quinta-feira, 17 de junho de 2021

Crise dos semicondutores deve ir até o início de 2022

Fábrica GM

Falta de semicondutores já causou a paralisação temporária em várias fábricas no Brasil e situação impacta diretamente no ranking de vendas

 

A indústria automotiva vem sofrendo com a falta de componentes em todo o mundo, principalmente os semicondutores, resultado da pandemia de Covid-19. Muitas fabricantes precisaram interromper a produção, como foi o caso da Chevrolet. E o resultado apareceu logo de cara: o líder até então Onix e o sedã Onix Plus despencaram no ranking de vendas.

Em abril, o Onix fechou o mês na quinta colocação, perdendo a liderança entre os automóveis para o Mobi. Já no mês passado, o primeiro lugar ficou com o Argo enquanto o Onix caiu apenas para a 11ª posição. E tudo isso é fruto da ausência de carros nas concessionárias, abrindo espaço para os clientes migrarem para outros modelos.

De acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a produção de autoveículos em maio foi de 192,8 mil unidades, sendo apenas 1% superior à de abril. Considerando de janeiro a maio, o nível de produção fica entre 190 mil e 200 mil, resultado provocado não pela falta de demanda, segundo a entidade, mas pela crise global de fornecimento de semicondutores.

“Esse problema, que deve se alongar até os primeiros meses de 2022, é o responsável pelas paralisações temporárias de parte de nossas fábricas, algumas por períodos curtos, outras mais longos”, afirma o Presidente da Anfavea Luiz Carlos Moraes.

O impacto desse componente – que possui produção quase toda concentrada na Ásia – é muito grande, visto que um único veículo pode ter até 600 semicondutores em seus sistemas eletrônicos de motorização, câmbio, segurança, conforto, entretenimento etc.

Para o executivo, essa crise dos semicondutores, deve ser encarado como um desafio para o Brasil. “Estados Unidos e países da Europa captaram o sinal de alerta e já estão desenvolvendo políticas industriais no sentido de produzir localmente esses componentes eletrônicos, que são a base de toda a
revolução tecnológica do 5G, internet das coisas, automação e outras já em curso”, completa.

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