge a temperatura ideal de operação para que ocorra uma combustão eficiente. Em razão disso, há dois fenômenos importantes que geram contaminação adicional ao óleo, quando comparado com os veículos convencionais. Um deles é a formação de umidade e o outro, formação de ácidos devido à má queima da mistura ar-combustível. Em razão disso, a marca Mobil decidiu por lançar uma linha de óleo para motor com reforço na proteção à ferrugem, corrosão e oxidação, visando garantir maior proteção às peças do motor. Nasceu assim o Mobil Super Hybrid SAE 0W-20 e SAE 5W-30,
API SP/ILSAC GF-6A.

O Mecânico: Como a Mobil enxerga a eletrificação no mercado brasileiro?

José Cesario Neto: O Brasil é um país de extensão territorial imensa. Este é um fator que precisa ser levado em conta, pois ao nos comparar com outros países de menor extensão territorial, como Alemanha, Portugal, Espanha, entre outros, entendemos que a ampliação da frota de veículos 100% elétricos no Brasil tem um grande desafio a ser vencido. Além disso, nós temos o álcool hidratado, que vem da cana e do milho, que é considerado um combustível limpo. Dito isso, nós da marca de lubrificantes Mobil, entendemos que a eletrificação no mercado brasileiro seguirá numa cadência mais lenta do que na Europa e nos Estados Unidos. Acreditamos que a tendência do Brasil é seguir fortemente na motorização híbrida e, a longo prazo, a motorização a hidrogênio. Os 100% elétricos será um nicho de mercado e ficará restrito a cidades com uso urbano.

 

O Mecânico: Como o mecânico pode obter a melhor referência do lubrificante correto do veículo?

Carlos Rodrigues: Além de todo o treinamento Super Mecânico presencial que oferecemos, os mecânicos podem acessar os melhores conteúdos que os Lubrificantes Mobil disponibilizam na plataforma Guia do Óleo.

 

O Mecânico: Além disso, a Mobil oferece alguma solução para o mecânico saber o óleo correto do motor?

Carlos Rodrigues: Sim, os Lubrificantes Mobil por meio da plataforma Guia do Óleo, site que a marca criou para colocar os melhores conteúdos como: Dicas Mobil, Mitos e Verdades, Dicionário de Lubrificação, Tabelas de Lubrificação para download, possui também a ferramenta Encontro o Óleo Ideal em que o profissional mecânico pode realizar a busca pelo óleo ideal, selecionando a marca, modelo do veículo e o ano de fabricação. Mas é sempre importante lembrar que os Lubrificantes Mobil também recomendam sempre a consulta do manual do veículo do proprietário.

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