Desempenho, consumo de combustível e custos de manutenção são afetados por essa escolha da fabricante
Atualmente, a grande maioria dos motores a combustão têm quatro válvulas por cilindro. Porém, os motores mais antigos possuíam duas válvulas, enquanto alguns motores de performance chegaram a ter até cinco delas. Assim, nessa matéria a Revista O Mecânico irá abordar as vantagens e desvantagens de cada uma dessas configurações.
Começando com os motores que possuem duas válvulas por cilindro, nessa configuração o torque em baixa rotação é privilegiado, sendo especialmente útil em motores de menor capacidade cúbica, como os 1.0 e 1.6 mais antigos. Além disso, o custo de manutenção do cabeçote é menor, devido ao número reduzido de componentes. Nos dias atuais, um motor que mantém essa característica é o 1.0 da família Firefly, do grupo Stellantis, que equipa carros como Fiat Argo, Peugeot 208 e Citroen C3.
Os motores de performance, como o 1.8 turbo que equipou o Audi A3 8L e o 1.6 4A-GE que equipou o Toyota AE86, possuíam cinco válvulas por cilindro. Essa configuração privilegiava a potência em alta rotação, sacrificando o torque em baixos giros. Devido ao maior custo e a complexidade elevada, essa configuração foi abandonada nos motores atuais.
Por fim, a configuração mais comum nos automóveis modernos é a de quatro válvulas por cilindro. Ela se tornou comum devido ao fato de que balanceia o torque em baixa rotação e a potência em alta, além de atender mais facilmente os requisitos de emissões de poluentes vigentes. O custo de manutenção é um pouco superior aos motores com duas válvulas, mas o ganho em desempenho e menor índice de emissões compensa esse fator negativo.
Dessa forma, as fabricantes de automóveis buscam equilibrar os custos de fabricação, manutenção e os requisitos do projeto na hora de desenvolver o cabeçote do veículo. Também, como os turbocompressores se tornaram itens comuns nos carros atuais, o ar comprimido compensa o torque e ajuda na potência, permitindo o uso de cabeçotes mais simples e baratos de produzir.
The post Como a quantidade de válvulas do cabeçote influencia no desempenho do motor appeared first on Revista O Mecânico.
Como a quantidade de válvulas do cabeçote influencia no desempenho do motor Publicado primeiro em http://omecanico.com.br/feed/
Nenhum comentário:
Postar um comentário