Especialista da DRiV explica os cuidados a serem tomados na manutenção do conjunto
A interação entre molas e amortecedores é um dos principais fatores que garantem o equilíbrio do veículo em movimento. Juntos, esses componentes são responsáveis por assegurar a estabilidade em curvas e frenagens, além do contato contínuo dos pneus com o solo. No entanto, quando um deles apresenta problemas, essas condições podem ser prejudicadas e trazer riscos à eficiência do conjunto e à segurança.
O supervisor técnico da DRiV, Juliano Caretta, destaca os principais pontos que devem ser observados sobre o papel desses componentes e sua manutenção.
Projetadas para absorver os impactos gerados pelas irregularidades do solo, as molas sustentam o peso do veículo e armazenam a energia gerada pelas movimentações da carroceria. Mas sua operação não ocorre solitariamente. Para dissipar a energia recebida pelas molas e evitar as oscilações excessivas que possam comprometer a dirigibilidade, se faz necessário o uso dos amortecedores. “Sem o amortecedor, a mola continuaria oscilando após cada impacto, fazendo com que o veículo ‘quicasse’ de forma descontrolada”, explica Juliano Caretta.
Essa atuação em conjunto se torna ainda mais crítica em situações adversas, como curvas em alta velocidade, frenagens bruscas ou pisos irregulares. Um sistema inadequado ou avariado compromete sensivelmente o controle do motorista sobre o veículo em situações adversas, aumentando o risco de acidentes.
Mesmo em boas condições, um amortecedor pode ter sua eficiência comprometida, se estiver funcionando com uma mola defeituosa ou deteriorada. Um estudo realizado pela Universidade de Dresden, na Alemanha, em 2024, demonstrou que veículos compactos e médios em pistas planas e irregulares, equipados com kits de amortecedores com defeito ou desgastados, precisam de uma distância 30% superior para frearem.
Nesse caso, é muito importante garantir que todo o conjunto esteja em perfeitas condições. Ao substituir apenas um dos itens, geralmente o amortecedor, e manter uma mola desgastada ou de especificação incorreta, o mecânico corre o risco de comprometer a geometria da suspensão, provocar ruídos e instabilidade, e acelerar o desgaste de pneus e outros componentes.
Já o uso de uma mola fora da aplicação ideal pode causar mergulho excessivo nas frenagens, altura desigual da carroceria e até perda de contato do pneu com o solo. “Não adianta trocar os amortecedores e manter o jogo de molas antigo. O rendimento de um depende diretamente da eficácia do outro”, complementa Caretta. Por isso, o profissional recomenda que, a substituição das peças sempre ocorra em conjunto, evitando assim problemas futuros.
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