terça-feira, 23 de agosto de 2022

Dana restaura Opala para homenagear recorde de velocidade quebrado em 1991

Ação da fabricante restaurou um Opala Stock Car para homenagear o bólido original que, em 1991, quebrou o recorde brasileiro de velocidade

 

Há 30 anos, um Opala Stock Car, pilotado por Fábio Sotto Mayor, quebrou o recorde brasileiro de velocidade, com a marca de 303,157 km/h de média e velocidade final de 315 km/h na melhor volta, até hoje não superada. O feito de Sotto Mayor aconteceu em 15 de outubro de 1991, em Riviera de São Lourenço, no balneário paulista de Bertioga, com a presença de mais de 30 pessoas, entre mecânicos, cronometristas, fiscais, jornalistas e policiais, além das pessoas que lotaram os trevos e as margens da rodovia Rio-Santos.

No último domingo, 21/08, o piloto recordista levou o Opala restaurado pela Dana à pista em uma exibição especial, no Autódromo de Interlagos, na etapa da Copa Truck. A restauração do Opala recordista faz parte das ações de comemoração dos 75 anos da Dana no Brasil.

“Temos muito orgulho deste novo capítulo na recuperação da nossa história, projeto que novamente mobilizou um sem-fim de colegas, parceiros de longa data e vários novos que juntos viabilizaram este complexo projeto de restauro, a exemplo do que havíamos feito na restauração do primeiro Fórmula 1 brasileiro, o Fittipaldi FD-01, quase 20 anos atrás”, destaca o Presidente da Dana para o Brasil, Raul Germany.

O trabalho de restauração do Opala teve início com a busca de um automóvel usado na Stock Car semelhante ao utilizado por Sotto Mayor em Bertioga e que se enquadrasse no regulamento vigente entre 1987 e 1993. Um modelo foi encontrado na cidade de Artur Nogueira, interior de São Paulo, uma réplica do carro que levou a dupla formada por Angelo Giombelli e Ingo Hoffmann ao título da temporada de 1993.

O eixo diferencial Dana 44 e seu cardã foram encomendados nas fábricas de Gravataí/RS e Sorocaba/SP e devidamente instalados por especialistas.

Já os componentes fabricados especialmente para a Stock Car criaram um outro cenário. Na época, o carro tinha um jogo de rodas originais de liga leve para os pneus Pirelli tala larga 265/40R16 mas o recorde foi quebrado com um outro jogo, de aro 14, uma configuração mais baixa e mais agressiva, de acordo com a empreitada da quebra do recorde. Um colecionador tinha as rodas, pintadas de amarelo como as originais, e os pneus vieram de um fabricante do exterior.

Segundo diretor de Comunicação e Marketing da Dana e líder do projeto, Luis Pedro Ferreira, o primeiro obstáculo foi recuperar a parte interna do carro, algo totalmente marcado pelo tempo e pela manutenção quase inexistente de sua estrutura. “O trabalho de restauro combina arqueologia, pesquisas e adaptações, um esforço épico, quase que similar ao da quebra do recorde. É motivo de alegria e orgulho ver o trabalho de alguns anos e tantas pessoas chegar as pistas novamente”. O carro a partir de agora estará presente em feiras e eventos especializados.

“Recriar um carro nacional que marcou época na história do esporte nos ajuda a reforçar a capacidade criativa de profissionais abnegados e apaixonados pelo automobilismo brasileiro. Nada mais apropriado do que coroar com este presente o ano em que celebramos os 75 anos de atividades da Dana no Brasil”, destaca Raul Germany.

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