Renova Ecopeças vai ampliar reciclagem de peças em 2026; visitamos operação

Empresa do Grupo Porto já desmontou 30 mil veículos em 12 anos e prevê alcançar 4 mil unidades no próximo ano

A Renova Ecopeças, empresa do Grupo Porto, ao longo destes 12 anos de operações já desmatou mais de 30 mil veículos, que foram comprados principalmente de casos de sinistro da seguradora. Além disso, só em 2025, foram mais de 3 mil desmontes, e a meta para 2026 é chegar a 4 mil veículos. A Revista O Mecânico visitou a operação em São Paulo para ver como funciona o sistema de renovar as peças.

Vale lembrar que todas as peças passam por rastreamento com selo do Detran, em conformidade com a Lei do Desmonte de São Paulo. O processo inclui catalogação, testes com veículo e, também, testes em bancada para classificação em três categorias: Tipo A, sem danos, disponíveis para todos os clientes; Tipo B, com pequenos danos e vendidas apenas para clientes juridicamente habilitados; e Tipo C, destinadas à reciclagem, como pneus danificados, transformados em commodities. Com esse modelo, a empresa reaproveita cerca de 95% do veículo.

Ao todo, ao longo dos últimos a empresa já mandou para reciclagem mais 37 mil toneladas de aço, mais de 24 mil pneus, mais de 11 mil baterias descartadas adequadamente, assim como mais de 1 milhão de peças vendidas.

Os itens ficam disponíveis no site e também na unidade física, que recebe cerca de 150 clientes por dia. Atualmente, 70% das vendas acontecem no balcão e o restante online ou via WhatsApp. As peças contam com garantia de 90 dias e custam, em média, 60% menos do que as originais. O público consumidor se divide igualmente entre pessoas físicas e oficinas mecânicas.

Na avaliação de compra, a Renova paga entre 20% e 25% da Tabela Fipe, ou cerca de 10% quando há danos no motor e câmbio. Além disso, alguns componentes são destinados a fins específicos: o gás de ar-condicionado é doado para o SENAI, enquanto peças contaminadas são entregues a empresas especializadas.

Com vendas em crescimento constante, a empresa prepara a ampliação da estrutura para aumentar a capacidade em 2026, reforçando o modelo de economia circular dentro do Grupo Porto.

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