Dados do Instituto Combustível Legal revelam aumento de 18% em casos de adulteração
A qualidade do combustível é um fator essencial ao bom desempenho dos automóveis, assim como para a durabilidade dos componentes. Em 2024, os problemas gerados por combustíveis adulterados atingiram mais de 643 mil veículos, em 18 estados, de acordo com levantamento do Instituto Combustível Legal (ICL).
A NTK compartilha como combustíveis adulterados ou fora das especificações causam danos diretos e indiretos ao automóvel:
1- Gasolina com baixa octanagem: pode causar combustão anormal, elevando temperatura e pressão na câmara de combustão, o que danifica o motor e as velas de ignição. Já os aditivos para elevar a octanagem, como o óxido de ferro, provocam acúmulo de resíduos nas velas, sensores de oxigênio e catalisador, comprometendo a isolação elétrica e a eficiência do sistema. Esse tipo de contaminação, cada vez mais comum no Brasil, é identificado por resíduos avermelhados nas peças e pode também acelerar o desgaste de bombas de combustível e injetores.
2- Gasolina envelhecida: Quando armazenada corretamente, mantém suas propriedades por até três meses. Após esse período, acontece dificuldade na queima, o que contribui com danos nas velas de ignição, além de formar resíduos que obstruem os injetores, dificultando a partida do motor.
3- Etanol com excesso de água ou acidez elevada: principal responsável pela contaminação do etanol, no Brasil o etanol hidratado usado como combustível contém, em média, de 5% a 6% de água em sua composição. Esses contaminantes comprometem diretamente o desempenho do sistema de ignição, prejudicando a queima do combustível, e ainda aceleram a corrosão e o desgaste de peças metálicas, como bicos injetores, válvulas e câmaras de combustão, reduzindo a vida útil do motor e aumentando os custos de manutenção.
“Mesmo sistemas equipados com proteção contra contaminação tendem a perder a eficiência, quando expostos a combustíveis fora do padrão de maneira contínua”, explica Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da Niterra do Brasil. “Muitas vezes, os sinais de falha ou de mau funcionamento desses sensores surgem de maneira gradual, o que dificulta a identificação imediata”.
Entre os sintomas mais comuns estão o aumento no consumo de combustível, dificuldade na partida, especialmente com o motor ainda frio, perda de desempenho nas acelerações e o acendimento da luz de injeção no painel, indícios que costumam surgir de maneira progressiva, exigindo atenção para evitar danos mais graves ao sistema de injeção.
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