segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Correia dentada dos motores EA211 possui vida útil estendida

Saiba por que os motores da família Volkswagen EA211 possuem correia de sincronismo que dura o dobro das convencionais; entenda cuidados necessários para garantir a manutenção correta

 

Os elementos que compõem o sistema de sincronismo de um veículo podem gerar algumas dúvidas sobre suas condições de usabilidade e período de manutenção de peças, conforme o perfil de utilização do proprietário. Com o motor EA211 1.0 3-cilindros não é diferente. Ele está presente em quase todos os modelos atuais da Volkswagen em duas variantes, de aspiração natural (MPI) e turbo (TSI). A correia de sincronismo designada para esse motor tem uma composição de materiais semelhante às embebidas em óleo, embora trabalhe em ambiente seco.

Graças a essa característica, sua vida útil é mais longa do que as correias convencionais. Por indicação da fabricante, a troca dessa correia dentada está prevista para cada 120 mil km ou 4 anos e meio, considerando uso normal, ou na metade deste tempo sob uso severo.

Na hora da manutenção, seja por tempo ou quilometragem, as fabricantes de peças de sincronismo para o mercado de reposição recomendam a troca de todos os componentes de desgaste que integram o sistema de sincronismo como a própria correia, tensionador, rolamento-guia, a correia dentada da bomba d’água, a correia de acessórios e seu respectivo tensor.

Especificamente neste motor a Volkswagen obriga a, na troca da correia dentada, também substituir os parafusos de fixação das polias dos eixos comandos de válvulas. Isso porque para colocar o motor no ponto e fazer a substituição dos componentes, é necessário soltar as polias e seus parafusos de fixação possuem torque angular, portanto, eles se deformam no aperto e não podem ser utilizados em uma segunda instalação.

A troca dos tensores desse motor, deve ser feita em conjunto com a troca das correias, pois nenhum motor de fábrica possui tensionador que dure para toda a vida do veículo. Os tensionadores também sofrem desgaste, assim como as correias, porém não é possível fazer seu diagnostico a olho nu. Por isso, sua troca preventiva é a única forma segura de evitar falhas de funcionamento.

Quando o mecânico atesta o uso severo do veículo (seja por trânsito constante urbano, ou tráfegos em via fora de estrada), ele deve recomendar a substituição completa de todos os componentes, e não só da correia dentada, na metade do tempo estimado pela fabricante. Ou seja, passando de 120 mil km ou 4 anos e meio, para 60 mil km ou 2 anos e 6 meses.

Nesta família de motores EA211 (tanto as versões 1.0 quanto a 1.6), um ponto importante a ser observado é o uso do veículo em vias empoeiradas ou de terra. As tampas que fazem a cobertura do sincronismo nestes motores não vedam completamente a região de trabalho dos componentes. Ou seja, o sincronismo não funciona em um ambiente estanque. Isso pode fazer com que mais sujeira se acumule na área e contamine a correia dentada, tensionador e rolamento-guia.

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