sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Volkswagen inicia ciclo de eletrificação com híbridos flex feitos em SBC

 

A Volkswagen do Brasil confirmou o início da fase industrial de eletrificação de sua linha de veículos desenvolvidos na América do Sul. A partir de 2026, todos os novos projetos da marca contarão com versões eletrificadas — incluindo sistemas mild-hybrid (MHEV), híbrido convencional (HEV) e plug-in hybrid (PHEV).

Só nesta fase o investimento é R$ 2,3 bilhões para implantar tecnologias híbridas na planta do ABC paulista onde os novos T-Cross e Nivus serão produzidos.

 

 

O primeiro veículo a adotar o novo sistema será o T-Cross, em 2026, seguido pelo Nivus, em 2027. Ambos serão montados na plataforma MQB37, atualizada para receber conjuntos híbridos flex e novos módulos de propulsão. Essa base é compatível com o uso de etanol como combustível primário, associado ao motor elétrico auxiliar para ganhos de eficiência e redução de emissões.

Segundo a Volkswagen, o sistema híbrido flex utilizará motor de combustão interna otimizado para etanol com gerador elétrico acoplado, permitindo funcionamento combinado ou independente. O conjunto também poderá recuperar energia de frenagem e armazená-la em uma bateria de íons de lítio de baixa capacidade, semelhante ao conceito adotado em sistemas HEV europeus.

 

 

A engenharia da marca, localizada em São Bernardo do Campo (SP), será responsável pela integração do sistema e calibração de software de gerenciamento energético, compatível com as normas brasileiras de emissões e ruído. A fábrica Anchieta passará por adequações na linha de montagem e nos processos de validação para a produção dos novos modelos.

Para financiar a etapa de desenvolvimento, a Volkswagen firmou uma linha de crédito de R$ 2,3 bilhões com o BNDES, voltada à implementação de tecnologias híbridas, à pesquisa de sistemas ADAS (assistência ao condutor) e à evolução da plataforma de conectividade veicular.

 

 

A operação integra o investimento total de R$ 20 bilhões até 2028, que inclui 21 novos produtos para a região, sendo 17 destinados ao mercado brasileiro. O objetivo é consolidar a base tecnológica para a transição da marca rumo à mobilidade elétrica com biocombustíveis, aproveitando o etanol como vetor de descarbonização.

A Volkswagen do Brasil é a principal exportadora do setor automotivo nacional, com mais de 4,4 milhões de veículos embarcados desde 1970 para 147 mercados, e amplia agora sua capacidade técnica com foco em engenharia local e desenvolvimento de sistemas híbridos adaptados à matriz energética brasileira.

 

 

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