A pandemia de Covid-19 mudou a vida de todo mundo. E mesmo tendo autorização para manter as portas abertas durante a quarentena, a rotina do “Guerreiro das Oficinas” teve que ser ajustada a essa nova realidade. Afinal de contas, as contas precisam ser pagas. E como muitos clientes dependem dos seus veículos para ganhar o seu sustento e ainda não é possível fazer reparos de forma remota (pelo menos não a maioria deles), é preciso continuar trabalhando.
Mas que fique bem claro: continuar trabalhando com absoluta segurança. Não só dentro da oficina, mas também na hora de chegar e ir para casa. É preciso resguardar a família. Não é difícil. Já conversamos detalhadamente sobre isso no artigo da edição anterior da Revista O Mecânico (ed. 312, Abril/2020).
Mas enquanto as coisas não voltam ao normal (e não sabemos quando irão voltar) é preciso seguir em frente, e tentar fazer uma boa “limonada” com esses “limões bem azedos” que nos foram arremessados.
Sim, a oficina está trabalhando. Em um ritmo diferente (talvez um pouco menor), mas está. Nessa hora é preciso lembrar que tem gente em situação muito pior: não pode sequer abrir as portas.
No entanto, o tempo se tornou mais precioso. E a razão é simples: se o cliente não pode vir até nós, vamos até ele. E isso demanda mais tempo. E o trabalho de “bastidor” (atualização do mecânico e da oficina) deve ser deixado de lado? De forma alguma!
O mecânico pode e deve continuar a se atualizar. E a educação a distância (EAD) é uma ferramenta poderosa e muito eficiente. Muito se engana quem pensa que o ensino a distância não tem qualidade. Mas é preciso separar o “joio do trigo”. Estamos no século 21!
Estudar a distância não é mais ler apostilas que são enviadas por correio eletrônico. O material das boas instituições inclui animações, vídeos demonstrativos, roteiros para realização de diagnósticos e solução de problemas, contato com tutores experientes, vídeos e até mesmo “lives”. É claro que não é possível “por a mão na massa” naquele momento. Mas se a qualidade do material (mídia) é boa, pode ter certeza: funciona. Ah, e não se preocupe: as empresas estão empenhadas em fornecer treinamento nessa modalidade: maior abrangência e custos menores. Mas é preciso saber selecionar.
MOMENTO DE SE ORGANIZAR
Outra boa prática que pode ser exercida durante uma queda de movimento é fazer uma bela “arrumação” na empresa. Sim! Aplicar um “5S” não só na parte operacional como na administrativa. Acredite: quando terminar você vai notar que a oficina tem mais espaço do que você pensava.
E aquela ferramenta especial que estava sumida, que você tinha certeza de que tinha sido furtada ou emprestada e não devolvida: vai aparecer. Isso sem falar numa revisão geral dos elevadores e ferramentas. A hora é essa!
E que tal dar “um trato” na “viatura” da oficina? Sim, aquela cujo conserto sempre fica para depois? O mesmo pode ser feito com o carro dos colaboradores.
Se houver um dinheirinho sobrando, este é um excelente momento para negociar aquela atualização do scanner ou adquirir aquele equipamento que estava faltando (as vendas estão em baixa…). Ou talvez terminar o projeto “daquele” dispositivo especial que estava sendo construído. Quem sabe, consertar “aquele” vazamento da pia, trocar “aquele interruptor” defeituoso. Sim, sempre tem algo que possa ser consertado e que, durante o movimento normal, nunca há tempo.
Muitas dessas atitudes requerem pouco ou nenhum investimento financeiro. Na maioria dos casos, apenas o tempo ocioso da mão de obra que já esta sendo paga.
O importante é não se deixar abater pelo desânimo e manter a “bola em jogo” e desfrutar da “limonada”. A pandemia vai passar. E um dia tudo isso será apenas assunto de mais uma “rodada” com os amigos.
Por Fernando Landulfo
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