Anfavea revê projeções para 2021

Com a falta de semicondutores impactando diretamente a produção de veículos, a Anfavea revisou suas projeções para o fechamento do ano

 

Com muitas fábricas sofrendo ainda o impacto da crise dos semicondutores, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) anunciou que precisou rever suas projeções para o fechamento do ano, incluindo licenciamento, produção e exportação de novos veículos.

Segundo a entidade, a crise no fornecimento dos semicondutores deve levar a indústria automotiva global a uma perda de 7 a 9 milhões de veículos produzidos em 2021, retornando assim aos níveis de 2020. Com as incertezas que ainda são presentes, especialmente no Brasil, a Anfavea trabalha agora com um intervalo de possibilidades para o ano, dependendo do abastecimento de insumos para a produção nas fábricas.

No que se refere às vendas de veículos novos, a projeção é de 2,038 milhões a 2,118 milhões, ou seja, isso representa uma queda de 1% ou um crescimento de 3% na comparação com 2020. Já quanto à produção, a estimativa atual para o fechamento de 2021 deverá variar entre 2,129 milhões e 2,219 milhões, ou seja, aumento de 6% a 10% em relação ao ano anterior. Por fim, as exportações devem ficar entre 357 mil e 377 mil unidades, representando alta de 10% a 16%.

“Nunca havíamos tido tanta dificuldade em enxergar o cenário em curto prazo na indústria automotiva. As incertezas para garantir a produção de veículos é grande com a crise de fornecimento global. Estamos presenciando uma procura por parte dos consumidores para compra de novos produtos, mas não temos unidades para atender à demanda”, afirma Luiz Carlos Moraes, Presidente da Anfavea.

De janeiro a setembro, as vendas tiveram alta de 14,8% na comparação com o mesmo período de 2020. Segundo a Anfavea, isso é reflexo do segmento dos comerciais leves, que envolve picapes, furgões e vans. Já no fechamento de setembro, com 155,1 mil veículos licenciados, houve queda de 10,2% em relação a agosto, sendo o pior resultado do setor desde junho de 2020.

A produção em setembro registrou redução de 21,3% sobre o mesmo mês do ano passado, porém, no acumulado do ano há um crescimento de 24% em relação a 2020. Nas exportações, foi registrado um volume de 277 mil unidades de janeiro a setembro de 2021, um aumento de 33,8% frente às 207 mil do ano passado. Na comparação com agosto, contudo, há um queda de 19,7%.

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