quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Confira cinco diferenças entre carros a etanol e gasolina

A NGK explica qual combustível é mais eficiente em diferentes situações para carros flex

Carros movidos a álcool (etanol) ou gasolina, estão muito presentes na frota brasileira. Apesar de serem comuns, esses dois tipos de combustível apresentam diferenças significativas no que diz respeito à ignição e ao processo de partida.

A NGK, marca da Niterra especializada em componentes para sistemas de ignição, explica cinco pontos de como essas particularidades influenciam o desempenho e a durabilidade dos veículos.

1- Taxa de compressão do motor: os motores movidos a álcool (etanol) apresentam maior taxa de compressão em comparação aos motores exclusivamente a gasolina. Essa diferença se deve à alta octanagem do combustível etanol (110 RON), enquanto a gasolina comum possui 93 RON. A maior taxa de compressão dos motores a álcool (etanol) proporciona mais potência e torque, destacando-se em aplicações onde o desempenho é essencial.

2- Ponto de Ignição: graças à diferença de octanagem, a curva de avanço de ignição dos motores a álcool é mais adiantada, resultando também em maior potência e torque. Essa característica é ajustada para atender às condições específicas de cada tipo de motor.

3- Grau térmico das velas de ignição: nos motores a álcool, as velas de ignição geralmente possuem um grau térmico mais frio, devido à maior potência e calor gerados na câmara de combustão. Essa adaptação é fundamental para garantir a eficiência e a longevidade do sistema.

4- Tratamento superficial do castelo metálico: o álcool pode acelerar o processo de corrosão sob determinadas condições de uso. Para enfrentar esse desafio, a Niterra utiliza um banho de níquel-cromo no castelo metálico das velas de ignição, para proporcionar maior resistência à oxidação e durabilidade do componente.

5- Motores flex fuel e solução versátil: nos motores flex, a taxa de compressão é ajustada para operar com ambos os combustíveis. Por meio de estratégias de identificação de combustível, o sistema escolhe a melhor curva de ignição e utiliza velas de grau térmico apropriado para gasolina e álcool. O tratamento de níquel-cromo também é aplicado para suportar as condições de uso de ambos os combustíveis.

Dicas para uso

A composição química dos combustíveis exerce influência direta no processo de queima. O álcool (etanol), devido à sua cadeia carbônica menor, não deixa resíduos de carbono, prevenindo a carbonização das velas. Já a gasolina, por conter uma cadeia carbônica maior, apresenta maior suscetibilidade à formação de resíduos, especialmente dependendo das condições de uso.

“Por isso, a durabilidade das velas está mais relacionada às condições de uso do veículo do que ao tipo de combustível”, afirma o consultor de Assistência Técnica da Niterra do Brasil, Hiromori Mori. “Para quem realiza trajetos curtos e intermitentes, onde o motor não atinge a temperatura ideal, a gasolina é mais indicada. Já em condições severas, como trânsito intenso, é essencial seguir as recomendações de uso severo das montadoras”, conclui.

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