Sincronização entre válvulas e pistões depende do componente
Por Murilo Marciano Santos fotos Arquivo Bosch
No motor, a sincronização entre a abertura e fechamento das válvulas do cabeçote e o movimento de subida e descida dos pistões deve ser perfeito para evitar choques e danos entre os componentes. No caso do Hyundai Santa Fe 2.4, o componente responsável por transmitir o movimento do virabrequim para os eixos de comando de válvulas e fazer essa sincronia é a corrente. Dessa forma, a Revista O Mecânico exibe o passo a passo de troca dessa peça importante do sistema de sincronismo.
O procedimento mostrado é válido para os veículos equipados com o motor 2.4 da família Theta, de código G4KE. No SUV, esse propulsor de aspirado de quatro cilindros em linha entregava 180 cv a 6000 rpm e torque máximo de 22,4 kgfm a 4200 rpm. A tração era dianteira e o câmbio utilizado possuía conversor de torque e seis marchas.
Procedimento de desmontagem da corrente de sincronismo
A) Remova a tampa de válvulas, tomando cuidado para não cair sujeira no cabeçote.
B) Posicione o motor em PMS, girando a polia do virabrequim até alinhar a marca de sincronismo da tampa da corrente de distribuição (1), colocando o primeiro cilindro no ponto morto superior (PMS) do curso de compressão.
C) Remova a tampa frontal da corrente de distribuição.
D) Confirme que a chaveta do virabrequim está alinhada com a superfície de contato da tampa do mancal principal (2), confirmando que o primeiro cilindro está em PMS.
E) Com uma haste fina, pressione a catraca do tensionador para baixo e comprima o pistão do tensionador e insira um pino de bloqueio (A) no orifício para manter o pistão recuado. Em seguida, remova o tensor da corrente de distribuição (B). (3)
F) Remova o braço guia de tensionamento e apoio da corrente (4).
G) Remova a corrente de sincronismo da engrenagem do virabrequim e dos comandos de válvulas (5).
H) Retire o guia da corrente de distribuição (6).
I) Remova a engrenagem da corrente do virabrequim e o jet oil da corrente (7).
J) Retire a corrente auxiliar do eixo de equilíbrio do virabrequim.
Procedimento de montagem da corrente de sincronismo
A) Instale a nova corrente auxiliar do eixo de equilíbrio do virabrequim.
B) Monte a engrenagem da corrente do virabrequim. Após, instale e aperte o parafuso do jet oil (8) com 1,0 kgfm.
C) Alinhe a chaveta do virabrequim com a superfície do mancal principal (9).
D) Posicione os comandos de admissão e escape de forma que as marcas de PMS das engrenagens CVVT estejam paralelas à superfície do cabeçote (10), confirmando o PMS do primeiro cilindro no curso de compressão.
E) Instale guia da corrente de sincronismo (11) e aperte os parafusos com 1,2 kgfm.
F) Monte a nova corrente de sincronismo, seguindo a sequência (12): Virabrequim (A) → Guia da corrente (B) → Polia CVVT de admissão (C) → Polia CVVT de escape (D).
Observação: Certifique-se de que os elos marcados da corrente coincidam com as marcas de sincronismo das polias (13) e da engrenagem do virabrequim (14).
G) Instale braço de tensionamento e apoio da corrente, apertando o parafuso com torque de 1,2 kgfm (15).
H) Monte o tensionador automático da corrente (B) e remova o pino de bloqueio (A). Aperte os parafusos com 1,2 kgfm (16).
I) Gire o virabrequim duas voltas no sentido horário e verifique se as marcas de PMS das polias CVVT permanecem alinhadas com a superfície superior do cabeçote (17).
J) Instale polia do virabrequim, aplicando torque de 17,9 kgfm na instalação.
L) Monte a tampa frontal da corrente de distribuição e depois a tampa de válvulas, finalizando o procedimento de troca da corrente de sincronismo.
Também é importante destacar que a corrente de sincronismo costuma ter vida maior do que as correias dentadas. Porém, conforme o veículo envelhece, podem aparecer alguns sinais que indicam que é hora de trocar a corrente, como um aumento do ruído metálico na parte frontal do motor, especialmente em marcha lenta ou na partida a frio e dificuldade de partida ou falhas de ignição, ocasionadas pelo descompasso entre o comando de válvulas e o virabrequim derivado de folga excessiva na corrente, por exemplo. Dessa forma, a troca da corrente e tensionadores quando eles apresentam desgaste é fundamental para evitar danos nas válvulas do cabeçote e nos pistões, que podem se chocar caso o sincronismo saia do especificado durante o funcionamento do motor.
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