Com aumento na demanda e procura por carros com câmbio automático, saber como fazer a manutenção correta do componente é essencial
A venda de carros com câmbio automático vem crescendo, aumentando a oferta desses modelos. Segundo levantamento da Bright Consulting, entre janeiro e junho de 2021, 55,5% dos veículos emplacados no país são equipados com transmissão automática e suas variações, enquanto os manuais representam 44,5% dos emplacamentos. E aí surge a dúvida sobre a troca do óleo do câmbio automático.
Atualmente existem quatro opções de transmissão que dispensam o pedal de embreagem no mercado brasileiro, exigindo assim manutenção e cuidados distintos, como alerta Marcelo Martini, Gerente de Vendas do Aftermarket da Fuchs.
O especialista explica que o câmbio automatizado se refere a uma transmissão manual associada a um sistema eletromecânico que realiza as trocas de marcha eletronicamente, sem a necessidade de interferência humana. Já o câmbio automático convencional funciona com um conjunto de discos que, alinhado a um conversor de torque, vão se acoplando para realizar a passagem das marchas.
Além desses, há o câmbio automatizado de dupla embreagem (DCTF ou DSG), que emprega duas embreagens que substituem o conversor de torque, e o câmbio CVT de Transmissão Continuamente Variável, que diferentemente das outras opções, não conta com engrenagem ou discos. Martini reforça que seu funcionamento é realizado por meio de uma ligação direta entre o motor e os eixos do automóvel.
Mas e o lubrificante?
O especialista da Fuchs lembra que o lubrificante para transmissão tem diversas finalidades além de lubrificar o conjunto do câmbio, como resfriar a transmissão, realizar a limpeza das peças, garantir a pressão correta do sistema, evitar que se formem depósitos de impurezas e borras, além de proteger as peças contra a oxidação.
Vale lembrar então que cada tipo de câmbio tem uma forma diferente de funcionamento, com temperaturas e componentes internos distintos. Por isso, há lubrificantes específicos destinados para cada um desses tipos, amplamente testados para validar a sua performance e durabilidade. Aí entra a importância de escolher um fluído de qualidade, adequado àquele veículo específico.
“Desta forma, a utilização de lubrificantes incorretos ou não aprovados para aquele veículo, pode ocasionar, além de falhas nas trocas de marcha, o travamento do sistema de transmissão como um todo, resultando em um prejuízo muito maior ao proprietário do que investir na manutenção preventiva e no uso do lubrificante correto para aquele determinado modelo de câmbio”, afirma Martini.
Quais os sinais de que é hora da troca?
A dica essencial aqui é seguir as instruções do manual do proprietário, tanto com relação aos prazos estipulados pela montadora quanto assegurando a utilização do lubrificante adequado e homologado pela marca. Para saber se é hora de trocar, fique atento a sinais como trancos, patinações ou ruídos durante as trocas.
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