Meu nome é Murilo Barbosa, sou mecanico industrial a 20 anos.
A minha paixão por mecanica vem desde de molequinho, hoje tenho 43 anos e com muita experiencia dessa área maravilhosa, então decedi fazer algo bem bacana... compartilhar tudo que eu sei com vocês.
A SNR, marca do Grupo NTN, segue ampliando sua atuação no mercado de reposição com novos lançamentos. Agora, a empresa lança um rolamento de roda dianteira para o Renault Kwid a partir de 2022.
Com o código XGB46849T01, o novo rolamento para o Kwid chega ao mercado de reposição com a mesma tecnologia e qualidade dos produtos fornecidos às montadoras, ampliando a cobertura da frota pela SNR.
Aldo Costa passa a fazer parte do Comitê de direção da Renault Geely do Brasil
A Renault anunciou Aldo Costa como novo diretor Comercial no Brasil, responsável por marketing, vendas e pós-vendas. Ele passa a integrar o Comitê de Direção da Renault Geely do Brasil e responderá a Ariel Montenegro, presidente e diretor geral da companhia.
Paranaense de 43 anos, Aldo é formado em Comunicação Social pela Universidade Positivo e tem pós-graduação em Marketing pela PUC-PR. Ingressou na Renault em 2003 como estagiário e construiu carreira na área comercial, atuando em vendas, pós-vendas, planejamento e distribuição.
Entre 2017 e 2019, liderou em Paris o projeto de veículos autônomos do Renault Group, incluindo a implementação de tecnologias ADAS. Em 2019, assumiu o planejamento de vendas e performance da Renault na América Latina e, desde 2023, comandava o Marketing da marca no Brasil, conduzindo o novo posicionamento reforçado pela campanha “Viva a Nova Renault” e pelo lançamento de Kardian, Boreal e Koleos.
Ariel Montenegro afirma que Aldo dará continuidade ao avanço da Renault no país, marcado por novos produtos, tecnologias e design. Já Aldo reforça que o reposicionamento faz parte do plano estratégico International Game Plan 2027 e destaca a relevância do Brasil, segundo maior mercado da marca no mundo.
A nomeação passa a valer em 1º de dezembro de 2025.
Confira o procedimento de substituição dos componentes de ignição no motor EA111 que não traz dificuldades ao mecânico
texto Vitor Lima fotos Diego Cesilio / VW Divulgação
Osistema de ignição de um carro flex é responsável por gerar a centelha elétrica que inflama a mistura ar-combustível dentro da câmara de combustão, permitindo o funcionamento do motor. Em veículos flex, que operam com gasolina, etanol ou qualquer mistura entre ambos, esse sistema precisa se adaptar às diferentes características de queima dos combustíveis, já que o etanol possui maior resistência à detonação, maior calor latente de vaporização e exige ajustes específicos, especialmente em partidas a frio.
Malagrine
O funcionamento começa no módulo de controle eletrônico (ECU), que recebe informações de sensores estratégicos, como o sensor de posição do virabrequim (CKP), sensor de temperatura do motor (ECT), sensor de pressão absoluta do coletor (MAP) e sensor de oxigênio (sonda lambda). Com base nesses sinais, a ECU calcula o momento exato em que cada vela de ignição deve gerar a centelha, ajustando o ponto de ignição conforme a rotação, a carga do motor, a temperatura e o teor de etanol na mistura.
Malagrine
Os principais componentes do sistema incluem a bateria, responsável por fornecer a tensão inicial; as bobinas de ignição, que transformam a baixa tensão de 12 volts em alta tensão que pode variar entre 20.000 e 45.000 volts; as velas de ignição, que recebem essa descarga elétrica e produzem a faísca no interior da câmara de combustão; os cabos de vela (quando presentes), que conduzem a corrente de alta tensão; e os sensores que alimentam a ECU com dados para o controle dinâmico do sistema. Em sistemas modernos, predominam as bobinas individuais (coil-on-plug), que eliminam cabos de vela e melhoram a precisão do disparo.
Durante o funcionamento, a ECU realiza avanços ou atrasos no ponto de ignição para otimizar a combustão, melhorar a eficiência térmica e reduzir emissões. No caso do etanol, especialmente em temperaturas baixas, o sistema pode enriquecer a mistura e antecipar o disparo da centelha para facilitar a partida.
As falhas mais comuns no sistema de ignição de motores flex envolvem desgaste ou incrustação nas velas, que prejudicam a formação da centelha; bobinas defeituosas, que podem gerar centelha fraca ou ausência de ignição em um ou mais cilindros; mau contato ou fuga de corrente nos cabos de vela, quando presentes; falhas em sensores, principalmente o CKP e o MAP, que comprometem o cálculo do ponto de ignição; e acúmulo de resíduos de combustão na câmara, que podem causar pré-ignição ou detonação. Outro problema frequente é a perda de isolamento das bobinas devido ao calor excessivo, comum em veículos que utilizam mais etanol, pois ele tende a gerar maior umidade e pode acelerar a degradação de componentes elétricos.
Linha VW
O motor EA111 esteve presente em diferentes carros da Volkswagen e teve estreia no Polo. Era um motor compacto, de comando no cabeçote e desenho de fluxo cruzado, pensado para ser leve, eficiente e atender aos padrões da época.
No Brasil, essa família de motores se tornou onipresente com Gol, Voyage, Saveiro, Fox e até a Kombi utilizaram versões do EA111. Sua produção nacional se estendeu até 2023, quando saiu de linha por não atender às novas normas de emissões do Proconve.
Como funciona o coraçãoda faísca
No Fox, o sistema de ignição do EA111 é totalmente eletrônico e composto por três elementos-chave: a bobina de ignição com módulo integrado, as velas e a central eletrônica (ECU).
A bobina recebe a tensão da bateria e a transforma em alta voltagem, suficiente para gerar a centelha nas velas. Essas velas, por sua vez, eram responsáveis por iniciar a combustão da mistura ar-combustível no momento exato. Quem determinava esse “momento perfeito” era a ECU Bosch Motronic ME 17.5.24, que calculava o ponto de ignição com base em sensores de rotação, posição do comando e temperatura.
Os desafios do projeto
Embora fosse um motor robusto no conceito, o EA111 ficou marcado por um problema crônico: a queima prematura das bobinas de ignição. Inicialmente, suspeitou-se do superaquecimento no cofre do motor, mas a causa real era mais complexa. Velas com excesso de oxidação geravam sobrecarga no sistema, comprometendo bobinas e, em casos mais graves, até o módulo de injeção.
Especialistas recomendam que a manutenção seja sempre feita em conjunto: substituir velas e bobinas ao mesmo tempo e respeitar rigorosamente as especificações de fábrica, especialmente do óleo e dos componentes elétricos.
Pensando na manutenção do sistema de ignição, a revista O Mecânico convidou André Foratori, mecânico e proprietário da oficina RedCar, localizada na capital de São Paulo, para demonstrar como é realizada a substituição dos componentes de ignição do Volkswagen Fox, que utiliza o motor EA111 1.0.
Retirada dos componentes
1)Para iniciar o procedimento no sistema de ignição e evitar danos a outros componentes, remova a caixa do filtro de ar.
2)Na sequência, desconecte e retire os quatro cabos de velas. “Os carros que não trocam os componentes de ignição por muito tempo, podem gerar problemas no momento de desconectar o cabo de vela da bobina de ignição. Pois, se ela estiver ruim, pode quebrar o conector na bobina, assim, necessitando também a substituição da bobina”, informa André.
3)Para retirar a bobina de ignição, remova os três parafusos de fixação. No caso do veículo analisado, havia apenas um parafuso que sustentava o componente no lugar.
4)Remova as velas de ignição com auxílio de uma chave de vela 16mm. De acordo com Foratori, a substituição das velas a cada 30 mil km previne problemas no veículo, principalmente de consumo de combustível.
Verificação das velas de ignição e instalação
5)No momento de retirada dos novos componentes da embalagem, faça uma verificação no estado das velas. De acordo com André, apesar se serem bem protegidas, dependendo de como foram transportadas, pode ocorrer o amassamento do componente. “Às vezes, durante o transporte dos produtos, algumas embalagens podem cair, isso pode amassar ou até quebrar a vela. Então, antes de realizar a substituição, verifique se não há trincas na vela e se a ponta não está amassada, isso pode causar falhas no veículo”.
6)Instale as novas velas de ignição. Neste momento, apenas encoste o componente, o aperto final será realizado posteriormente com o torquímetro.
7)A bobina de ignição é fixada por três parafusos sextavados, faça o aperto deles.
8)Antes de colocar os cabos de vela, faça o aperto das velas de ignição. Com um torquímeto, aplique o torque de 30 Nm.
9)Conecte os cabos nas velas de ignição. Lembre-se, o cabo de maior comprimento é dedicado a primeira vela de ignição e assim, segue-se a ordem dos cabos.
10)Plugue os cabos de vela na bobina de ignição. O cabo menor, responsável pela quarta vela, ou quarto cilindro, é posicionado no quarto conector da bobina, admitindo a ordem de cima para baixo. A ordem de conexão é 1-2-3-4.
11)Encaixe a caixa do filtro de ar do motor.
12)Verifique com o scanner se, após a instalação, foi apresentado algum DTC. Caso esteja tudo em ordem, conclua o serviço.