Saber a causa da falha do componente pode dar dicas de como corrigir problemas futuros
Uma das peças que mais sofre esforços no automóvel é a embreagem, visto que ela é responsável por transferir o torque gerado pelo motor para a caixa de câmbio, ficando sujeita a forças axiais, radiais e altas temperaturas. Em condições normais, a depender do estilo de condução do motorista, das condições de trânsito e outros fatores, a embreagem pode durar de 50 a 150 mil km. Porém, esse componente pode sofrer diversos tipos de falhas prematuras como as elencadas a seguir, e saber identificar cada uma delas pode ajudar a conservar o conjunto.
Embreagem vitrificada: após uma elevação de temperatura muito acima do seu limite, a embreagem apresenta um aspecto vitrificado, normalmente ocasionado quando o pedal permanece pressionado no ponto de arranque por muito tempo, como no caso de segurar o carro em subidas sem o pedal de freio. Essa falha pode ser detectada pelos sintomas de escorregamento excessivo da embreagem, principalmente em alta carga com baixas rotações do motor. Para evitar esse superaquecimento, é recomendado evitar manter o pedal de embreagem pressionado depois do arranque do carro.
Embreagem com o material de fricção quebrado: o material de fricção da embreagem apresenta descontinuidades causadas principalmente por trocas de marchas incorretas ou muito agressivas, chegando a causar a quebra de partes do componente. Os sintomas principais são o barulho proveniente da embreagem, escorregamento excessivo e dificuldade de trocas de marchas. Para evitar esse problema, é recomendado efetuar as trocas de marchas de maneira suave.
Embreagem com o material de fricção descamado: ocasionado principalmente por erro na instalação e ajuste da pré-carga na embreagem, esse problema pode ser detectado quando há uma vibração excessiva, barulhos e escorregamento do componente. Para evitar, é necessário seguir o procedimento de instalação recomendado pela fabricante da embreagem.
Contaminação de óleo na embreagem: ocorre principalmente devido ao vazamento de óleo proveniente do retentor traseiro do virabrequim, fazendo com que a embreagem seja contaminada e apresente problemas como trepidação no pedal, escorregamento excessivo e desgaste prematuro. A troca do retentor traseiro do virabrequim, quando há vazamento, previne essa situação.
Embora seja feita para aguentar os diversos esforços na transmissão de torque do motor, os fatores principais para uma vida útil prolongada da embreagem são seu uso adequado por parte do motorista e a substituição correta pelo mecânico, para que problemas de desgaste precoce possam ser evitados. Para auxiliar no procedimento de troca, a Revista O Mecânico disponibiliza diversos guias de reposição do componente de modelos como Chevrolet Onix, Citroën C3, Nissan March, Ford Ka e outros.
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