Que é preciso revisar o veículo por ocasião das férias de verão, tudo mundo já está cansado de saber.
artigo por Fernando Landulfo fotos Arquivo O Mecânico / Freepik.com
Afinal de contas, como já mencionado em outro artigos anteriores, ficar parado num acostamento de rodovia, debaixo de um sol escaldante, com toda a família dentro do carro, além de ser um enorme risco a segurança, é um tremendo aborrecimento.
Isso sem falar das despesas extras bem salgadas. Pois é, quem já passou por isso sabe…
O pior de tudo, é que muitas dessas paradas são provocadas por problemas relativamente simples e de solução barata (quando solucionados de forma preventiva).
Essa situação é tão corriqueira, nessa época do ano, que os “Guerreiros das Oficinas” já tem pronta uma revisão preventiva de férias, que preconiza os itens mais críticos que assolam todos os modelos.
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O problema é que no final do ano, do ponto de vista do cliente, a prioridade para destinação dos fundos (nem sempre fartos) são outras. Prioridades essas que todo mundo sabe. Não é preciso ficar “chovendo no molhado”.
Consequência: o risco de ocorrência de panes durante as viagens aumenta exponencialmente.
Mas isso já foi exaustivamente abordado, não só em outros artigos, como em matérias dedicadas, publicadas na Revista O Mecânico.
O assunto hoje é outro. A importância de se manter o conforto térmico dentro do veículo (principalmente em longas paradas) e como utilizar e manter corretamente os equipamentos climatizadores.
O ambiente térmico no interior de um veículo é bastante complexo, não homogêneo. e sujeito a grandes variações de temperatura. [1]
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Altas temperaturas no interior de um veiculo, podem provocar além do desconforto térmico, redução da segurança dos ocupantes: fadiga e desidratação. [1]
Por sinal o efeito da desidratação sobre o condutor é similar ao da bebida alcoólica. [2]
Para ajustar e controlar esses fatores existe os equipamentos de climatização (ar condicionado + aquecimento) [1], que podem se apresentar nas seguintes configurações básicas:
- Dispositivos separados (mais antigos): o veículo podia vir equipado com ambos, ou apenas 1 dos dispositivos.
- Dispositivos conjugados sem controle eletrônico (mais antigos).
- Dispositivos conjugados com controle eletrônico (mais modernos).
Só que para oferecer os benefícios, para os quais foram construídos, esses dispositivos precisam estar funcionando corretamente. E para tanto, precisam passar por manutenção periódica. Ou, pelo menos, uma revisão antes de se sair para as férias de verão.
A manutenção preventiva do sistema de ar condicionado automotivo é bastante simples e não muito onerosa. Via de regra, consiste na verificação da quantidade de fluido refrigerante e das condições de funcionamento (checagem das temperaturas e pressões) do: compressor, evaporador, condensador (não esquecer da limpeza externa), válvula de expansão e filtro secador).
Sim, uma higienização dos dutos e troca do filtro de cabine, também faz parte do procedimento.
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Se o veículo tiver aquecimento (conjugado ou não) uma verificação nas condições do trocador de calor, mangueiras e estanqueidade do sistema é imperativa, pois o mesmo é conectado diretamente ao sistema de arrefecimento
do motor.
O problema reside nos equipamentos que ficam muito tempo sem utilização e manutenção: corrosão, entupimentos, furos em mangueiras, e assim vai. Isso sem falar dos equipamentos mais sofisticados (de controle computadorizado), cujas peças são importadas. Algo que acaba encarecendo muito a manutenção corretiva. E que, por essa razão, acaba sendo deixada de lado.
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Mas pode ter certeza, quando o transito parar e o calor “apertar” na estrada, o arrependimento vai bater.
Nesse ponto vale a penas mencionar que esses veículos tem um balanço energético bem delicado, cabendo ao “Guerreiro das Oficinas” a árdua tarefa de orientar o cliente na utilização em transito pesado: cuidado com utilização em marcha lenta por períodos prolongados… a bateria pode descarregar.
Mas “lidar” com esse tipo de equipamento é um bom negócio para o “Guerreiro das Oficinas”? Sem sombra de dúvidas.
Ainda mais porque, com a redução dos preços dos equipamentos instalados em fábrica, a quantidade de veículos equipados com climatização (mesmo os mais populares), aumentou muito.
Mas é preciso se preparar bem: treinamento e ferramental especializado.
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