Meu nome é Murilo Barbosa, sou mecanico industrial a 20 anos.
A minha paixão por mecanica vem desde de molequinho, hoje tenho 43 anos e com muita experiencia dessa área maravilhosa, então decedi fazer algo bem bacana... compartilhar tudo que eu sei com vocês.
Marca é utilizada por mais de 40 montadoras de todo o mundo
A Heliar completa 93 anos de Brasil, uma vez que iniciou a produção por aqui em 1931, no bairro das Perdizes, zona oeste de São Paulo. Atualmente, a fabricante de baterias é utilizada por mais de 40 montadoras de todo o mundo.
Vale lembrar que em 2019, a Johnson Controls vendeu a divisão de energia para a Brookfield Business Partners, gerando a Clarios, que é líder global em soluções de energia, que hoje é a dona da marca Heliar, entre outras, sendo subsidiária da Brookfield Business Partners.
A Heliar, que caminha para os 100 anos, foi a primeira a criar uma bateria de chumbo-ácido para veículos com motores elétricos no Brasil, que também utilizam baterias de 12 volts.
Além disso, foi a primeira empresa a lançar uma bateria em caixa plástica e, também, a produzir baterias livres de manutenção, sendo ainda a pioneira na fabricação de baterias avançadas com a tecnologia EFB – Enhanced Flooded Battery de primeira geração e segunda geração no mercado brasileiro, que mais tarde chegou nos veículos pesados.
Atualmente, a fábrica da Clarios está localizada em Sorocaba, no interior de São Paulo, produzindo baterias para caminhões, ônibus e maquinários, bem como baterias estacionárias. Por lá, são 17 robôs na linha de produção e a capacidade de fabricação é de baterias é de mais de 10 milhões por ano.
Embreagem Sachs atendem aos modelos Delivery 4-160 e 6-160
A ZF Aftermarket lança um kit de embreagem Sachs para os caminhões Delivery 4-160 e 6-160 da Volkswagen. Os modelos são dedicados para o transporte urbano nos grandes centros metropolitanos como São Paulo.
Os caminhões Volkswagen Delivery 4-160 e 6-160 são equipados com motor Cummins ISF 2.8L com transmissão Eaton ESO 4206. Além disso, o kit de embreagem Sachs tem platô, disco e rolamento.
Feira abrirá as portas entre os dias 8 e 11 de maio no Expotrade, em Pinhais no Paraná
A Autopar está chegando e, claro, a Revista O Mecânico fará mais uma cobertura completa do evento com posts nas redes sociais e matérias no site. Portanto, para dar o pontapé inicial, amigo mecânico, traremos a agenda da feira, que abrirá as portas entre os dias 8 e 11 de maio no Expotrade, em Pinhais no Paraná.
Ao todo, serão 800 marcas, que estarão em um espaço de 30 mil metros quadrados. Segundo a Autopar, são esperados 600 expositores e mais de 60 mil visitantes durante os quatro dias de feira.
Vale lembrar que a Autopar, assim como a Automec, tem como foco viabilizar o acesso às novas tecnologias do setor, bem como reunir as principais fabricantes de autopeças brasileiras e, também, internacionais, uma vez que a feira recebe visitantes do Brasil e de outras regiões como a América do Sul.
Agenda
Dias – 8 a 11 de maio Horários – 8, 9 e 10 das 14 às 22h – 11 das 9h às 16h Entradas – É permitido apenas pessoas maiores de 16 anos e credenciadas Onde – Expotrade, em Pinhais no Paraná Credenciamento: https://ift.tt/7afHL8V
Soltura do cabeçote deve seguir uma ordem inversa da montagem
Amigo mecânico, ultimamente você deve ter notado que a Revista O Mecânico tem informado sobre torque e sequência de aperto de cabeçote de alguns motores. Por isso, decidimos trazer algumas dicas gerais para montar corretamente o cabeçote. É válido dizer que antes de começar o procedimento é necessário conhecer as especificações do motor que irá trabalhar. Portanto, fiquem ligados sempre nas nossas publicações.
Seguir a fabricante: a primeira dica é ficar atento com as recomendações da montadora, pois na desmontagem algumas recomendam fazer a soltura dos parafusos na ordem inversa, especialmente naqueles que trabalham com juntas metálicas. A soltura do cabeçote deve seguir uma ordem inversa da montagem, uma vez que os parafusos contam com sequência de soltura, não sendo algo aleatório, e, também, sendo inversa ao aperto.
Tensão de aperto: a segunda dica está ligada ao aperto do cabeçote, que deve ter toda a tensão saindo do meio para as pontas. Uma soltura irregular ou sem uma sequência pode causar deformação do cabeçote devido à tensão gerada.
Medição da planicidade: a terceira dica é a forma correta para medir a planicidade ou empenamento dos cabeçotes, usando uma régua e um cálibre de lâminas em seis posições diferentes. É recomendado utilizar um X nas laterais e no comprimento, além do azul da Prússia para observar se a marca ou não, uma vez que pode ter uma tolerância de empenamento, que varia entre 8 centésimos e 1 décimo de espessura nos motores.
Medição das guias: por fim, a quarta dica é medir o cabeçote nas laterais, no meio e nas extremidades, pois assim o mecânico irá conseguir identificar se o cabeçote está em forma de cunha, cônico, rebaixado transversalmente, bem como será possível analisar se é capaz de fazer o reaproveitamento ou recuperação do cabeçote com a planicidade correta, no caso do usinado.
Motorização entrega 150 cv com 25,5 kgfm de torque
Em março de 2016, o Volkswagen Golf ganhou uma atualização no motor 1.4 TSI, recebendo 150 cv e 25,5 kgfm de torque, com transmissão automatizada DSG de sete velocidades. Por ser um modelo aclamado pelos fãs, a Revista O Mecânico traz o guia da tabela de torque e sequência de aperto do motor 1.4 TSI do Volkswagen Golf.
Em relação ao torque do cabeçote, a primeira etapa é de 40 Nm e a segunda, terceira e quarta todas são de 90 graus. Já o torque de engrenagem do comando de admissão é de 55 Nm na primeira etapa e de 135 graus na segunda etapa.
A engrenagem do comando do escape tem torque de 50 Nm na primeira etapa e 90 graus na segunda etapa. A capa biela tem torque de 30 Nm na primeira etapa e 90 graus na segunda etapa. Por sua vez, o torque da tampa de válvula é de 10 Nm na primeira etapa e de 180 graus na segunda etapa.
Por fim, o cárter de óleo tem o torque de 12 Nm e as velas têm o torque de 25 Nm.
Motorização equipa o Fiat Mobi e Cronos, além dos Peugeot 208 e Citroën C3
Seguindo as matérias sobre os esquemas elétricos dos bicos injetores, chegou a vez do Fiat Argo 1.0 Firefly, que foi lançado em 2017. Esse motor entrega 75 cv com 10,7 kgfm de torque com etanol e 71 cv com 10 kgfm de torque com gasolina, sempre equipado com transmissão manual de cinco velocidades.
O motor, que estreou na Fiat, equipa veículos de outras marcas da Stellantis, como Peugeot 208 e Citroën C3, além dos Fiat Mobi e Cronos.
Veja o guia do esquema elétrico dos bicos injetores do Fiat Argo 1.0 Firefly
Estrutura reforçada, peso aliviado e V8 aspirado são preparados para a competição
A tradicional Stock Car voltou em 2024 com uma estreia em Interlagos com rodada dupla e carros esportivos bem preparados para os pilotos. A revista O Mecânico acompanhou de perto a movimentação da Stock Car no último final de semana. E para o amigo mecânico, mostramos agora como os carros são preparados para a competição.
Os Toyota Corolla da equipe Gazoo Racing são carros de linha de produção normal que são reforçados com cuidados muito especiais. Os modelos são modificados a partir do monobloco original retrabalhado e conjugado com estrutura tubular em aço e componentes em material compósito mais leves no capô, para-choques e retrovisores.
O monobloco do Corolla é desmontado por completo para a adaptação que passa pela instalação das paredes corta fogo, uma escotilha de teto e também a suspensão própria para a competição. Neste ponto o sistema não é o mesmo do Toyota Corolla convencional. O carro usa triângulos sobrepostos com amortecedores reguláveis de competição, barras estabilizadoras com regulagem interna no carro.
Os freios também são redimensionados com seis pistões na frente e quatro na traseira. A direção é comum do tipo pinhão/cremalheira com acionamento hidráulico com bomba elétrica.
No motor, os carros da Gazoo Racing trocam o 2.0 Dynamic Force aspirado e recebem o V8 6,8 litros 16V retrabalhado para render 460cv e 60kgfm de torque, quase três vezes mais potente que sua versão original. Além dessa potência o torque pode subir a 70kgfm e 550cv no modo “push to pass” para ultrapassagem. O câmbio é do tipo sequencial semiautomático. O tanque usa fibra de carbono e tem 114 litros.
Os pneus são aro 18 nas medidas 300/680-18 específico para competição em pista molhada ou seca. Veja a programação da Stock Car 2024 no site oficial da categoria.
Ao todo, foram 24 opções, que beneficiaram 23 projetos nas áreas de educação, esportes, saúde, cultura, ensino profissionalizante e inclusão social
A Phinia divulgou que ao longo de 2023 foram investidos aproximadamente R$ 1 milhão em 24 ações, que beneficiaram 23 projetos nas áreas de de educação, esportes, saúde, cultura, ensino profissionalizante e inclusão social. A empresa também informou que a empresa planeja manter o volume de iniciativas e igualar o valor alcançado no ano anterior.
Em comunicado a Phinia destacou que concentrou os esforços em instituições na cidade de Piracicaba, onde tem a fábrica de componentes Delphi, além de ter usado leis de incentivo fiscal na estratégia traçada para viabilizar as iniciativas, que permite às empresas investirem parte do Imposto de Renda devido em projetos sociais e culturais.
“Aprimoramos significativamente nosso impacto social em 2023, alcançando importantes marcos de contribuição. Participamos ativamente do desenvolvimento comunitário ao obter aprovação para seis projetos no FUMDECA, garantindo que diversas iniciativas locais recebessem suporte essencial. Além disso, nosso compromisso com a cultura e a arte foi evidente através da aprovação de três projetos pela Lei Rouanet, promovendo expressão criativa e enriquecendo nosso ambiente cultural. Não menos importante, demonstramos nosso comprometimento com a população idosa ao destinar mais de R$100 mil para o Fundo Municipal do Idoso, proporcionando assistência e melhorando a qualidade de vida dos idosos em nossa comunidade. É gratificante ver como as leis de incentivo fiscal podem ser instrumentos poderosos para impulsionar o progresso social”, disse Amaury Oliveira, vice-presidente de Aftermarket da PHINIA para a América do Sul.
A Phinia ainda disse que promove ações de arrecadação de alimentos, roupas, artigos de higiene, entre outros, destinados às instituições parceiras.
SUV compacto vem equipado com novo motor 1.0 três cilindros turbo e câmbio de dupla embreagem
Lançado recentemente, o Renault Kardian chega ao Brasil com características distintas do Duster, Sandero e Oroch, uma vez que vem equipado com motor 1.0 litro turbo de até 125 cv e transmissão automática de dupla embreagem banhada em óleo de seis posições. Mas será que os outros componentes desse propulsor são novos? Veja o vídeo completo do Raio X.
NOVO KARDIAN Tem algo do Sandero? É um carro novo mesmo? E a manutenção? RAIO-X
Além de ser turboalimentado, esse conjunto motriz tem injeção direta, duplo comando de válvulas no cabeçote, acionamento do comando por corrente, tuchos hidráulicos, 12 válvulas, 72,2 mm de diâmetro do cilindro, 81,4 mm do curso do pistão e 11:1 de razão de compressão.
O modelo também utiliza a nova plataforma Renault Group Modular Platform, que traz como característica a capacidade de mudar o entre-eixos e balanço traseiro, podendo ser utilizada por modelos que medem entre 4 e 5 metros de comprimento e com entre-eixos de 2,60 e 3 metros. Além disso, a RGMP pode receber alguns níveis de eletrificação como híbrido leve, híbrido e híbrido plug-in. Todavia, a Renault ainda não informou se o SUV compacto receberá algum sistema elétrico no futuro.
Aplicações atendem veículos da Iveco, Mercedes-Benz, Volkswagen, Volvo, Honda, Toyota e outros
A Nakata anuncia o lançamento de novos itens para as linhas de suspensão, direção e transmissão. Os produtos já estão disponíveis e atendem diferentes veículos dos segmentos leve e pesado.
Para a linha de transmissão o novo código para o grafo do cardan é direcionado aos modelos da Iveco, Mercedes-Benz, Volkswagen e Volvo.
Já a flange do cardan, recebeu três novos códigos que atendem os caminhões DAF, Iveco, Man, Volkswagen, Volvo e a picape Toyota Hilux.
No segmento de veículos leves, a Nakata apresenta novas aplicações de juntas fixas para o Honda Civic e caixa de direção mecânica para o Renault Kwid.
Dono do veículo não consegue engatar a quinta marcha e nem a ré por conta de folga no trambulador
Lançado em 2005, o Volkswagen Gol G4 chegou ao mercado equipado com motor EA111 1.0 aspirado de até 71 cv com 9,7 kgfm de torque. A transmissão é automática de cinco marchas com acoplamento de embreagem monodisco a seco, solução bem tradicional.
TROCA DO TRAMBULADOR DO GOL G4: passo a passo com prof. Ulisses
Com esse breve histórico do tradicional modelo popular da Volkswagen, a Revista O Mecânico traz o passo a passo da troca do trambulador de uma versão de 2008, que está com folga e, por conta disso, o dono do veículo não consegue engatar a quinta marcha e nem a ré. Para auxiliar no processo de desmontagem e montagem, contamos com a ajuda do professor e, também, Consultor Técnico da Revista Ulisses Miguel, que também fez o diagnóstico do problema.
“Pegando aqui na alavanca a gente já que está com folga, que está meio mole. Ligando o carro a gente consegue colocar normalmente a primeira, segunda e terceira, mas para quinta não tem alcance. A marcha ré também não entra”, analisou Ulisses. Já com o carro no elevador o professor constatou. “Com carro levantado é possível ver a folga na bucha que caiu, deixando o trambulador solto, por isso, não conseguimos fazer o engate da quinta e da ré”, afirmou. Veja o passo a passo completo da troca do trambulador do Volkswagen Gol G4 2008.
Confira os detalhes de manutenção do novo SUV da Citroën com motor 1.0 turbo T200 e câmbio automático CVT
texto Vitor Lima fotos Lucas Porto
Em conformidade com a sua estratégia de virar uma marca de volume, a Citroën lançou o C3 Aircross para integrar sua gama de veículos no final do ano passado. Com proposta de SUV, o Aircross é na verdade um monovolume que utiliza o motor 1.0 turbo T200, já conhecido em outros veículos do grupo Stellantis como Fiat Pulse, Fastback, Strada e Peugeot 208.
CITROËN C3 Aircross 2024 com motor T200 turbo: como vai ser a manutenção na oficina? RAIO X
O motor T200 três cilindros, desenvolve 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque e pode ser abastecido tanto com gasolina quanto etanol. Todas as três versões do C3 Aircross utilizam esse motor com um câmbio CVT que simula 7 velocidades e opções de 5 ou 7 lugares.
O C3 Aircross possui 4.320 mm de comprimento, 1.627 mm de altura, 2.014 mm de largura e 2.672 mm a distância entre eixos. Um dado adicional é a altura de 230 mm do solo e ângulos de ataque e saída de 23° e 30,3° respectivamente. Um diferencial da versão Shine, analisada pela Revista O Mecânico, são as rodas diamantadas de 17 polegadas, além dos detalhes em prata no para-choque dianteiro e traseiro. No entanto, a arquitetura do carro bem como itens de comodidades são muito parecidos nas três versões oferecidas por aqui.
Na parte interna, o painel de instrumentos é digital de 7 polegadas e a central multimidia tem 10 polegadas e permite conectividade com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay sem fio. No que diz respeito aos assistentes de segurança do Aircross, destaque vai para o ESP (controle eletrônico de estabilidade), Hill Assist (assistente de partida em rampa) e monitoramento de pressão dos pneus (TPMS). Com versões que tem preço a partir de R$ 99,9 mil, a Revista O Mecânico convidou o mecânico e proprietário da oficina Motor France SP, Fernando Araujo, para analisar a versão Shine, topo de linha do Citroën C3 Aircross, que parte do valor de R$ 129,9 mil.
Por baixo do capô
Ao abrir o capô e analisar distribuição dos componentes, o mecânico explicou sobre a facilidade na manutenção, mesmo que o motor turbo T200 ocupasse todo o espaço do cofre. “Você quase não tem espaço. Porém, olhando de uma maneira geral, na parte de manutenção, está bem mais fácil se comparado com o THP, por exemplo no acesso dos bicos injetores e do turbocompressor. Essas partes são mais visíveis”, explica.
O profissional aproveitou e acrescentou sobre as dimensões do motor e seus ganhos em questão de componentes. “Motor 1.0 turbo é pequeno e todo em alumínio, o que se agregou a ele é justamente a parte do turbocompressor. Você percebe que o espaço ocupado é do filtro de ar e do outro lado o turbocompressor”, conclui.
Apesar da caixa do filtro de ar (1) ser posicionado na parte de trás do motor e o turbocompressor na frente, para manutenção e troca do filtro de ar é simples, basta retirar as duas travas que tampam a caixa do filtro de ar para ter acesso ao componente. A substituição é indicada a cada 30 mil km ou 3 anos, o que ocorrer primeiro. Vale ressaltar que em caso de uso severo do veículo, substitua na metade do indicado, ou seja, a cada 15 mil km ou 18 meses.
Com a capa do motor removida (2), o mecânico terá acesso livre às três bobinas de ignição (3) e as velas de ignição (4). As velas são de irídio e tem prazo recomendado pela Citroën para substituição a cada 60 mil km.
Na parte de lubrificação do motor, a tampa de abastecimento de óleo (5) tem a vareta de verificação de nível integrada. Os motores 3 cilindros precisam de maior atenção no que diz respeito à lubrificação do motor. É importante que, tanto a viscosidade do fluido quanto a classificação do lubrificante atendam as recomendadas pela fabricante. A Citroën utiliza o lubrificante Mopar MaxPro Synthetic de viscosidade SAE 0W-30 e classificação ACEA 2, com as normas Fiat 9.55535-DS1/GS1. O prazo de substituição do óleo de motor é a cada 10 mil km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro. Em caso de utilização severa do veículo, reduza os períodos pela metade. Em manual é indicado que a quantidade de lubrificante junto com a troca do filtro são de 3,5 litros.
O turbocompressor (6) do motor turbo T200 é da BorgWarner e o profissional analisa a questão dos sensores no componente. “Nós não estamos acostumados nas linhas francesas o motor turbo ter alguns sensores que nesse motor está disponível. Um deles é o sensor de entrada de ar no turbocompressor, e o outro é o sensor de saída. Inclusive, o turbocompressor está antes do intercooler, e após, vai para o sensor MAP. Esses dois sensores são novidade para nós que realizamos manutenção na linha francesa”, informa Fernando sobre os sensores de entrada (7) e saída (8) de ar do componente.
Outro ponto com o turbocompressor que o profissional não deixou de mencionar é sobre a válvula wastegate (9) que tem a função de gerenciar a pressão na turbina. “Outra coisa interessante nesse turbocompressor é a válvula wastegate que, geralmente, é controlada por vácuo com um solenoide PWM. Porém, no C3 Aircross a válvula é totalmente eletrônica, ou seja, o módulo gerencia 100% o componente. Muito interessante, pois isso não é algo que estamos acostumados a ver”, conclui.
Uma área de difícil acesso em alguns veículos com motorização turboalimentada é o corpo de borboleta (TBI). Para Fernando, no motor T200 isso é facilitado (10) assim como a bomba de vácuo (11). “É uma bomba de vácuo robusta, justamente para garantir que não haja a perda de eficiência de frenagem”, informa o mecânico.
O módulo (12) chamou atenção do mecânico. “Para gerenciar todo esse conjunto eletrônico do veículo, você imagina a dimensão do módulo, que foi refeita para gerenciar toda essa parte eletrônica. É possível ver pelos dois conectores que são bem parrudos para conseguir lidar com todo esses componentes eletrônicos, como o sistema eletrônico do turbocompressor, injeção e tudo mais”, diz.
Componente que não traz nenhuma dificuldade de acesso ao mecânico é o reservatório do fluido de freio (13). O fluido utilizado é o Total Fluide Citroën HBF DOT 4 que tem recomendação de substituição a cada 2 anos e capacidade de 0,6 litros. Outro reservatório importante e que também não traz dificuldades no acesso é o do líquido de arrefecimento (14).
Localizado do lado direito do veículo, fica fácil para verificar o nível de fluido a cada 5 mil km ou 3 meses, conforme recomenda o manual. O preconizado para uso é o líquido de arrefecimento Supracoolant Diluído. O prazo para substituição depende da coloração original do fluido que foi utilizado. Para os casos do Supracoolant com coloração azul a troca deve ocorrer a cada 80 mil km ou 3 anos. Já os de coloração rosa, que é o caso do C3 Aircross analisado, o período é de 240 mil km ou 10 anos. A capacidade total do sistema é de 6,6 litros e caso o haja uso severo do veículo, reduza os períodos pela metade.
Fernando comentou sobre a importância da utilização do fluido de arrefecimento correto para o motor. “O maior cuidado com o bloco de alumínio é o tipo de líquido de arrefecimento utilizado. Se não for o preconizado, em excesso ele vira um corrosivo. Já tivemos histórico do motor 1.4 com corrosão de bloco, corrosão de junta, dos antigos Peugeot 206 e 207, justamente por causa do líquido de arrefecimento”, explica.
A bateria 12V é do tipo SLI-R com 60Ah e 480A de CCA. Um detalhe que chamou a atenção foi uma chapa metálica à frente da bateria (15). O mecânico comentou sobre. “Isso é uma proteção em caso de colisão. Ele é mais alto que a bateria e não é nenhum tipo de isolamento. Em caso de colisão, ele vai empurrar a bateria ao invés de danificá-la. Como a área à frente dela não tem proteção, qualquer situação de impacto ele vai afetar diretamente a bateria.
Undercar
Ao levantar o veículo no elevador, o filtro de óleo de óleo e o cárter do motor estão bem visíveis (16). A recomendação de substituição do filtro é a cada 10 mil km ou 12 meses, acompanhando a recomendação da troca de óleo do motor.
Para verificações ou até manutenção com a correia de acessórios (17), há um bom espaço de trabalho para o mecânico. Não há nenhuma capa de proteção que cubra o componente. A correia de acessórios deve ser substituída a cada 120 mil km ou 6 anos.
Fernando comenta sobre a existência de um esticador para correia de acessórios (18). “Às vezes, alguns profissionais estão acostumados com correia elástica de acessórios, já que a maioria é deste tipo, o que não é o caso desse motor”.
O profissional alerta referente a uma mangueira (19) que está próxima a correia de acessórios. “Tomem muito cuidado, pois, essa é uma mangueira da bomba elétrica auxiliar do turbocompressor. Ela possui um suporte para sustentação, e caso ela desencaixe do suporte, há um grande risco de ocorrer um rompimento dessa mangueira e ocasionar vazamento. Fique atento com qualquer tipo de manutenção nesta região”.
Um componente que chamou a atenção do mecânico no momento da análise do motor foi o intercooler (20). Por baixo do veículo, é mais fácil de ver e acessar o componente que é localizado atrás do para-choque frontal, do lado direito.
A mangueira inferior do radiador (21) tem uma conexão dupla, na qual uma dessas conexões é interligada ao trocador de calor da caixa do câmbio automática (22). “Diferente do que vimos no Peugeot 208 que era engate rápido, aqui no C3 Aircross a conexão tem uma abraçadeira”, comentou o mecânico.
A caixa do câmbio CVT (23) possui o cárter mais baixo, porém mais abrangente para parte inferior da caixa. Fernando comentou sobre. “Dessa maneira, o óleo de câmbio fica com melhor distribuição na caixa. O corpo hidráulico fica submerso no óleo”.
Apesar do bujão de escoamento de óleo da caixa do câmbio CVT (24) ser aparente ao mecânico, o manual do veículo informa que não há necessidade de substituição do fluido, apenas a verificação e controle do nível. O fluido utilizado é o CVT Fluid FE JWS 3401 Mobil e, conforme casos de mecânicos que tiveram em suas oficinas, câmbios automáticos de diferentes montadoras que apresentaram algum problema devido à falta da substituição de óleo, nós recomendamos a substituição a cada 40 mil km, como forma preventiva.
O módulo ABS (25) está próximo a caixa do câmbio CVT e, assim como a bateria, possui uma chapa de proteção, que no caso desse componente fica envolta. Alguns veículos posicionam o módulo ABS na parte superior, no C3 Aircross ele fica localizado na linha lateral do para-choque. Na parte de frenagem, o Citroën C3 Aircross tem freio a disco na dianteira (26), freio a tambor na traseira e sensor ABS nas 4 rodas (27).
Ao analisar o sistema de suspensão do SUV, Fernando comenta de alguns detalhes do conjunto. “A suspensão é McPherson com mola helicoidal. O conforto da suspensão está relacionado justamente com o tipo de amortecedor que é utilizado. Mas essa suspensão do C3 Aircross é bem robusta”. O profissional comentou também sobre a construção do conjunto de suspensão. “Aqui no C3 Aircross a suspensão foi bem dimensionada. Apesar da concepção da suspensão ser a mesma, as buchas de bandeja nas suspensões anteriores são arredondadas e tinham que substituir as quatro. Mas, nesse modelo, a bucha da parte frontal do agregado de suspensão, que era onde ocorria os maiores casos de problemas, agora é um sistema diferente, a bucha é encaixada na transversal. O que deixa esse conjunto de suspensão mais firme”.
O pivô de suspensão é rebitado (28), o que indica que não há substituição indicada para o componente. Agregado ao quadro de suspensão, está a caixa de direção (29). “No C3 Aircross anterior, a caixa de direção tinha motor elétrico, agora no novo modelo, a caixa de direção é mecânica e na coluna de direção está o motor elétrico”, informa Fernando.
Para o sistema de exaustão do veículo, há um intermediário (30) acompanhando com uma proteção térmica. Há outra proteção ao longo do sistemapróxima ao tanque de combustível com extensão até o silencioso no final do escape. “Importante aqui no sistema de exaustão é que o silencioso traseiro é de alumínio, o que evita corrosão causada por água no combustível”, explica o mecânico.
No sistema de suspensão traseira foi utilizado um eixo de torção com molas helicoidais e amortecedores com grande curso (31).
A parte de alimentação de combustível, o cânister é bem visível e não possui nenhum tipo de proteção envolta do componente. O filtro de combustível (32) está acima do eixo traseiro de suspensão do lado esquerdo. Para a substituição do filtro, o mecânico não terá nenhuma dificuldade devido ao espaço livre para acesso ao componente. A recomendação de troca é a cada 10 mil km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro. Um detalhe na parte de baixo onde fica localizado o estepe do veículo é a existência de um dreno (33). “Em caso de infiltração de água, ou derramamento de líquido no porta-malas você consegue realizar esse escoamento”, comentou o profissional. Ao final, Fernando deixa as suas considerações finais sobre o acabamento interno do Citroën C3 Aircross 2024 e aprovou a mecânica utilizada no modelo analisado. “O carro simplificou na parte mecânica e suspensão. As questões de acabamento interno do veículo, disposição e nível de acabamento eu esperava que fosse como a linha antiga. Porém, essa evolução com o motor T200 que não tinha na linha, era utilizado apenas o motor 1.6 THP, eu acho que a Citroën acertou com relação a escolha desse motor. É o momento, pois a maioria das montadoras estão utilizando motor de baixa cilindrada turboalimentado, justamente por questões de emissões. Eu gostei do carro”, conclui.