sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Entrevista DS: Movimentando-se para o futuro

entrevista DS

Fabricante de componentes para diversos sistemas veiculares, mas conhecida pelas peças para injeção e alimentação de combustível, a DS celebra 50 anos de sua fundação. Com sede em São José do Rio Preto, interior do estado de São Paulo, a empresa tem em seu nome as iniciais do mecânico de automóveis que a criou, em 1971, para produzir peças de carburador para o Simca Chambord, as quais tinha dificuldade de encontrar.

Hoje, a fabricante fica atenta às oportunidades de mercado através do profissional de manutenção. “Nossas pesquisas apontam através deles (mecânicos) o que o mercado está deixando a desejar em qualidade e eles nos pedem para desenvolvermos, analisamos a viabilidade e atendemos”, afirma o diretor da DS, Dorcídio Schiavetto Jr.

 

REVISTA O MECÂNICO: A DS tem uma extensa gama de sensores e peças para sistemas de alimentação e injeção, mas tudo começou há 50 anos com peças para o Simca Chambord. Por favor, conte-nos um pouco sobre a origem da empresa.

DORCÍDIO SCHIAVETTO JR.: A DS foi fundada em 1971, na cidade de São José do Rio Preto/SP, pelo meu pai, que era mecânico de automóveis, o Sr. Dorcídio Schiavetto. Especialista na linha de veículos da marca Simca Chambord, ele tinha dificuldade de encontrar peças para o sistema de carburação desses veículos. Devido a esta dificuldade ele iniciou a produção de pequenos lotes desses componentes e passou a vender os produtos no mercado.

O MECÂNICO: Atualmente, como está estruturada a DS como empresa? A fábrica de São José do Rio Preto recentemente passou por uma ampliação, correto?

SCHIAVETTO JR.: Isso, em 2019 inauguramos mais um modulo da fábrica, hoje contamos com 7.800 m² de área fabril, mais de 290 colaboradores, alta tecnologia na produção, sistema de alimentação de energia solar e sempre pensando na vanguarda do segmento. Novos projetos estão por vir.

 

A DS, por ser uma empresa nacional, que produz os seus produtos, consegue atender aos mercados nacional e internacional de forma eficiente

 

O MECÂNICO: Hoje em dia, existe uma peça, ou uma linha de peças, que seja o “carro-chefe” da DS no portfólio da reposição?

SCHIAVETTO JR.: Na verdade, temos algumas linhas, como a válvula solenoide e o sensor de nível de combustível, mas o sensor ABS e nossos recém-lançamentos eletrobomba de partida a frio e eletrobomba de para-brisa já estão despontando.

O MECÂNICO: Como é feito o desenvolvimento das peças da DS? Como a empresa identifica a demanda por novas aplicações de peças no mercado de reposição?

SCHIAVETTO JR.: Temos por cultura buscar desenvolver ao máximo a aplicação das linhas que temos. Porém, para novas linhas, temos ouvido muito a demanda dos aplicadores. Nossas pesquisas apontam através deles o que o mercado está deixando a desejar em qualidade e eles nos pedem para desenvolvermos, analisamos a viabilidade e atendemos.

entrevista DS

O MECÂNICO: Como é a relação da DS com os mecânicos de automóveis? Quais são as principais demandas dos mecânicos em relação às peças da DS e quais ações a fabricante direciona ao público profissional?

SCHIAVETTO JR.: Temos um relacionamento muito próximo com eles, fazemos visitas com nossos promotores, desenvolvemos palestras com nosso Consultor Técnico Alan Diego. Sem contar em ferramentas que desenvolvemos exclusivamente para eles, como nosso programa de fidelidade Mecânico Premiado DS®, que tem como objetivo equipar as oficinas com a troca de pontos por ferramentas para eles utilizarem no dia a dia. Temos o site ds.ind.br que traz todo conteúdo técnico, aplicações e cross dos códigos originais para o código DS, facilitando a identificação do produto correto para a substituição, e agora o recém- -lançado APP, um produto totalmente personalizado, desenvolvido e pensado para os mecânicos, é só buscar nas lojas de app do seu celular por DS Auto, tanto para plataforma IOS ou Android.

O MECÂNICO: Na sua opinião, o mecânico tem influência sobre a escolha da peça que será instalada no veículo? Por quê?

SCHIAVETTO JR.: Com certeza, é ele que indica o produto que será aplicado, ele é o formador de opinião sobre aquilo.

 

Nossas pesquisas apontam através deles (o mecânico) o que o mercado está deixando a desejar em qualidade e eles nos pedem para desenvolvermos, analisamos a viabilidade e atendemos

 

O MECÂNICO: Como você enxerga o mercado de reposição brasileiro neste momento de pandemia? Qual é a perspectiva da DS para o fechamento de 2021?

SCHIAVETTO JR.: A grande dificuldade neste momento está sendo a matéria- -prima, que fez com que os custos de produção aumentassem bastante, porém a DS, por ser uma empresa nacional, que produz os seus produtos, consegue atender aos mercados nacional e internacional de forma eficiente. A alta do dólar e a logística de importação, que está direcionada aos insumos para a pandemia, fizeram com que os importadores tivessem maiores dificuldades de repor os produtos. Em consequência de todo este cenário, a DS teve um aumento de vendas significativo.

O MECÂNICO: Nesta década de 2020, a perspectiva para a mobilidade é de um começo de transição de matriz energética. O que você espera para o futuro do mercado de reposição no Brasil?

SCHIAVETTO JR.: A indústria de autopeças de maneira geral irá sofrer, tendo em vista a diminuição de peças que compõem os novos projetos de veículos, mas a DS já está se movimentando para isso

 

Por Fernando Lalli

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