sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Descubra como será o Enem digital e quem poderá fazer

Saiba agora como é o Enem digital e quem pode participar desse modelo do exame!

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é aplicado há mais de uma década no país e se tornou a principal porta de entrada dos estudantes brasileiros ao ensino superior.

Isso porque, além de avaliar o desempenho dos estudantes do ensino médio, o exame é utilizado como principal critério de seleção para ingressar em uma universidade pública pelo Sisu, conseguir uma bolsa de estudo por meio do ProUni ou financiar o curso pelo FIES.

como é o enem digital

Além disso, diversas instituições privadas de ensino superior aceitam a nota do exame como modo de ingresso. Tradicionalmente aplicado de forma presencial, a partir de 2020 o Enem resolveu inovar no modelo de aplicação: agora alguns alunos poderão realizar a prova no formato digital.

Veja é o Enem digital e descubra se você poderá participar!

+ Qual é a diferença entre o Enem regular e o Enem Digital?

Como é o Enem Digital? 

O Enem digital é um novo modelo de aplicação de prova, considerado mais barato e seguro, segundo o Inep, órgão organizador do exame. No Enem digital, o aluno pode realizar o exame de forma on-line, diretamente pelo computador.

No entanto, o acesso à prova não é feito da casa do candidato: assim como o modelo tradicional, o candidato realiza a prova digital nas instituições selecionadas pelo Inep.

Atualmente, ainda há limitação no número de vagas ofertadas. Na edição do Enem 2021 foram disponibilizadas 101 mil vagas, apenas 1 mil a mais do que no Enem 2020. Ainda assim, segundo o MEC, há uma estimativa de que todos os candidatos passem a realizar a prova nessa modalidade a partir de 2026.

Em relação à prova, a estrutura do exame digital é a mesma que do exame impresso. Confira:

  • Realização em 2 domingos.
  • 4 provas objetivas, com 45 questões cada uma.
  • 1 prova de redação, que deverá ser digitada em computador.

Nesses primeiros anos de aplicação, o valor cobrado da taxa de inscrição permaneceu o mesmo. No entanto, espera-se que esse custo venha a diminuir no Enem Digital nos próximos anos.

📚 Você vai prestar o Enem? Estude de graça com o Plano de Estudo Enem De Boa 📚

Como fazer o Enem Digital? 

como é o enem digitalO período de inscrição para o Enem Digital é o mesmo que para o Enem Impresso. A diferença é que a primeira versão possuiu, nos últimos anos, um limite de vagas, que foram preenchidas por ordem de inscrição, enquanto na versão impressa não há limite de vagas disponíveis.

No Enem 2021, foram disponibilizadas 101 mil vagas para a versão digital do exame. Para se inscrever no Enem digital, basta acessar o site oficial do exame na data indicada e preencher todas as informações solicitadas, optando pela versão informatizada da prova.

+ Enem Digital: tudo o que você precisa saber sobre essa modalidade da prova

Quem pode participar do Enem Digital?

Como vimos, 101 mil candidatos puderam realizar o Enem Digital 2021. Essa opção ficou disponível para participantes das seguintes capitais:

  • AC – Rio Branco – 1.200
  • AL – Arapiraca – 500
  • AL- Maceió – 1.500
  • AM – Manaus – 3.000
  • AP – Macapá – 800
  • BA – Feira de Santana 500
  • BA – Salvador -2.500
  • CE – Fortaleza – 3.100
  • CE – Quixadá – 100
  • CE – Sobral – 100
  • DF – Brasília – 4.000
  • ES – Cachoeiro de Itapemirim – 200
  • ES – Cariacica – 100
  • ES – Vila Velha – 300
  • ES – Vitória – 750
  • GO – Anápolis – 300
  • GO – Goiânia – 1.500
  • MA – Imperatriz – 300
  • MA – São Luís – 1.200
  • MG – Belo Horizonte – 5.000
  • MG – Betim – 400
  • MG – Contagem – 400
  • MG – Governador Valadares – 200
  • MG – Ipatinga – 150
  • MG – Juiz de Fora – 800
  • MG – Montes Claros – 500
  • MG – Passos – 150
  • MG – Patos de Minas – 200
  • MG – Poços de Caldas -150
  • MG – Sete Lagoas – 300
  • MG – Uberlândia – 800
  • MS – Campo Grande – 1.800
  • MS – Dourados – 200
  • MT – Cuiabá – 1.700
  • MT – Rondonópolis – 500
  • MT – Várzea Grande – 800
  • PA – Belém – 500
  • PA – Santarém – 100
  • PB – Campina Grande – 1.400
  • PB – João Pessoa – 2.300
  • PE – Caruaru – 500
  • PE – Petrolina – 500
  • PE – Recife – 2.000
  • PI – Parnaíba – 100
  • PI – Teresina – 1.400
  • PR – Apucarana – 100
  • PR – Cascavel – 500
  • PR – Curitiba – 4.250
  • PR – Francisco Beltrão – 100
  • PR – Londrina – 1.300
  • PR – Maringá – 500
  • RJ – Duque de Caxias – 300
  • RJ – Niterói – 1.500
  • RJ – Nova Iguaçu – 600
  • RJ – Petrópolis – 300
  • RJ – Rio de Janeiro – 4.000
  • RJ – São Gonçalo – 300
  • RJ – Volta Redonda – 400
  • RN – Natal – 2.300
  • RO – Porto Velho – 1.000
  • RR – Boa Vista – 50
  • RS – Bento Gonçalves – 250
  • RS – Caxias do Sul – 400
  • RS – Pelotas – 700
  • RS – Porto Alegre – 1.700
  • RS – Santa Cruz do Sul – 100
  • RS – Santa Maria – 300
  • SC – Blumenau – 400
  • SC – Brusque – 300
  • SC – Chapecó – 300
  • SC – Criciúma – 150
  • SC – Florianópolis – 800
  • SC – Joinville – 800
  • SC – São José – 400
  • SE – Aracaju – 1.400
  • SP – Americana – 400
  • SP – Barueri – 300
  • SP – Bauru – 400
  • SP – Bebedouro – 100
  • SP – Campinas – 1.500
  • SP – Franca – 800
  • SP – Guarulhos – 1.800
  • SP – Indaiatuba – 350
  • SP – Jaguariúna – 350
  • SP – Jundiaí – 450
  • SP – Limeira – 600
  • SP- Osasco – 700
  • SP – Piracicaba – 300
  • SP – Ribeirão Preto – 700
  • SP – Rio Claro – 300
  • SP – Santo André – 1.000
  • SP – Santos –  400
  • SP – São Bernardo do Campo – 2.000
  • SP – São Caetano do Sul – 350
  • SP – São José do Rio Preto – 500
  • SP – São José dos Campos – 1.000
  • SP – São Paulo – 15.000
  • SP – Sorocaba – 500
  • TO – Palmas – 1.000

Novas cidades receberão o Enem Digital gradualmente, segundo o Inep.

+ 9 coisas que você precisa saber sobre o Enem Digital

Diferença entre o Enem digital e o tradicional

Assim como a estrutura das provas é mesma, a data de aplicação também. Mas isso foi na edição do Enem 2021, porque na edição de 2020 o Enem Digital foi aplicado em outubro, antes do Enem tradicional, que foi aplicado em novembro.

como é o enem digitalNa versão digital, as questões são on-line, nos laboratórios de informática das instituições participantes. Até o momento, as provas digitais foram uma reprodução da prova impressa. Porém, segundo o Inep, existe o planejamento para que elas sejam mais interativas,  com apoio de infográficos e vídeos. O tempo de prova também permanece o mesmo: no primeiro domingo, o candidato terá cinco horas e trinta minutos para a realização do exame. Já no segundo domingo serão cinco horas de prova.

Onde estudar com a nota do Enem digital?

Assim como o Enem tradicional, a nota do Enem Digital poderá ser utilizada para ingresso em curso superior, através de programas governamentais como o Sisu, ProUni e FIES.

A pontuação também será aceita por faculdades particulares que trabalham com o sistema de ingresso direto, em que o aluno pode se matricular em uma graduação sem precisar prestar um novo vestibular.

Para se inscrever nos programas governamentais, é necessário aguardar o período de inscrições de cada um e conferir se sua nota é suficiente para ingressar no curso escolhido. Como a concorrência é grande, as notas de corte costumam ser bem altas.

Já se você deseja começar uma faculdade imediatamente, de forma prática e sem burocracia, pode utilizar a sua nota do Enem e se inscrever em curso superior presencial ou a distância por meio do ingresso direto. 

Selecionamos algumas boas faculdades, reconhecidas e bem avaliadas pelo MEC, que participam de programas como o ProUni e ainda trabalham com o ingresso direto. Conheça:

As instituições listadas acima ainda oferecem diversos benefícios financeiros como descontos, bolsas de estudos e financiamentos próprios sem burocracia.

Veja também:

Descubra o que você pode fazer com a nota do Enem

Descubra como funciona a isenção da taxa do Enem

Pretende participar do Enem digital? Conta para a gente nos comentários qual curso você gostaria de fazer!

Compartilhar

Descubra como será o Enem digital e quem poderá fazer Publicado primeiro em https://www.guiadacarreira.com.br/

Exemplos de redações nota 1000 do ENEM para você se inspirar

Das cinco provas do Enem, a redação é a que causa maior rebuliço. O tema só é revelado no dia e os candidatos têm cerca de uma hora para ler o enunciado, entender o assunto corretamente, desenvolver o texto no modelo dissertativo-argumentativo e passar a limpo para a folha final.

Quem consegue cumprir a missão com sucesso, no entanto, ganha uma bela vantagem. A redação do Enem vale de 0 a 1.000, pontuação que faz a maior diferença nos concorridos processos seletivos que usam a nota do Exame.

enem redação nota 1000

Ao contrário do que muita gente pensa, tirar nota máxima na redação do Enem não é impossível. Com atenção, estudo e treino dá para chegar lá. E para provar isso, trouxemos exemplos que receberam nota 1.000 dos avaliadores do Enem. Vamos contar o que elas têm em comum, o que é preciso fazer para chegar lá e por que é tão importante se dar bem nessa prova. Confira!

➡ Está se preparando para o Enem? Baixe o Guia de Redação gratuito e arrase na prova!

O que é preciso fazer para tirar nota 1.000 na redação do Enem?

A redação do Enem é corrigida de acordo com cinco critérios, cada um valendo de 0 a 200 pontos. Para obter nota máxima, você precisa:

  • Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa
  • Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa
  • Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
  • Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
  • Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos

+ 3 técnicas para garantir uma redação nota mil no Enem

Como fazer para tirar nota 1.000 na redação do Enem?

É claro que ninguém aprende essas habilidades de uma hora para a outra, mas dá para melhorar, e muito, o seu desempenho seguindo algumas dicas:

1. Redações nota 1.000 em outras edições do Enem

Analise atentamente as redações que tiraram nota 1.000 nas últimas edições do Enem (apresentamos alguns exemplos a seguir).

2. Treine com os temas dos anos anteriores

Pegue as provas anteriores do Enem e pratique a redação no modelo dissertativo-argumentativo. Resumidamente, ele tem uma introdução com seu ponto de vista ou tese sobre o problema, um desenvolvimento com argumentos que embasam essa tese (fatos, dados históricos, estatísticas, etc.) e uma conclusão com proposta de intervenção social para o problema, respeitando os direitos humanos.

3. Baixe guias de redação para estudar

Baixe o Guia de Redação elaborado pelo MEC. Em toda edição do Enem eles divulgam um manual. Ali também costumam apresentar exemplos de redação nota 1.000, com os comentários dos avaliadores.

4. Leia o edital do Enem

Consulte o edital do Enem para entender os motivos que resultam em zero na redação. Zerar nessa prova significa ficar de fora dos principais processos seletivos que usam a nota do Exame.

5. Pratique a leitura e esteja por dentro dos assuntos atuais

Leia muito, principalmente sobre assuntos que impactam a sociedade brasileira. Para você ter uma ideia, nos últimos anos os temas de redação foram Lei Seca, publicidade infantil, violência contra a mulher e intolerância religiosa. Pegou o espírito da coisa?

+ Enem: como fazer uma redação nota 1.000, segundo os experts no assunto

6. Treine, treine e treine!

Pratique a redação. Primeiro, concentre-se em desenvolver o modelo pedido no Enem. Depois, quando já tiver mais segurança, procure fazer a redação e passá-la a limpo com o cronômetro ligado. A meta é fazer tudo dentro do prazo de uma hora (o mesmo tempo que você terá no dia do Enem).

Exemplos de redação nota 1.000 do Enem

Selecionamos cinco textos que receberam nota máxima no Enem. Em comum, eles cumprem com louvor as ci

O que é preciso fazer para tirar nota 1.000 na redação do Enem?

A redação precisa tirar a nota máxima em todos os critérios de avaliação para obter mil como nota final

Como fazer para tirar nota 1.000 na redação do Enem?

Confira dicas e um passo a passo para tirar mil na redação

Exemplos de redação nota 1.000 do Enem

Confira exemplos de redação nota mil no exame nacional do ensino médio para se inspirar na hora de escrever

nco competências avaliadas.

Você vai perceber um ou outro errinho. Isso prova que, mais do que uma ortografia perfeita e as vírgulas colocadas no lugar certo, o que o Enem quer avaliar é a sua capacidade de se expressar, usar seu repertório, concatenar ideias e propor soluções para problemas complexos respeitando os direitos humanos. Claro que é importante buscar escrever um português perfeito. Porém, não é uma escorregadinha aqui ou ali que vai diminuir a sua nota.

As redações a seguir foram retiradas do Guia do Participante – Cartilha de Redação do Enem, que tem comentários sobre o desempenho de vários textos nota 1.000.

Em comum, eles apresentam algumas características. Veja se você consegue identificá-las:

  • Excelente domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa
  • Estruturação em parágrafos organizados e bem articulados entre si
  • Argumentação consistente e fundamentada
  • Domínio do texto dissertativo-argumentativo
  • Competência em selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos e argumentos em defesa de um ponto de vista
  • Repertório diversificado de recursos coesivos, que concatenam as informações apresentadas
  • O tema é desenvolvido de forma coerente, os argumentos selecionados são consistentes e a conclusão é relacionada ao ponto de vista adotado
  • A proposta de intervenção social respeita os direitos humanos

Conheça agora cinco exemplos de redação nota 1.000 do Enem, organizadas por ano/tema.

enem redação nota 1000

Enem 2017: Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil

No Brasil, o início do processo de educação de surdos remonta ao Segundo Reinado. No entanto, esse ato não se configurou como inclusivo, já que se caracterizou pelo estabelecimento de um “apartheid” educacional, ou seja, uma escola exclusiva para tal público, segregando-o dos que seriam considerados “normais” pela população. Assim, notam-se desafios ligados à formação educacional das pessoas com dificuldade auditiva, seja por estereotipação da sociedade civil, seja por passividade governamental. Portanto, haja vista que a educação é fundamental para o desenvolvimento socioeconômico do referido público e, logo, da nação, ela deve ser efetivada aos surdos pelos agentes adequados, a partir da resolução dos entraves vinculados a ela.

Sob esse viés, pode-se apontar como um empecilho à implementação desse direito, reconhecido por mecanismos legais, a discriminação enraizada em parte da sociedade, inclusive dos próprios responsáveis por essas pessoas com limitação. Isso pode ser explicado segundo o sociólogo Talcott Parsons, o qual diz que a família é uma máquina que produz personalidades humanas, o que legitima a ideia de que o preconceito por parte de muitos pais dificulta o acesso à educação pelos surdos. Tal estereótipo está associado a uma possível invalidez da pessoa com deficiência e é procrastinado, infelizmente, desde o Período Clássico grego, em que deficientes eram deixados para morrer por serem tratados como insignificantes, o que dificulta, ainda hoje, seu pleno desenvolvimento e sua autonomia.

Além do mais, ressalte-se que o Poder Público incrementou o acesso do público abordado ao sistema educacional brasileiro ao tornar a Libras uma língua secundária oficial e ao incluí-la, no mínimo, à grade curricular pública. Contudo, devido à falta de fiscalização e de políticas públicas ostensivas por parte de algumas gestões, isso não é bem efetivado. Afinal, dados estatísticos mostram que o número de brasileiros com deficiência auditiva vem diminuindo tanto em escolas inclusivas – ou bilíngues –, como em exclusivas, a exemplo daquela criada no Segundo Reinado. Essa situação abjeta está relacionada à inexistência ou à incipiência de professores que dominem a Libras e à carência de aulas proficientes, inclusivas e proativas, o que deveria ser atenuado por meio de uma maior gerência do Estado nesse âmbito escolar.

Diante do exposto, cabe às instituições de ensino com proatividade o papel de deliberar acerca dessa limitação em palestras elucidativas por meio de exemplos em obras literárias, dados estatísticos e depoimentos de pessoas envolvidas com o tema, para que a sociedade civil, em especial os pais de surdos, não seja complacente com a cultura de estereótipos e preconceitos difundida socialmente. Outrossim, o próprio público deficiente deve alertar a outra parte da população sobre seus direitos e suas possibilidades no Estado civil a partir da realização de dias de conscientização na urbe e da divulgação de textos proativos em páginas virtuais, como “Quebrando o Tabu”. Por fim, ativistas políticos devem realizar mutirões no Ministério ou na Secretaria de Educação, pressionando os demiurgos indiferentes a problemática abordada, com o fito de incentivá-los a profissionalizarem adequadamente os professores – para que todos saibam, no mínimo, o básico de Libras – e a efetivarem o estudo da Língua Brasileira de Sinais, por meio da disponibilização de verbas e da criação de políticas públicas convenientes, contrariando a teórica inclusão da primeira escola de surdos brasileira. 

Enem 2016: Publicidade infantil em questão no Brasil

O camuflado regresso ao colonialismo

Historicamente, a partir do século XVI, houve um choque civilizatório no Brasil colonial, destacado pela imposição jesuítica, em contraste com a diversidade de crenças dos indígenas nativos e dos africanos que foram inseridos no país. Nesse parâmetro, na contemporaneidade, é possível observar que, apesar da laicidade, ainda são visíveis diversas manifestações de intolerância religiosa. Nesse sentido, tanto a inoperância governamental quanto a apatia dos próprios indivíduos contribuem para a persistência da problemática.

É necessário pontuar, de início, o rompimento do contrato social proposto pelo filósofo Jean-Jacques Rousseau, no qual é responsabilidade do Estado a garantia da harmonia social. De maneira análoga, isso pode ser comprovado pela ineficiência da Esfera Pública na punição de diversos crimes, como a invasão de uma cerimônia religiosa do Candomblé, no Rio de Janeiro, em 2010. Dessa maneira, a Constituição é desrespeitada e, apesar da laicidade ser formalmente característica do país, a discriminação é veemente e o sincretismo entre as crenças é dificultado.

+ Quem é o estudante redação nota mil?

Outrossim, não menos importante, ressalta-se a elevada interferência da própria população nesse contexto. Segundo o jornalista Gilberto Dimenstein, em sua obra “O Cidadão de Papel”, o comportamento manifestado por uma sociedade é consequência das trajetórias socioeducacionais durante a infância dos indivíduos. Nessa perspectiva, muitos jovens seguem o exemplo de práticas discriminatórias dos próprios pais, tornando o problema mais complexo quando não é trabalhado nas escolas a integração entre conteúdo da diversidade de culturas e a importância da ética para a busca do sincretismo religioso.

Diante desse cenário, o combate à intolerância religiosa no Brasil inicia-se pela segurança na aplicabilidade de punições para o desrespeito às cerimônias, por intermédio do Poder Público, de forma que haja novos centros de denúncias municipais, em prol da prevenção do problema e da busca pela real laicidade no país. Concomitantemente, a médio e a longo prazo, as famílias e as escolas destacam-se na orientação educacional dos jovens, por meio de demonstrações contínuas de ética nas residências e nas salas de aula, expondo para os alunos as diferentes religiões, bem como suas origens, em paralelo às discussões sobre a importância desses princípios para a identidade cultural, com o objetivo de consolidar essa nova percepção para as gerações futuras.

Enem 2019: A Democratização do acesso ao cinema no Brasil

O longa-metragem nacional “Na Quebrada” revela histórias reais de jovens da periferia de São Paulo, os quais, inseridos em um cenário de violência e pobreza, encontram no cinema uma nova perspectiva de vida. Na narrativa, evidencia-se o papel transformador da cultura por intermédio do Instituto Criar, que promove o desenvolvimento pessoal, social e profissional dos alunos por meio da sétima arte. Apresentando-se como um retrato social, tal obra, contudo, ainda representa a história de parte minoritária da população, haja vista o deficitário e excludente acesso ao cinema no Brasil, sobretudo às classes menos favorecidas. Todavia, para que haja uma reversão do quadro, faz-se necessário analisar as causas corporativas e educacionais que contribuem para a continuidade da problemática em território nacional.                                                                                                    
Deve-se destacar, primeiramente, o distanciamento entre as periferias e as áreas de consumo de arte. Acerca disso, os filósofos Adorno e Horkheimer, em seus estudos sobre a “Indústria Cultural”, afirmaram que a arte, na era moderna, tornou-se objeto industrial feito para ser comercializado, tendo finalidades prioritariamente lucrativas. Sob esse prisma, empresas fornecedoras de filmes concentram sua atuação nas grandes metrópoles urbanas, regiões onde prevalece a população de maior poder aquisitivo, que se mostra mais disposta a pagar um maior valor pelas exibições. Essa prática, no entanto, fomenta uma tendência segregatória que afasta o cinema das camadas menos abastadas, contribuindo para a dificuldade na democratização do acesso a essa forma de expressão e de identidade cultural no Brasil.                                                                                                     
Ademais, uma análise dos métodos da educação nacional é necessária. Nesse sentido, observa-se uma insuficiência de conteúdos relativos à aproximação do indivíduo com a cultura desde os primeiros anos escolares, fruto de uma educação tecnicista e pouco voltada para a formação cidadã do aluno. Dessa forma, com aulas voltadas para memorização teórica, o sistema educacional vigente pouco estimula o contato do estudante com as diversas formas de expressão cultural e artística, como o cinema, negligenciando, também, o seu potencial didático, notável pela sua inerente natureza estimulante. Tal cenário reforça a ideia da teórica Vera Maria Candau, que afirma que o sistema educacional atual está preso nos moldes do século XIX e não oferece propostas significativas para as inquietudes hodiernas. Assim, com a carência de um ensino que desperte o interesse dos alunos pelo cinema, a escola contribui para um afastamento desses indivíduos em relação ao cinema, o que constitui um entrave para que eles, durante a vida, tornem-se espectadores ativos das produções cinematográficas brasileiras e internacionais.

É evidente, portanto, que a dificuldade na democratização do acesso ao cinema no Brasil é agravada por causas corporativas e educacionais. Logo, é necessário que a Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cidadania torne tais obras mais alcançáveis ao corpo social. Para isso, ela deve estabelecer parcerias público-privadas com empresas exibidoras de filmes, beneficiando com isenções fiscais aquelas que provarem, por meio de relatórios semestrais, a expansão de seus serviços a preços populares para regiões fora dos centros urbanos, de forma que, com maior oferta a um maior número de pessoas, os indivíduos possam efetivar o seu uso para o lazer e para o seu engrandecimento cultural.
Paralelamente, o Ministério da Educação deve levar o tema às escolas públicas e privadas. Isso deve ocorrer por meio da substituição de parte da carga teórica da Base Nacional Comum Curricular por projetos interdisciplinares que envolvam exibição de filmes condizentes com a prática pedagógica e visitas aos cinemas da região da escola, para que se desperte o interesse do aluno pelo tema ao mesmo tempo em que se desenvolve sua consciência cultural e cidadã. Nesse contexto, poder-se-á expandir a ação transformadora da sétima arte retratada em “Na Quebrada”, criando um legado duradouro de acesso à cultura e de desenvolvimento social em território nacional. 

Enem 2019: Democratização do acesso ao cinema no Brasil

Embora a Constituição Federal de 1988 assegure o acesso à cultura como direito de todos os cidadãos, percebe-se que, na atual realidade brasileira, não há o cumprimento dessa garantia, principalmente no que diz respeito ao cinema. Isso acontece devido à concentração de salas de cinema nos grandes centros urbanos e à concepção cultural de que a arte direcionada aos mais favorecidos economicamente. 

É relevante abordar, primeiramente, que as cidades brasileiras foram construídas sobre um viés elitista e segregacionista, de modo que os centros culturais estão, em sua maioria, restritos ao espaço ocupado pelos detentores do poder econômico. Essa dinâmica não foi diferente com a chegada do cinema, já que apenas 17% da população do país frequenta os centros culturais em questão. Nesse sentido, observa-se que a segregação social – evidenciada como uma característica da sociedade brasileira, por Sérgio Buarque de Holanda, no livro “Raízes do Brasil” – se faz presente até os dias atuais, por privar a população das periferias do acesso à cultura e ao lazer que são proporcionados pelo cinema. 

+ Guia definitivo para fazer uma redação nota mil no Enem

Paralelo a isso, vale também ressaltar que a concepção cultural de que a arte não abrange a população de baixa renda é um fato limitante para que haja a democratização plena da cultura e, portanto, do cinema. Isso é retratado no livro “Quarto de Despejo”, de Carolina Maria de Jesus, o qual ilustra o triste cotidiano que uma família em condição de miserabilidade vive, e, assim, mostra como o acesso a centros culturais é uma perspectiva distante de sua realidade, não necessariamente pela distância física, mas pela ideia de pertencimento a esses espaços. 

Dessa forma, pode-se perceber que o debate acerca da democratização do cinema é imprescindível para a construção de uma sociedade mais igualitária. Nessa lógica, é imperativo que o Ministério da Economia destine verbas para a construção de salas de cinema, de baixo custo ou gratuitas, nas periferias brasileiras por meio da inclusão desse objetivo na Lei de Diretrizes Orçamentárias, com o intuito de descentralizar o acesso à arte. Além disso, cabe às instituições de ensino promover passeios aos cinemas locais, desde o início da vida escolar das crianças, medianta autorização e contribuição dos responsáveis, a fim de desconstruir a ideia de elitização da cultura, sobretudo em regiões carentes. Feito isso, a sociedade brasileira poderá caminhar para a completude da democracia no âmbito cultural. 

Enem 2020: O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira

No filme estadunidense “Joker”, estrelado por Joaquin Phoenix, é retratado a vida de Arthur Fleck, um homem que, em virtude de sua doença mental, é esquecido e discriminado pela sociedade, acarretando, inclusive, piora no seu quadro clínico. Assim como na obra cinematográfica abordada, observa-se que, na conjuntura brasileira contemporânea, devido a conceitos preconceituosos perpetuados ao longo da história humana, há um estigma relacionado aos transtornos mentais, uma vez que os indivíduos que sofrem dessas condições são marginalizados. Ademais, é precisa salientar, ainda, que a sociedade atual carece de informações a respeito de tal assunto, o que gera um estranhamento em torno da questão.

Em primeiro lugar, faz-se necessário mencionar o período da Idade Média, na Europa, em que os doentes mentais eram vistos como seres demoníacos, já que, naquela época, não havia estudos acerca dessa temática e, consequentemente, ideias absurdas eram disseminadas como verdades. É perceptível, então, que exista uma raiz histórica para o estigma atual vivenciado por pessoas que têm transtornos mentais, ocasionando um intenso preconceito e exclusão. Outrossim, não se pode esquecer que, graças aos fatos supracitados, tais indivíduos recebem rótulos mentirosos como, por exemplo, o estereótipo de que todos que possuem problema psicológicos são incapazes de manter relacionamentos saudáveis, ou seja, não conseguem interagir com outros seres humanos de forma plena. Fica claro, que as doenças mentais são tratadas de forma equivocada, ferindo a dignidade de toda a população.

Em segundo lugar, ressalta-se que há, no Brasil, uma evidente falta de informações sobre os transtornos mentais, fomentando grande preconceito estranhamento com essas doenças. Nesse sentido, é lícito referenciar o filósofo grego Platão, que em sua obra “A República”, narrou o intitulado “Mito da Caverna”, no qual homens, acorrentados em uma caverna, viam somente sombras na parede, acreditando, portanto, que aquilo era a realidade das coisas. Dessa forma, é notório, que, em em situação análoga à metáfora abordada, os brasileiros, sem acesso aos conhecimentos acerca dos transtornos mentais, vivem na escuridão, isto é, ignorância disseminando atitudes preconceituosas. Logo, é evidente a grande importância das informações, haja vista que a falta delas aumenta o estigma relaciado às doenças mentais, prejudicando a qualidade de vida das pessoas que sofrem com tais transtornos.

Destarte, medidas são necessárias para resolver os problemas discutidos. Isto posto, cabe à escola, forte ferramenta de formação de opinião, realizar rodas de conversa com os alunos sobre a problemática do preconceito com os transtornos mentais, além de trazer informações científicas sobre tal questão. Esse ação pode se concretizar por meio da atuação de psiquiatras e professores de soicologia, estes irão desconstruir a visão discriminatória dos estudantes, enquanto que aqueles irão mostrar dados/informações relevantes sobre as doenças psiquiátricas. Espera-se, com essa medida, que o estigma associado às doenças mentais seja paulatinamente erradicado.

+ Conheça 6 estratégias argumentativas para usar na sua redação

Por que é importante tirar uma nota boa na redação do Enem?

Uma boa redação pode ser determinante para você conquistar aquela vaga na universidade pública, conseguir bolsa de estudos, financiamento e até descontos na mensalidade, sabia?

Além disso, é o primeiro critério de desempate nos programas federais Sisu (que distribui vagas em universidades públicas), ProUni (que oferece bolsas de estudos) e FIES (que concede financiamento a juros baixos). Em algumas faculdades, como a Cruzeiro do Sul, a Unifran e a Unicid, quem apresenta uma boa nota geral do Enem pode conseguir descontos de 10 a 100% da mensalidade. Já pensou que maravilha poder estudar sem pagar nada só porque foi bem no exame?

Selecionamos a seguir algumas faculdades reconhecidas e bem avaliadas pelo MEC onde você pode brilhar com sua nota da redação do Enem. Todas elas participam do ProUni e do FIES, além de terem programas próprios de descontos, convênios, bolsas e financiamentos.

Vale a pena dar uma olhada:

Se você não fez ou não vai fazer o Enem, as faculdades acima não cobram necessariamente que os alunos ingressantes façam a prova. Existem outras formas de ingresso. Você pode também conferir a lista de cursos e faculdades do Guia da Carreira para decidir onde fazer a sua graduação.

Veja também:

8 formas de começar a redação do Enem

O que achou dos exemplos de redação nota 1.000? Algum dos textos inspirou você? Conte para a gente aqui nos comentários!

Compartilhar

Exemplos de redações nota 1000 do ENEM para você se inspirar Publicado primeiro em https://www.guiadacarreira.com.br/

Sisu 2022: MEC divulga resultado do programa

Se você realizou sua inscrição no Sistema de Seleção Unificado (Sisu) 2022, e deseja ingressar em uma universidade através do programa, fique atento! O MEC liberou os resultados da chamada regular na manhã desta terça-feira (22). Nessa edição, foram oferecidas mais de 220 mil vagas em universidades e institutos públicos de ensino.

+Encontre bolsas de estudo de até 80%

Confira, a seguir, como acessar o seu resultado e descubra mais informações sobre o programa.

Como ver o resultado do Sisu 2022?

Para conferir seu resultado, basta acessar o site oficial do programa e realizar o login com os dados cadastrados. Em seguida você já poderá ter acesso aos resultados referentes a primeira ou segunda opção de curso selecionado.

Se você conseguiu uma vaga em uma das opções disponíveis, fique atento ao prazo para matrícula. Candidatos selecionados deverão se matricular nas universidades optadas entre os dias 23 de fevereiro e 08 de março.

Quando abre a lista de espera do Sisu 2022?

Se você não obteve o resultado esperado no programa, não se preocupe! Você ainda poderá manifestar interesse para participação da lista de espera. Para isso, acesse o site do Sisu e clique no botão correspondente à confirmação de interesse em participar da lista de espera. Vale lembrar que também existe um prazo para se inscrever na lista. Veja as datas:

  • Prazo para se inscrever na lista de espera: 22 de fevereiro a 8 de março de 2022
  • Convocação dos candidatos em lista de espera: a partir de 10 de março de 2022

Não consegui uma vaga no Sisu, e agora?

Caso você não tenha conseguido uma vaga através das chamadas regulares do Sisu, não se preocupe! Assim como citado anteriormente, você ainda poderá participar da lista de espera em busca de vagas ainda não preenchidas. Além disso, o Sisu também possui duas edições anuais referentes ao primeiro e segundo semestre do ano letivo nos quais você poderá participar através da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Também existem outra opções como o Programa Universidade Para Todos (Prouni), e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Vale lembrar, entretanto, que ambos os programas requerem do candidato um perfil socioeconômico.

Como entrar na faculdade sem a nota do Enem?

Se você deseja ingressar em uma faculdade sem a nota do Enem, confira, a seguir, universidade reconhecidas pelo MEC que oferecem ótimos descontos:

Compartilhar

Sisu 2022: MEC divulga resultado do programa Publicado primeiro em https://www.guiadacarreira.com.br/

Entrevista | NGK fala sobre expectativas para 2022

Eduardo Hiroshi NGK

Gerente comercial da NGK do Brasil, Eduardo Hiroshi comenta sobre a identificação da marca japonesa de peças com os mecânicos independentes, como a manutenção correta do sistema de ignição pode contribuir com a redução de emissões e a expectativa para o mercado de reposição em 2022

 

REVISTA O MECÂNICO: Mesmo focada em apenas um sistema do veículo, o de ignição, a NGK possui um reconhecimento muito significativo entre os mecânicos. Como exemplo, em todas as cinco edições da Pesquisa O Mecânico (de 2017 a 2021), a NGK sempre figurou entre as três marcas de produtos, peças ou serviços que os profissionais de manutenção automotiva mais gostam. A que você atribui esse resultado?

EDUARDO HIROSHI: Atribuímos esse resultado, principalmente, ao relacionamento construído ao longo de todos esses anos, com uma equipe disponível e motivada. A NGK procura atender toda a cadeia de distribuição da melhor maneira possível, dando o suporte necessário para todos os nossos clientes. Os mecânicos sempre tiveram uma atenção especial da nossa parte, não só pelo fato de serem os principais usuários dos nossos produtos, mas também por serem aqueles que, na prática, nos fornecem todo feedback necessário, o que nos permite estar sempre melhorando o nosso produto e a nossa empresa.

O MECÂNICO: Nestes tempos de pandemia, como ficou a relação da NGK com as oficinas mecânicas? Como promover relacionamento e levar informação técnica aos profissionais em tempos de distanciamento social?

HIROSHI: Não somente a NGK, mas o mercado em geral precisou se adaptar a uma nova realidade. Inicialmente, as medidas foram adotadas para garantir a segurança e a saúde dos colaboradores, familiares e clientes. Sempre tivemos uma relação muito estreita com os mecânicos – o presencial, com o face to face, sempre foi nosso diferencial –, no entanto, num momento difícil como esse, foi preciso estar receptivo a mudanças e buscar alternativas. Utilizamos bastante as formas digitais de comunicação, com palestras online e lives, além de fortalecermos a nossa presença nas redes sociais, sempre em busca de atender as expectativas dos nossos clientes. Aos poucos, com a flexibilização das atividades, estamos voltando ao nosso atendimento tradicional, porém mantendo todas as melhorias e oportunidades que conseguimos nesse novo formato.

O MECÂNICO: O que a NGK espera do mercado de reposição de autopeças brasileiro para o ano de 2022?

HIROSHI: O mercado de reposição de autopeças, de uma forma geral, é muito resiliente. Quando esperamos o pior, ele nos mostra o contrário. Mesmo nos momentos mais críticos, a NGK conseguiu manter resultados bastante positivos. Em 2022, certamente, teremos mais um ano com muitos desafios, porém acreditamos num ambiente mais favorável, com o crescimento da demanda, retornando aos mesmos patamares do período pré-pandemia. Esperamos que os fatores políticos e sociais conspirem a favor de um mercado mais estável e otimista, impulsionando toda a cadeia a um crescimento sustentável.

O MECÂNICO: A NGK lançou sua linha de bobinas há pouco mais de quatro anos. Qual o balanço você faz da aceitação dessa gama de produtos pelos mecânicos?

HIROSHI: A linha de bobinas de ignição tem alcançado resultados bastantes sólidos, apresentando crescimento a cada ano, o que mostra a ótima aceitação do mercado. É mais um item que completa o sistema de ignição, no qual somos especialistas e temos o reconhecimento por parte dos mecânicos. Como todo produto do nosso portfólio, oferecemos, além da qualidade, todo um pacote de serviços, com o suporte constante da nossa equipe às oficinas mecânicas.

O MECÂNICO: Um tema mais importante do que nunca é a emissão de poluentes dos motores a combustão. Como as velas, sondas lambda e o sistema de ignição como um todo podem contribuir para uma combustão mais limpa nos motores atuais e em projetos futuros?

HIROSHI: O funcionamento correto do motor, por si só, já colabora muito para a diminuição na emissão de poluentes. Componentes como velas de ignição e sensores de oxigênio – responsáveis pela queima e pela dosagem da mistura ar-combustível, atuando diretamente no sistema de ignição, de forma eficiente – são extremamente importantes para esse controle.

Com a evolução dos motores e regras mais rígidas quanto a poluição ambiental, a aplicação de produtos com características especiais, como velas de platina e irídio que proporcionam uma melhor queima, e a combinação de sensores pré e pós-catalisador para maior controle da mistura e funcionamento mais eficiente do catalisador são melhorias cada vez mais presentes nos veículos modernos.

 

Por Fernando Lalli

The post Entrevista | NGK fala sobre expectativas para 2022 appeared first on Revista O Mecânico.


Entrevista | NGK fala sobre expectativas para 2022 Publicado primeiro em http://omecanico.com.br/feed/

CONAREM terá cursos online para setor de retífica

Conarem

Cursos a distância visam a capacitação de profissionais no setor de retífica, contribuindo para a oferta de mão de obra qualificada

 

O CONAREM anuncia um projeto de cursos online criados em parceria com grandes instituições do setor ao longo de 2022, visando a capacitação no setor de retíficas. Entre as novidades está um curso EAD (ensino a distância) de capacitação de serviços de retíficas, desenvolvido com o Senai, que deverá estar disponível ainda no primeiro semestre.

O objetivo será contribuir para a formação de mão de obra técnica. O curso será composto por sete módulos, abordando conhecimentos sobre motor a combustão interna, metrologia, análise de peças usadas e técnicas de retificação do virabrequim, bloco, cabeçote, biela e volante do motor.

A entidade reforça que o curso foi projetado para jovens aprendizes ou retificadores com experiência em apenas uma máquina e que desejam ampliar seus conhecimentos para operar outros equipamentos presentes em uma retífica de motores. Ao final do curso, será emitido um certificado do Senai-SP de participação no módulo selecionado.

Porém, o CONAREM explica que, para obter a prática necessária no comando dos equipamentos, o aluno deverá estagiar em uma retífica de motores para então obter a autonomia necessária para o trabalho. Se o aluno desejar, após esse período prático, poderá se inscrever para o teste de capacitação do Senai que avaliará então o conhecimento prático e teórico, ganhando assim o diploma de retificador caso seja aprovado.

O presidente da entidade, José Arnaldo Laguna, destaca que o curso é inédito com esse formato, sendo voltado para o segmento de retíficas e deve abranger profissionais de todo o País.

Haverá ainda um curso sobre gestão de estoque, marketing e finanças, em parceria com o Sebrae, e outro curso com três módulos para a área comercial com abordagem em vendas, criado junto com o Senac-SP. Este útlimo será um curso noturno, com grupos de 30 participantes, com aulas online via plataforma Microsoft Teams.

“Temos de estimular os jovens a se interessarem pelas oportunidades que nosso segmento pode oferecer. Hoje não temos renovação de profissionais e as empresas já sentem a escassez de pessoas qualificadas para as atividades em retíficas”, afirma Laguna. Para saber mais informações, entre em contato com o CONAREM pelo site oficial da entidade www.conarem.com.br.

 

Lembramos que a Revista O Mecânico também oferece cursos online, inclusive opções gratuitas, na plataforma do Curso do Mecânico. Confira as opções e faça sua matricula pelo site www.cursodomecanico.com.br

The post CONAREM terá cursos online para setor de retífica appeared first on Revista O Mecânico.


CONAREM terá cursos online para setor de retífica Publicado primeiro em http://omecanico.com.br/feed/

Calmon | City Hatch: estilo atraente e desempenho bem razóavel

Versão hatch do Honda City é um produto que fazia falta no portfólio da marca japonesa no Brasil. Anunciado em novembro do ano passado, juntamente com o sedã, só agora chega ao mercado em duas versões: EXL R$ 114.200 e Touring R$ 122.600. Vai cobrir a lacuna deixada pelo descontinuado monovolume Fit (produzido por 18 anos), cuja quarta geração nem se cogitou para fabricação aqui provavelmente pelo seu estilo, digamos, ousado demais. O City hatch apresenta um conjunto de linhas bastante atraente.

A Honda incluiu um bom pacote tecnológico: travamento e destravamento das portas por aproximação da chave, câmera de ré multivisão e central multimídia (8 pol.) com conexão sem fio Android Auto e Apple CarPlay. A versão de topo traz controle de cruzeiro adaptativo, frenagem de emergência (mitigação de colisão) e assistente de permanência em faixa.

O assento do banco traseiro é rebatível para trás, como no Fit, para transporte de objetos altos. O monovolume oferecia maiores tanque (45 litros contra 39,5 litros) e porta-malas (368 litros versus 268 litros, pelo padrão VDA). Com encosto traseiro rebatido o City chega a 1.168 litros (Polo, 1.071 litros). Algumas fabricantes vêm calculando o volume de porta-malas por aplicativo, o que gera um número artificialmente maior.

O City tem dirigibilidade das melhores dentro do concorrido segmento dos hatches. Suspensão firme, sem ser desconfortável em piso ruim, proporciona comportamento em curvas bastante equilibrado. Bancos oferecem boa sustentação. A direção é precisa com razoável autocentralização do volante. Nível de ruído interno está entre os melhores do segmento.

Motor flex de aspiração natural, de 1,5 litro, entrega 126 cv (etanol ou gasolina) e torque de 15,8 kgf (E) e 15,5 kgf.m (G). Câmbio CVT de 7 marchas permite trocas manuais no modo S por borboletas atrás do volante. Em descidas de serra o sistema melhora o efeito de freio-motor. Honda não informa aceleração de 0 a 100 km/h. Com gasolina o City demonstra ser um pouco mais rápido que Polo e Onix (ambos 116 cv, turbo), porém inferior ao Pulse (125 cv, turbo).

 

Híbrido da CAOA Chery este ano será flex

 

A engenharia brasileira da CAOA Chery atuou com empenho e eficiência no Tiggo 5x Pro. A empresa informou que ainda este ano lançará seu primeiro modelo híbrido, embora não tenha adiantado que o motor será flex e nem qual o modelo. Confirmei que será flex. O escolhido deve ser o 5x Pro, o mais vendido da marca no Brasil desde 2019.

As mudanças introduzidas no motor para atender os limites de emissões do Proconve L7 não alteraram potência (155 cv e 147cv, etanol e gasolina) e nem o torque de 21,4 kgf.m. O consumo de combustível padrão Inmetro praticamente é o mesmo. Mas aceleração de 0 a 100 km/h melhorou de 10,9 s para 10,3 s em razão da troca da caixa de câmbio, antes automatizada de duas embreagens e seis marchas, e agora CVT de nove marchas com conversor de torque. Também ganhou atraente alavanca seletora de câmbio tipo joystick que permite trocas manuais.

No geral o carro ficou mais agradável de dirigir e silencioso em uso rodoviário. O SUV lida melhor com buracos e valetas com o aumento dos ângulos de entrada (23,4 graus) e de saída (31,5 graus). A nova grade dianteira deu imponência ao 5x Pro que ainda recebeu novos para-choques, faróis e luzes de rodagem diurna em LED e rodas redesenhadas de 18 pol.

Interior foi renovado com destaque para o quadro de instrumentos novo, tela multimídia flutuante de 10,25 pol., melhorias no acabamento, volante agora regulável também em distância, saídas de ar-condicionado para o banco traseiro e teto panorâmico fixo de vidro. Fazem falta frenagem autônoma de emergência e monitor de ponto cego. Preço: R$ 154.990 (por tempo limitado).

 

Elétrico iX é o BMW mais avançado

 

Tudo que a BMW conseguiu até hoje em termos de tecnologia de tração elétrica, recarga rápida, conexão total e uso de inteligência artificial está concentrada no SUV iX. Trata-se de um automóvel imponente dentro da gama da marca: largura equivalente ao X7, altura do X6 e comprimento do X5. Espaço interno amplo para cinco passageiros (três metros de distância entre eixos) e assoalho totalmente plano.

Conectividade está entre as mais avançadas e oferece experiência sensorial completa. É o primeiro BMW compatível com tecnologia 5G para celulares. Tem cinco câmeras externas (e mais uma interna que tira foto), cinco sensores de radar e 12 sensores ultrassônicos.

Alcance pode chegar a 630 km, o maior entre os elétricos com importação oficial. Tração é integral com um motor em cada eixo. No xDrive40 potência e torque combinados de 326 cv/64,2 kgf.m e no xDrive50, 523 cv/78 kgf.m. Aceleram de 0 a 100 km/h em 6,1 s e 4,6 s, respectivamente. São números muitos bons para veículos com massa total de 2.365 kg e 2.510 kg.

O iX vem com dois cabos no porta-malas para carregamento da bateria. Um é o convencional para parede de 22 kW e o outro um carregador portátil com cabo flexível de seis metros. Volume útil do porta-malas de 500 litros. Preços: R$ 654.950 e 799.950.

________________________________________________________

www.fernandocalmon.com.br

The post Calmon | City Hatch: estilo atraente e desempenho bem razóavel appeared first on Revista O Mecânico.


Calmon | City Hatch: estilo atraente e desempenho bem razóavel Publicado primeiro em http://omecanico.com.br/feed/

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Como funciona o sistema MultiAir?

MultiAir

Substituto do variador de fase do eixo comando de válvulas, sistema MultiAir adotado pela Fiat há mais de 10 anos em motores flex de aspiração natural agora está nos novos motores 1.0 e 1.3 GSE Turbo dos Jeep Compass e Renegade, além dos Fiat Toro e Pulse

 

Tecnologia empregada em motores Fiat e Jeep, o MultiAir permite mais flexibilidade no gerenciamento de abertura e fechamento das válvulas de admissão do que um variador de fase comum. Este sistema faz com que as válvulas possam abrir e fechar livremente durante o tempo de admissão, permitindo que o motor se torne mais eficiente em qualquer demanda de aceleração e, por consequência, menos poluente.

Desenvolvido pela Fiat em parceria com a Schaeffler, o MultiAir começou a ser aplicado em linha em meados de 2009 no motor 1.4 16v de 105 cv do modelo italiano Alfa Romeo MiTo. Em 2011, esse mesmo motor foi introduzido no mercado brasileiro através do Fiat 500, com o nome Fire 1.4 16v MultiAir. O sistema se popularizou no Brasil anos mais tarde, a bordo do motor flex 2.0 Tigershark do Jeep Compass e da Fiat Toro até 2021. A picape também recebeu o motor 2.4 Tigershark, igualmente dotado de MultiAir.

Agora em sua terceira geração, o MultiAir é um componente fundamental nos novos motores 1.0 e 1.3 GSE Turbo do grupo Stellantis, que já ganharam as ruas nas novas versões de Compass, Toro, Jeep Renegade e no inédito Fiat Pulse (conira o ‘Raio X’ do novo SUV compacto nesta edição).

MultiAir

O QUE É O MULTIAIR?

Fisicamente, olhando o cabeçote sem a tampa de válvulas, o MultiAir é um bloco com módulos eletro-hidráulicos independentes (um para cada cilindro), que substitui o eixo comando de válvulas de admissão (1a, 1b e 1c).

No sistema convencional de abertura de válvulas no motor de Ciclo Otto, o came do eixo comando aciona a válvula através do contato com o tucho ou por um balancim roletado. Considerando que os cames são fixos no eixo comando, a abertura de válvulas é sempre linear e total, acompanhando o movimento do came correspondente no eixo comando, não importando o regime de aceleração do motor. Isso pode causar gasto desnecessário de combustível e perda de potência em algumas situações.

Quando é adicionado um variador de fase a esse sistema convencional, o gerenciamento eletrônico do motor pode mudar o momento da abertura das válvulas em relação ao movimento dos pistões dentro do cilindro, mas a amplitude da abertura continua sendo linear.

A diferença do variador de fase contínuo para o MultiAir é que este garante o controle dinâmico da entrada de ar, cilindro por cilindro, e ciclo por ciclo, sem necessariamente acompanhar o movimento linear do came.

Em todos os motores com MultiAir, existe um eixo comando para as válvulas de exaustão, com cames fixos, ou seja, sem variador de fase (2). Mas, para cada par de cames de exaustão, há um terceiro came que, através de um balancim roletado, aciona um pistão horizontal no bloco hidráulico do MultiAir (3).

Cada um desses pistões corresponde a um módulo de um cilindro. Esse pistão é o responsável por enviar a pressão de óleo para a câmara hidráulica cujos tuchos (4) vão acionar as válvulas de admissão correspondentes.

O componente que gerencia essa pressão hidráulica é uma válvula solenoide comandada eletronicamente pela unidade de comando do motor (ECU) (5). Quando a solenoide está fechada, o óleo transmite na câmara hidráulica o movimento de abertura imposto pelo came mecânico para as válvulas de admissão (6). Já quando a solenoide abre, ela “vaza” o óleo para o retorno do motor e a pressão não é transmitida para a ação da válvula de admissão. Esse acionamento da solenoide acontece em frações ínfimas de segundo.

Ao modular a pressão hidráulica dessa forma, a solenoide permite variar o movimento das válvulas não só em tempo e amplitude, mas também em número de movimentos: as válvulas podem abrir e fechar mais de uma vez dentro de um mesmo tempo de admissão. Desta forma, o comportamento das válvulas de admissão muda conforme a demanda de ar do motor, e com mais precisão do que um variador de fase, sem gerar perdas de bombeamento e contribuindo para reduzir o consumo de combustível do motor.

“O MultiAir usa as válvulas de admissão como o elemento de aceleração do motor numa maneira mais aprimorada do que o variador de fase contínuo. Como é um sistema mais sofisticado, permite uma liberdade de movimentação das válvulas quase infinita”, explica o especialista de Produto Powertrain da Stellantis, Erlon Rodrigues. “O sistema MultiAir dá completa liberdade para a movimentação da válvula de admissão. Por isso, a de descarga (exaustão) é uma válvula de acionamento direto e não necessita de variação”, complementa Erlon.

MultiAir

PROGRAMAÇÕES DO MULTIAIR

A tecnologia das três gerações do MultiAir é praticamente a mesma. O que muda é a programação das estratégias, que foram evoluindo para atender às necessidades de cada projeto.

Diferentes estratégias são adotadas pelo MultiAir para otimizar a eficiência da combustão. O curso total de levantamento das válvulas de admissão (conhecido como “Full Lift” ou “levantamento total”), sistema convencional de abertura nos motores de Ciclo Otto, é utilizado pelo MultiAir somente quando é necessária potência máxima do motor.

Na partida do motor e em marcha lenta, o MultiAir comanda a abertura tardia da válvula (modo LIVO) e determina uma maior velocidade de entrada de ar no cilindro, otimizando a mistura.

Já em rotações médias e baixas a plena carga, o modo de fechamento antecipado da válvula de admissão (EIVC) otimiza a massa de ar no interior do cilindro, evitando o retorno de fluxo pela válvula de admissão. Em cargas parciais, o funcionamento EIVC faz com que o motor controle a carga de aceleração pelas válvulas, e não mais apenas pela borboleta, o que reduz as perdas por bombeamento e aumenta a eficiência do motor neste tipo de utilização.

“Um motor normal, quando aspira o ar, ele está aspirando contra um coletor com borboleta fechada, enquanto o coletor de escapamento tem uma pressão positiva pequena. Então o motor além de fazer força para movimentar o carro ele tem de fazer força para bombear o ar de um ambiente em depressão para um ambiente com pressão”, descreve Erlon Rodrigues.

“Quando o MultiAir faz o controle de carga pela válvula, com a borboleta aberta, o coletor de admissão vai estar em uma pressão muito mais próxima da pressão atmosférica. A única perda vai ser a restrição do filtro de ar e da tubulação. O motor não vai fazer força para jogar o ar de um lado para o outro. Isso faz com que a eficiência do motor aumente. No caso do MultiAir, a diferença é de mais de 10% de eficiência em cargas baixas em relação ao motor sem a tecnologia”, garante o engenheiro.

Erlon ainda afirma que o motor com MultiAir simplesmente poderia abrir mão do corpo de borboleta. Isso só não é possível na prática porque o cânister precisa de vácuo (depressão) para fazer sua purga e, também, a presença da borboleta reduz a emissão de ruído do funcionamento das válvulas.

O modo de múltiplas aberturas das válvulas (Multi Lift), com duas aberturas por ciclo, é utilizado durante cargas de rotação muito baixas (como dirigir em trânsito lento), o que permite aumentar a turbulência da mistura e, assim, otimizar a combustão.

No MultiAir de 2ª geração, o came de acionamento foi redesenhado para permitir um “pré-levantamento” das válvulas de admissão durante a fase de escapamento, possibilitando fazer EGR interno (reaproveitamento dos gases de escape, “reaspirando-os” para a câmara de combustão). Essa medida visa reduzir emissões de óxido de nitrogênio e o aumento da eficiência do motor na carga parcial. Segundo a Stellantis, a 3ª geração do MultiAir, presente nos novos motores GSE Turbo, permite controle ainda mais flexível nesse sentido, aproximando a estratégia de algo parecido com um ciclo Miller.

Além disso, o perfil de levantamento da válvula de admissão do MultiAir atual dos motores GSE Turbo é mais extenso e possibilita gerenciar a taxa de compressão efetiva do motor, mantendo a tendência à detonação (a famosa “batida de pino”) sob controle, independentemente do combustível utilizado, com o controle do atraso do fechamento da válvula. Isso é feito para reduzir a pressão e a temperatura na câmera de combustão, controlando a detonação sem comprometer o avanço de ignição. Assim, como resultado, consegue-se mais eficiência de combustível nas condições de alta carga, quando se deseja desempenho do veículo.

MultiAir

 

Texto: Fernando Lalli
Fotos: Divulgação/Arquivo O Mecânico

The post Como funciona o sistema MultiAir? appeared first on Revista O Mecânico.


Como funciona o sistema MultiAir? Publicado primeiro em http://omecanico.com.br/feed/