quinta-feira, 31 de julho de 2025

ZF aprimora ferramenta de calibração de chassis

Software pode ser usado por fabricantes para ajustar comportamento do veículo de forma mais rápida

 

 

A ZF apresentou uma atualização de sua plataforma para desenvolvimento de veículos, chamada de cubiX. Denominado de cubiX Tuner, o software agora pode ajudar a otimizar a calibração de atuadores de chassi durante o processo de desenvolvimento de veículos.

 

 

Os atuadores eletrônicos de chassi são fundamentais para garantir aceleração, frenagem e estabilidade durante as curvas. Assim, a ferramenta da ZF permite conectar e gerenciar atuadores em tempo real, fazendo alterações de forma precisa e ajudando a calibrar cada atuador do veículo.

André Engelke, chefe do setor de controle de movimento do veículo, disse: “O cubiX Tuner simplifica muito as comparações de antes e depois, pois o carro não precisa mais ser testado na pista para cada alteração de parâmetro.”

 

 

A ZF informou que o novo cubiX Tuner será disponibilizado para as montadoras em versões de computador e celular. Essa última poderá ser usada por meio de um aplicativo compatível com Apple CarPlay e Android Auto, para facilitar o uso durante testes com o veículo.

 

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Recentemente lançado, a manutenção do Volkswagen Tera TSI é muito diferente do VW Polo?

Desenvolvido sob a plataforma MQB A0, o Volkswagen Tera High utiliza o motor 170 TSI, com os mesmos dados do Polo 

 

texto Vitor Lima   fotos Diego Cesilio  

 

Com pouco tempo de mercado, o Volkswagen Tera tem a missão de disputar as vendas na categoria de B-SUV, onde estão concorrentes como Renault Kardian e Fiat Pulse, ambos já analisados nas edições 360 e 371, respectivamente. Vale lembrar que a versão analisada do Fiat Pulse possui motorização com sistema híbrido de 12V, solução que o rival francês e alemão não possui. 

Porém, o Volkswagen Tera chegou ao mercado com duas opções de motorização; a versão de entrada MPI utiliza o conhecido motor 1.0 MPI de 84 cavalos de potência e 10,3 kgfm de torque em conjunto com um câmbio manual. Já as demais versões têm embaixo de seu capô o motor 170 TSI, também já conhecidos no mercado e dos mecânicos, com 116 cv e 16,8 kgfm de torque. As versões com motor 170 TSI podem contar com câmbio manual de 5 marchas ou transmissão automática de 6 marchas.

A Revista O Mecânico teve a oportunidade de analisar a versão High que conta de série com controle adaptativo de velocidade e distância (ACC), frenagem autônoma de emergência para ACC (AEB), assistente para partida em subidas (HHC – Hill Hold Control), sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, sensor de chuva, controle eletrônico de estabilidade (ESC), controle de tração (ASR) e bloqueio (EDS).

Com 4.151 mm de comprimento, 1.777 mm de largura, 1.504 mm de altura e 2.566 mm de distância entre eixos, o Volkswagen Tera tem porta-malas com capacidade para 350 litros e reservatório do tanque de combustível de 49 litros. 

Faróis dianteiros e lanternas traseiras são em LED, a direção é elétrica com ajuste de altura e profundidade, o painel de instrumentos de 10,25 polegadas é digital e a central multimídia VW Play Connect de 10,1 polegadas permite conexão sem fio aos sistemas Android Auto e Apple CarPlay. 

A versão High parte de R$ 139.990 e, para analisar as condições de manutenção do novo carro da Volkswagen, a revista O Mecânico contou com o auxílio de Ulisses Miguel, coordenador Técnico da Revista O Mecânico e proprietário da oficina Mecânica de Autos Prof Xará, localizada em São Caetano do Sul, São Paulo. 

Capô aberto 

Após abertura do capô, Ulisses analisou a dupla chapa (1) que compõe a tampa. “Talvez essa dupla chapa seja para evitar temperaturas altas no capô, ou até para reforço da estrutura do próprio capô”. 

O mecânico ainda comentou sobre a borracha que tem no capô (2). “Há borracha no capô e também na parte do cofre do motor. Mesmo com essa borracha, a grade, acaba passando pó, alguma impureza”. 

No que diz respeito a motorização, estruturalmente nada muda. O motor EA211 170 TSI é utilizado no Volkswagen Tera. Ao olhar a disposição dos componentes, uma diferença notada é na parede corta-fogo que, ao invés de ter apenas o revestimento mais centralizado, vai de um lado das torres do amortecedor até o outro. 

Para o profissional, a escolha do motor 170 TSI no Tera, ajuda na diminuição das vibrações por conta de a potência ser menor, em comparação aos motores 200 TSI, característica dos motores 3 cilindros. “Menos potência resulta, consequentemente, em menos vibração”.

Por ser um motor que está há anos no mercado e, já é conhecido do mecânico, Ulisses acredita que não há dificuldades para os profissionais trabalharem no Volkswagen Tera. Um dos serviços mais comuns que é realizado neste motor é a substituição da correia de sincronismo. “É perceptível o bom espaço para execução deste serviço. Você precisa retirar o coxim e outros componentes para, de fato, acessar as correias. Há um kit de ferramenta necessário para colocar o motor em sincronismo. O acesso é bom, não fica apertado para o  
mecânico trabalhar”. 

No sistema de arrefecimento, o profissional destacou o reservatório do líquido de arrefecimento (3) que possui um sensor de nível. Este que é responsável por informar no painel de instrumentos quando o nível de fluido estiver baixo ao condutor. O acesso ao eletroventilador não parece ser difícil para o mecânico. 

Próximo do reservatório, as válvulas de serviço do sistema de ar-condicionado, tanto a linha de alta, quanto a linha de baixa, estão fáceis ao mecânico. O pressostato fica logo abaixo das linhas e, caso haja necessidade de substituição, sua localização foi facilitada. 

De acordo com Ulisses, o coxim lateral do motor (4) é o mesmo utilizado para os motores  200 TSI.

Ao lado da estrutura dedicada a torre do amortecedor direito do veículo, está o módulo do sistema ABS (5). Este componente não tem acesso facilitado ao mecânico, o que exige um pouco mais de trabalho no momento de verificações ou intervenções no sistema. Porém, é uma localização mais protegida, diferente de modelos no mercado que trazem o módulo localizado logo atrás do para-choque frontal.

Para o mecânico acessar componentes como, velas e bobinas de ignição, além dos injetores de combustível, é necessário a retirada a caixa do filtro de ar (6), que fica localizada logo acima do motor. 

O profissional expôs sua ideia para que as montadoras possam melhorar o acesso a fixação superior dos amortecedores, quando há acabamento em plástico (7) cobrindo-as. “Se você vai realizar alguma intervenção na suspensão, é preciso soltar a torre do amortecedor. Aqui no Tera, requer a retirada dessa ‘grelha’. Enquanto novo, ela não apresenta problemas, mas, depois de alguns anos ela estará ressecada e, ao retirar, pode acontecer que ela quebre. Para evitar esse tipo de problema, poderia ter alguma tampa ou solução que permitisse o acesso direto a fixação superior dos amortecedores sem há necessidade da retirada de todo o acabamento plástico”. 

Para o sistema de frenagem, o reservatório do fluido de freio (8) está próximo a bateria de 12V, assim como uma intervenção no cilindro mestre, ou verificação no servo freio são simples de executar. 

O módulo de injeção (9) apresenta um reforço envolto do componente, assim como já observado em outros veículos da Volkswagen. De acordo com Ulisses, essa proteção é para dificultar e evitar furtos do componente. “Isso é para evitar que venham com outro módulo e coloquem no lugar do componente furtado. Esses parafusos são apertados na fábrica até quebrarem, para serem retirados há necessidade de furá-los, o que não é tão simples como o módulo sem essa proteção”. 

Undercar 

Avaliando o conjunto de suspensão dianteira, o sistema McPherson conta com bieleta de polímero plástico (10), pivô parafusado (11), o que ajuda no momento de substituições, sem novidades do que já é conhecido pelo mecânico. 

Como não há chapas de proteção abaixo do cárter e caixa de transmissão (12), o acesso ao filtro de óleo (13) e bujão do cárter são fáceis, permitindo agilidade ao mecânico na execução do serviço de troca de óleo e filtro do motor. 

O coxim ou restritor de torque do câmbio (14) é fixado no agregado de suspensão e também não há dificuldade para verificações do componente. 

Na linha de escapamento, que tem ao longo de sua extensão uma malha flexível, catalisador central, acompanhado de um silencioso central (15) e silencioso no fim do sistema, em volta do túnel central há proteções térmicas para evitar que passe o calor gerado pelo sistema de escape para a cabine. 

Para suspensão traseira, a Volkswagen optou por utilizar um eixo de torção, com molas helicoidais (16). Como houve problemas no passado com o eixo de suspensão traseira dos Volkswagen Virtus, que também utilizam a plataforma MQB, uma dica é, sempre que subir o veículo no elevador, analise como está o eixo traseiro, se o mesmo possui algum início de trincas.

Os freios traseiros são de disco sólido e o freio de estacionamento é a cabo (17)

Ao fim da análise, Ulisses gostou do aspecto geral da manutenção do Volkswagen Tera High. “Mesmo com a questão da torre do amortecedor, que é necessário a retirada do acabamento plástico para acessar a fixação superior, a manutenção em geral do Tera é fácil. Não é necessário o uso de ferramentas especiais, com exceção do sistema se sincronismo”. 

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Governo antecipa imposto para carros elétricos SKD e cria exceção de seis meses para a BYD

Medida atende à pressão da Anfavea e mantém incentivos à fábrica da marca chinesa na Bahia

 

 

O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) decidiu antecipar para janeiro de 2027 a aplicação da alíquota máxima de 35% de imposto de importação sobre veículos elétricos e híbridos importados em forma de kits desmontados (SKD e CKD). Pelo cronograma anterior, essa taxação só passaria a valer em julho de 2028 o que representa uma antecipação de 18 meses.

 

 

A medida atende em parte ao pleito da Anfavea, associação que representa as montadoras instaladas no Brasil, que vinha pressionando o governo a acelerar a tributação sobre modelos eletrificados, inclusive os que chegam desmontados. A decisão deve impactar diretamente marcas como BYD, GAC, Geely, Omoda & Jaecoo e Zeekr, que estudam com importação parcial de componentes. Além da BYD, a GAC e também Omoda & Jaecoo buscam formas de nacionalizar a produção.

 

 

BYD recebe regime especial

 

Apesar da antecipação do imposto, o governo atendeu também ao pedido da BYD, que solicitava um regime especial para a fase inicial de montagem de veículos em sua fábrica de Camaçari (BA). A empresa alegou que o incentivo seria fundamental para o início da produção, que começa em regime SKD — com carrocerias pintadas e parcialmente montadas na China, finalizadas no Brasil — e migrará futuramente para CKD, com nacionalização completa da montagem em cinco anos, segundo a empresa.

O regime especial garante isenção do imposto de importação por seis meses, com uma cota de US$ 463 milhões (cerca de R$ 2,58 bilhões) para importação de componentes sem tributação.

 

 

Reação da indústria nacional

 

A Anfavea se manifestou contra a flexibilização para a BYD e defende que a antecipação da alíquota deveria se aplicar a todos os modelos desmontados. Segundo a entidade, esse tipo de operação não estimula a cadeia produtiva nacional, pois utiliza poucos componentes locais e tem custos reduzidos de montagem.

O posicionamento recebeu apoio de grandes montadoras como Toyota, GM, Volkswagen e Stellantis (que representa Fiat, Jeep, RAM, Peugeot e Citroën). As fabricantes assinaram uma carta enviada ao presidente Lula, alertando que os R$ 180 bilhões em investimentos previstos no Brasil estariam sob risco, caso houvesse diferenciação no tratamento tributário.

 

 

A mobilização foi reforçada por sindicatos, como CUT e Força Sindical, e também por entidades do setor de autopeças, como Abipeças e Sindipeças, que defendem maior nacionalização da produção e proteção à indústria local. Além de 25 fabricantes, há pouco mais de 500 fabricantes de peças instalados no país.

 

 

Resposta da BYD

 

Em resposta, a BYD afirmou que a isenção é temporária e faz parte de uma estratégia para viabilizar a produção local. A marca promete atingir até 70% de conteúdo nacional em cinco anos. Em nota assinada pelo vice-presidente sênior Alexandre Baldy, a empresa criticou abertamente a postura das concorrentes.

“Pedem com todas as letras que o governo impeça a redução temporária dos impostos para quem ousa oferecer carros melhores por um preço mais justo”, diz o documento, que classifica as rivais como “dinossauros” do setor automotivo.

 

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quarta-feira, 30 de julho de 2025

AutoZone inaugura três novas lojas em Agosto no Brasil

Uma unidade está localizada em Curitiba (PR), enquanto outras duas estão na cidade do Rio de Janeiro (RJ)

Divulgação/AutoZone
Divulgação/AutoZone

 

A AutoZone, com foco no seu plano de expansão, fará inauguração de mais três lojas no Brasil no mês de agosto. As unidades estão localizadas nas cidades de Curitiba e Rio de Janeiro.

Em Curitiba, a nova unidade encontra-se na Avenida Comendador Franco 6237, no Jardim das Américas.

Já no Rio de Janeiro, as duas unidades estão localizadas em Vila Isabel, rua Maxwell, 477 e em Cascadura, Avenida Dom Hélder Câmara, 9606.

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Como analisar o sinal elétrico do eletro ventilador – Motor 1.5 L15A3 Honda

Motor equipou diversos veículos da fabricante japonesa

 

 

Para manter o motor em sua temperatura ideal de trabalho, o eletro ventilador pode ter seu funcionamento modulado através do controle da tensão elétrica aplicada nele. Assim, para ajudar a diagnosticar esse comportamento, a revista O Mecânico mostra como analisar os sinais elétricos do eletro ventilador do motor L15A3.

Na Honda, o motor L15A3 equipou diversos veículos, incluindo o Fit, City e WR-V. Com quatro cilindros e sistema i-Vtec, ele desenvolvia 116 cv de potência a 6000 rpm e 15,3 kgfm de torque a 4800 rpm.

A análise dos sinais elétricos do eletro ventilador consiste em comparar o formato do sinal e os valores obtidos no veículo em teste, comparando com os valores de referência. A primeira situação é com o motor em marcha lenta e aquecido e o eletro ventilador em velocidade baixa.

 

 

A próxima análise é feita também com o motor em marcha lenta e aquecido, mas com o eletro ventilador em velocidade máxima e com ar-condicionado ligado.

 

 

Mecânico Pro

 

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Tesla fecha acordos com a LG Energy e Samsung

 

A Tesla anunciou hoje uma parceria estratégica com a LG Energy Solution no valor de US$ 4,3 bi, cerca de R$ 23 bilhões para o fornecimento de baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP) para as fábricas dos Estados Unidos. Além das baterias, os chips serão fornecidos pela Samsung em outro acordo ainda maior. A decisão foi tomada por Elon Musk ainda na época em que a China e EUA passaram por um preços de negociação de tarifas o que poderia aumentar o custo de produção dos carros nas “Giga Factory” norteamericanas.

Com os tarifaços impostos por Donald Trump, apesar do acordo fechado entre EUA e China, a Tesla quer reduzir os riscos e assim terá fornecedores de baterias com produção “nacional”.

 

 

O acordo de fornecimento começa, porém, só em 2027 e vai até 2030 mas pode ser estendido por mais sete anos. A LG vem ampliando a capacidade de produção e montagem de packs de baterias nos Estados Unidos para poder atuar com os planos das montadoras norteamericanas.

A Tesla também celebrou acordo recente com a Samsung, que irá fornecer US$ 16,5 bilhões em chips, cerca de R$ 92 bilhões nos próximos anos. Assim, a Tesla passa a atuar em parceria tecnológica com os sul-coreanos evitando os chineses, ainda que tenha fábrica e seu maior mercado esteja na China e não nos Estados Unidos.

 

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Troca do coxim, batente e amortecedor no Honda Fit 2008: Passo a passo

Ruído na dianteira persistia no modelo mesmo após manutenção em diversas oficinas, mas com o diagnóstico detalhado foi possível ver a falha no coxim e montagem inadequada 

texto Felipe Salomão   fotos Diego Cesilio 

 

A equipe da Revista O Mecânico acompanhou um procedimento completo de diagnóstico e manutenção no sistema de suspensão dianteira de um Honda Fit 2008, com mais de 160 mil km rodados. O veículo apresentava ruído persistente mesmo após reparos anteriores e sendo um veículo fácil de se encontrar no dia a dia do profissional mecânico resolvemos detalhar as boas práticas de diagnóstico, ouvindo técnicos experientes e ao mesmo tempo mostrando o passo a passo da operação. Essa pauta foi conduzida com a participação do especialista Alexandre Parise, supervisor técnico da KYB, que durante o diagnóstico detalhado analisou a falha no funcionamento do coxim e montagem inadequada dos componentes. Nesse passo a passo, foi realizada a troca do coxim, batentes e amortecedores dianteiro do compacto da Honda. Inclusive, o vídeo completo com todas as opiniões do especialista e o passo a passo detalhado estão no canal do YouTube: basta clicar no link para acompanhar o conteúdo. 

Diagnóstico detalhado

O ruído relatado pelo cliente se mantinha mesmo após substituições anteriores de peças. Desta forma, a inspeção começou com o veículo no solo, verificando o comportamento da suspensão ao balançar o carro manualmente, além de ser avaliados componentes como buchas, bieletas, amortecedores, coxins e os coxins do trem de força, que podem gerar ruídos semelhantes. 

Segundo Parise, um erro comum é diagnosticar o ruído apenas com o veículo suspenso no elevador. “O ideal é fazer os testes com o carro apoiado ao solo ou sobre uma vala para reproduzir as condições reais de uso”.  

O especialista da KYBD também destaca que o diagnóstico correto evita retrabalho e aumenta a confiança do cliente na oficina. Peças com especificações de montadora e montagem sem adaptações garantem durabilidade ao serviço realizado. “Quando o mecânico explica o que fez e resolve o problema sem improviso, o cliente volta e ainda indica o serviço”, afirma Alexandre Parise.

 

Procedimento de desmontagem da coluna de suspensão

 

1) Com o veículo ainda no solo, foi quebrado o torque da porca do coxim com chave Allen 6 mm e chave 17. Em seguida, o carro foi levantado e a roda foi removida. 

 

2) A bieleta foi solta com chave Allen 5 mm e chave 17. Já a fixação inferior do amortecedor foi retirada com duas chaves 17. 

 

3) Todos os cabos do sistema de ABS e o flexível do freio foram mantidos afastados para evitar danos. 

Análise dos componentes removidos

Durante a desmontagem da coluna na morsa, foi identificada uma adaptação inadequada no coxim, com o uso de pedaço de câmara de ar para tentar eliminar a folga. Com isso, o rolamento estava desmontado, com esferas soltas, o que explicava o ruído contínuo durante o uso do veículo. 

Ademais, o coxim apresentava deslocamento da peça central e perda de elasticidade na borracha, o que compromete o funcionamento. Também estava com problemas, o batente de poliuretano, uma vez que estava desgastado e esfarelando, com indícios de contaminação no amortecedor. 

Substituição de componentes

O amortecedor foi substituído preventivamente, considerando a quilometragem, sendo que o componente novo que foi escorvado antes da montagem. O Honda Fit 2008 também recebeu um novo kit de proteção (batente e coifa), rolamento compatível com o projeto e coxim de especificação correta. A montagem foi feita com ferramentas manuais e o torque final foi aplicado com torquímetro. 

 

Reinstalação

 

4) A coluna foi reinstalada no veículo. A fixação superior recebeu torque conforme a especificação da fabricante do veículo. 

 

5) A bieleta foi apertada com torque de 6 kgfm e a fixação inferior, com 12 kgfm.

 

6) A altura do prato superior da mola foi verificada, pois diferenças nesse ponto podem gerar novos ruídos. 

Cuidados adicionais

As buchas superiores devem ser montadas com os bicos desencontrados. Montagens incorretas podem gerar ruídos após a troca. Por sua vez, os ruídos no eixo traseiro podem indicar rachaduras nas extremidades ou nas soldas, sendo necessário substituir o eixo em casos confirmados. Portanto, é importante evitar o uso de ferramentas pneumáticas durante a desmontagem, pois podem danificar internamente os amortecedores e coxins.

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