Procedimento é simples, mas preparativos requerem atenção do mecânico
Introduzido no mercado brasileiro em 2002, o Volvo XC90 era impulsionado por um motor 2.9 biturbo de seis cilindros em linha na posição transversal, atrelado a um câmbio automático convencional. Produzida pela General Motors, essa caixa de quatro velocidades tem o codinome 4T65-E e equipou veículos como Chevrolet Malibu e Pontiac Aztek. Nessa matéria, a Revista O Mecânico trará o procedimento de verificação do nível do fluído desse câmbio, passo necessário quando há a troca do fluído ou outra intervenção mecânica na transmissão.
Com o veículo ligado, o processo se inicia pressionando o pedal de freio e então passando a alavanca seletora do câmbio pelas posições P, R, N e D, aguardando cerca de 3 segundos em cada. Feito isso, volte a alavanca para a posição P. Após, mantenha o motor em marcha lenta por no mínimo três minutos, para que o fluído da transmissão estabilize seu nível e elimine qualquer espuma.
Liberando o pedal de freio, verifique a temperatura do fluído de transmissão no computador de bordo do veículo ou via scanner. A temperatura adequada para o processo de verificação é de 85 a 95° C (185 a 203° F), e, caso não esteja nessa faixa, conduza o veículo com a segunda marcha selecionada na opção de trocas manuais do câmbio, até atingi-la.
Caso esteja fora da faixa de temperatura, a medição do nível do fluído de transmissão não será precisa, registrando uma medição inferior ou superior ao real. Finalizado o aquecimento, posicione o veículo no elevador com o motor ligado e alavanca seletora na posição P. Depois, remova a tampa de abastecimento da caixa de câmbio. Em seguida, remova o bujão de verificação de nível da transmissão. Se houver um fluxo contínuo de fluído, espere acabar e começar a gotejar e aperte o bujão de verificação de nível. Se não houver nenhum fluído saindo, complete pela tampa de abastecimento até começar a gotejar e aperte o bujão de verificação de nível.
O procedimento de verificação descrito é válido para os modelos equipados com o motor 2.9 e fabricados entre os anos de 2002 a 2006. Na troca do fluído do câmbio, são utilizados cerca de 7 litros de fluído caso o cárter da transmissão seja removido. Além disso, no caso da instalação de um conversor de torque novo, são necessários 9,5 litros de fluído no total e para o enchimento completo de uma caixa de câmbio vazia serão necessários 10 litros de fluído. A especificação do fluído de transmissão automática recomendada pela fabricante é a DEXRON VI.
Para intervenções mecânicas na caixa de câmbio, é necessário que o mecânico siga todos os procedimentos recomendados pela fabricante, para estender a vida útil de todos os componentes e garantir o bom funcionamento do conjunto.
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