terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Mecânicos devem verificar funcionamento do catalisador do veículo

O catalisador foi introduzido no início dos anos 1990 no Brasil como uma das primeiras medidas para reduzir as emissões de poluentes nos veículos de passeio. De lá para cá esse mecanismo vem sendo usado como padrão e como todo componente mecânico deve ter manutenção frequente. Os profissionais mecânicos devem observar os sinais de desgaste e recomendar, se necessário, a troca do catalisador dos veículos de seus clientes especialmente nessa época do ano.

Como funciona de fato o catalisador ?

Envolto em uma cápsula metálica que suporta altas temperaturas e condições extremas, o catalisador automotivo é um substrato (cerâmico ou metálico)revestido com metais como platina e paládio. “O componente é responsável pela redução de até 99% das emissões poluentes, convertendo os gases provenientes da combustão em substâncias inofensivas à saúde humana e ao meio ambiente”, afirma Miguel Zoca, Gerente de Aplicação de Produtos da unidade de catálise da Umicore.
 
Quando um catalisador automotivo não funciona corretamente, gases tóxicos como hidrocarbonetos (HC), monóxido de carbono (CO) e óxidos de nitrogênio (NOx) são liberados pelo escapamento, causando sérios impactos à saúde, como, por exemplo, infecções respiratórias, asfixia, irritações nos olhos, mutações genéticas e câncer. O mau funcionamento do catalisador também agrava a poluição ambiental, prejudicando a qualidade do ar.

Catalisador Umicore
 
Para prevenir futuros contratempos que cheguem a prejudicar o catalisador, o carro deve passar por uma revisão geral. “O catalisador pode ser comprometido por falhas no sistema de alimentação, defeitos no escapamento, ou problemas no sensor de oxigênio”, explica o especialista. “Por isso, uma manutenção adequada garantirá uma viagem mais tranquila e sem custos indesejados”, acrescenta Zoca.
 
Neste contexto, alguns cuidados que podem ser tomados são:
 
* Revisar o sistema de alimentação do automóvel para evitar falhas na combustão, verificando a abertura das velas de ignição e as condições dos eletrodos,analisando a resistência elétrica e as condições dos terminais dos cabos de velas e se certificando de que não haja trincas ou vazamentos nas bobinas de ignição.
 
* analisar o sistema de escapamento e examinar se não há vazamentos ou oxidação que possam estar danificando peças internas.
 
* Checar a resistência interna de aquecimento do sensor de oxigênio (sonda lambda) e o estado das conexões do componente que tem papel crucial na monitoração da mistura de ar-combustível.
 
* Trocar o óleo e o filtro de combustível no prazo recomendado pelo fabricante, evitando que substâncias derivadas da queima do lubrificante do motor se acumulem no catalisador e contaminem a peça com materiais como fósforo, zinco, cálcio e magnésio, que se amontoam na camada catalítica, encobrindo os metais nobres.
 
* recomendar que o cliente abasteça o carro em postos de qualidade reconhecida e utilizar aditivos e fluidos de origem conhecida, seguindo a orientação da montadora. O uso de compostos com má qualidade pode danificar o sistema de exaustão e reduzir a eficácia do catalisador.

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