sexta-feira, 29 de maio de 2020

Margem consignável: saiba como calcular

O crédito consignado é uma das principais opções de empréstimo no mercado para quem tem um emprego CLT, é funcionário público ou aposentado. No entanto, para poder usufruir ao máximo dessa ferramenta, é importante entender o que é margem consignável.

Esse termo aparece muito quando falamos de crédito consignado pois é essencial para entender o orçamento de cada pessoa, saber quanto cada um pode emprestar e evitar o endividamento. Para se ter uma noção, atualmente o Brasil tem mais de 63 milhões de inadimplentes.

Por isso, não dá para planejar corretamente o uso do empréstimo consignado sem saber qual é a sua margem consignável. Quer saber mais sobre o assunto? Então siga a leitura do artigo abaixo!

Afinal de contas, o que é margem consignável?

Para entender o que é margem consignável, precisamos em primeiro lugar relembrar como funciona o empréstimo consignado.

O crédito consignado é uma opção de empréstimo no qual a prestação mensal é descontada diretamente da folha de pagamento do trabalhador, aposentado, pensionista ou servidor público.

Por causa disso, é um tipo de crédito com risco reduzido para o banco e, portanto, juros menores para as pessoas.

No entanto, não é possível pegar créditos consignados indefinidos e nem valores cujas prestações sejam altas demais. Afinal, parte do seu salário fica comprometido com o crédito.

Se essa parte for grande demais, pode prejudicar as suas contas mensais e o sistema de redução de risco vira ao contrário, uma vez que faz com que o tomador não consiga sobreviver e se torne inadimplente em outras áreas.

Portanto, existe uma certa quantia do salário mensal de uma pessoa que pode ser usado para pagar a prestação de um empréstimo consignado. Essa quantia é a margem consignável.

Na prática, a margem consignável total é de 35% da renda mensal do tomador do empréstimo, sendo que 5% é para o uso exclusivo do cartão de crédito consignado e os outros 30% são para o empréstimo em si.

Ou seja: suponha que você está aposentado e recebe R$2.500,00 de aposentadoria. Nesse caso, a parcela máxima que poderia pagar em um empréstimo seria de R$750,00, mas ainda poderia usar R$125,00 no cartão de crédito consignado.

Dessa forma, podemos definir a margem consignável em duas partes:

  • Margem de 30%, que é o valor que pode ser usado para pagar um ou mais empréstimos feitos pelo tomador;
  • Margem de 5%, que é o valor usado exclusivamente pelo cartão de crédito consignado, incluindo fatura ou saques em dinheiro.

Como calcular a margem consignável de uma pessoa?

Agora que você já entendeu o que é margem consignável, ficou bem mais fácil entender como calculá-la. Afinal, basta usar uma fórmula simples para isso:

(Valor líquido da renda, salário ou benefício do tomador / 100) * 30.

Essa fórmula entrega a margem consignável de 30% para pagar a parcela do empréstimo de cada pessoa. Já para achar os 5% exclusivos do cartão de crédito, é só usar a mesma fórmula mas substituir o 30 por 5. Fica assim:

  • (Valor líquido da renda, salário ou benefício do tomador / 100) * 30.

Quer ver um exemplo prático para entender como fazer a conta? Vamos supor que um servidor público que ganha R$7.500,00 quer pegar um empréstimo consignado para fazer um curso que vai aprimorar suas capacidades e torná-lo mais produtivo.

Esse servidor, então, quer saber qual a sua margem consignável para saber em quantas vezes poderá parcelar o empréstimo. Para isso, ele usa a conta acima:

  • (7.500 / 100) * 30;
  • 75 * 30;
  • 2.250.

Ou seja: a margem de 30% do servidor público é de R$2.250,00, o que significa que suas parcelas do empréstimo poderão ser, no máximo, desse valor. Já a margem de 5% para o cartão de crédito é de R$375,00.

No entanto, imagine que o servidor público já tem um crédito consignado que consome R$1.000,00 do seu salário. Isso significa que a sua margem livre é de R$1.250,00.

Margem livre, no caso, é quanto da margem consignável está disponível no momento. Para achá-la, basta subtrair as parcelas atuais da margem total.

E margem negativa, o que é?

Neste artigo, você já aprendeu vários conceitos. Vamos relembrá-los:

  • margem consignável: total de 35% da renda da pessoa que pode ser destinado ao empréstimo consignado;
  • margem de 30%: total de 30% da renda que pode ser usado para as parcelas do crédito consignado;
  • margem de 5%: total de 5% da renda que só pode ser usado para o cartão de crédito consignado;
  • margem livre: parte da margem consignável que está disponível para uso.

Antes de nos despedirmos, no entanto, existe um último conceito a aprender: o de Margem Negativa. Nesse caso, trata-se de uma situação rara em que a parcela do crédito consignado fica maior do que a margem consignável da pessoa.

Isso não costuma acontecer, mas pode ocorrer por erro de cálculo da margem consignável, por descontos não-autorizados no contracheque ou outras situações.

Nesse caso, para evitar que o banco cancele o contrato, o ideal é buscar por um refinanciamento ou uma portabilidade de crédito para outra instituição financeira.

E aí, aprendeu o que é margem consignável? Agora você já está mais preparado para lidar com um empréstimo consignado com menor risco de inadimplência.

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