segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Jaecoo 7 tem manutenção de Chery Tiggo 7?

 

Desenvolvido sob a mesma plataforma do Tiggo 7, o Jaecoo 7 foca em visual e tecnologia com seu sistema Super híbrido

texto Vitor Lima   fotos Diego Cesilio / Jaecoo Divulgação

Modelo híbrido que se destaca por seu visual, o Jaecoo 7, lançado no Brasil em abril deste ano, foca na estética e tecnologia.

Em termos visuais, no exterior o SUV de destaca pela grade frontal, faróis em LED com design no estilo grid e porte robusto aos olhos. Já na parte interna, destacamos a central multimídia de 14,8 polegadas com conectividade aos sistemas Android Auto e Apple CarPlay sem fio.

Agora, no que diz respeito a sua motorização, o conjunto SHS “Super Hybrid System” é composto por um motor SQRH4J15 a gasolina 1.5 turbo de 135 cv de potência e 21,9 kgfm de torque, além do motor elétrico do tipo síncrono de ímã permanente, capaz de gerar 150 kW (204 cv) de potência e 31,62 kgfm de torque.

De acordo com a montadora, a potência combinada é de 339 cv e 52 kgfm de torque e, a transmissão DHT é de 3ª geração.

O SUV utiliza uma bateria LFP (lítio-ferro-fosfato) de 18,3 kWh, que lhe permite uma autonomia de 79 km apenas no modo elétrico e mais de 1200 km no modo híbrido.

O Jaecoo 7 conta com AAC, BSD (alerta sobre veículos no ponto cego), LCA (centralização na faixa), alerta de colisão e acionamento dos freios por emergência, TJA (sistema de gerenciamento de velocidade e direção em trânsito lento), RCTA, LDP, monitoramento de atenção do condutor ao volante e ELK.

Para analisar as condições de manutenção do Jaecoo 7, que parte do preço de R$ 229.990, convidamos Mario Bandeira, proprietário da oficina Escuderia Car Service.

 

Por baixo do capô

Ao olhar o conjunto motriz, Mario Bandeira comenta algo que chama atenção sobre o motor a combustão do SUV. “O que mais chama atenção é o motor 1.5 turboalimentado, com sistema de injeção direta e utiliza um ciclo que foge um pouco do convencional, o ciclo Miller. Basicamente, ele funciona da seguinte maneira, no momento da compressão a válvula de admissão fica mais tempo aberta, antes do pistão chegar no PMS. Isso ajuda na eficiência e consumo de combustível”. De acordo com o profissional, a eficiência deste motor, está próxima de 44%.

O SUV utiliza uma bomba d’água elétrica para o arrefecimento do motor, assim como para arrefecer o sistema híbrido do veículo. Isso resulta em diminuições de perdas de carga do motor, já que o componente não está acoplado as polias do motor.

Ao observar o reservatório do líquido de arrefecimento, o componente é único, porém, contém uma divisão interna. Desta maneira, o Jaecoo 7 possui os dois reservatórios, um para o motor térmico (1) e outro para o conjunto híbrido (2) em um único lugar. Claro que, é perceptível as duas tampas no mesmo reservatório, mas o fato é curioso, já que, geralmente, os reservatórios ficam em locais separados em outros veículos híbridos.

A substituição do líquido de arrefecimento deve ocorrer a cada 40.000 km ou 24 meses, o que ocorrer primeiro. As capacidades de fluido são diferentes, para o sistema de alta temperatura são 8 litros de fluido OAT, já para o de baixa temperatura, são 7,5 litros do mesmo fluido.

O conjunto híbrido utiliza uma transmissão diferente do convencional, de acordo com Mario. “Essa transmissão não é do tipo CVT, como utilizado nos veículos da Toyota e, não é uma automática como utilizado nos carros da Volvo. Aqui, O Jaecoo 7 usa um sistema de transmissão do tipo flutuante, que utiliza duas embreagens com sistema de 11 marchas virtuais. Essa simulação, visa suavizar ao máximo as sensações de trocas de marcha, além de diminuir o tranco causado no momento de substituição de tração entre motor elétrico e à combustão”, explica.

Diferente de outras montadoras, a Jaecoo recomenda a substituição do fluido de transmissão Titan EGD HT5105 a cada 40.000 km ou 48 meses.

O reservatório do fluido de freio (3) fica ao lado do alojamento da torre do amortecedor. A substituição do fluido DOT4 deve ocorrer a cada 40.000 km ou a cada 24 meses, o que ocorrer primeiro.

Ainda sobre o sistema de frenagem, o profissional comentou a ausência do servo-freio. “O sistema é totalmente independente com servos motores elétricos que atuam no momento da frenagem de acordo com o nível do pedal de freio”.

Ao lado do inversor (4), está localizado o módulo de injeção da Bosch. Sobre os cabos laranjas conectados no inversor, Mario faz um alerta. “Toda parte laranja é referente ao sistema de alta tensão. Sempre que for realizar alguma manutenção, fique atento a chave de segurança. Claro que, você precisará dos EPIs como multímetro CAT3, ferramentas isoladas, mas muita atenção a esse ponto”.

Há um trocador de calor localizado na parte de trás do motor, próximo ao módulo do ABS. Para Mario, todo o sistema de arrefecimento do Jaecoo 7 está bem dimensionado.

 

Undercar

Com o carro no elevador, a primeira coisa que pode ser notada é a chapa metálica, que protege a parte de baixo dos componentes do motor, assim como a caixa de câmbio.

A suspensão dianteira é do tipo McPherson com bandejas tradicionais e pivôs bem dimensionados (5). Já a manga de eixo é de alumínio, diferente dos componentes utilizados com maior frequência em ferro-fundido.

Outro detalhe são as gravações com o nome da Cherry nas peças, como bandeja de suspensão e nas pinças de freio. “Na parte da frenagem, isso é algo que muitas montadoras adotam a utilização de fabricantes especializadas na área, como Brembo, TRW, entre outras”, informa Mario. Vale pontuar que os freios dianteiros são a discos ventilados.

A caixa de direção é mecânica e possui assistência elétrica na coluna de direção. De acordo com o profissional, para a manutenção, esse sistema se torna mais simples.

Mario comenta sobre as bieletas do Jaecoo 7. “Eu achei essa bieleta muito fina para o porte desse SUV. Se compararmos com a barra estabilizadora, que é superdimensionada, a bieleta é muito fina”.

Partindo para o sistema de exaustão, logo após o catalizador, Mario elogia o sistema de escape (6). “Esse escapamento é muito bem feito. Não posso dizer com toda a certeza, mas creio que esse sistema de escape é feito todo em aço inoxidável. Caso necessite, a substituição é fácil, pois, o sistema é dividido em partes, o que facilita na hora da manutenção”.

Na parte central para traseira do SUV, está localizado o pack de baterias de alta tensão (7). O cabo laranja que vai para o motor elétrico, a conexão da parte que faz o gerenciamento eletrônico do pack e os dutos para o sistema de arrefecimento, são fáceis de ver e acessar.

A bateria de alta tensão é do tipo LFP e tem capacidade de 18,3 kWh, curiosamente, é o mesmo tipo e capacidade utilizados no BYD Song Plus. Ainda no pack de baterias, há mais conexões de energia na parte de trás do componente (8).

O filtro externo de combustível fica localizado ao lado do tanque e deve ser substituído a cada 30.000 km. Já o filtro interno, de acordo com a Jaecoo, é livre de manutenção.

Para suspensão traseira, o Jaecoo 7 traz sistema multilink com barra estabilizadora (9). A manga de eixo traseira também é feita em alumínio e os freios são a disco, porém, sólidos (10).

Ainda no eixo traseiro do Jaecco 7, Mario não gostou do posicionamento das mangueiras do sistema de arrefecimento (11). “Um ponto negativo é o posicionamento das tubulações do sistema de arrefecimento. Elas estão muito próximas das rodas e expostas. Poderia ter alguma proteção de plástico. Uma peça, ou qualquer outra coisa que tenha na pista, que venha a bater nessas tubulações, vai causar um dano gigantesco tanto na parte das baterias, como no motor elétrico”.

O profissional gostou do aspecto geral do SUV Jaecoo 7. “É um carro fora da curva. Na minha opinião, é um carro bonito, com muita tecnologia e muito bem estruturado”.

 

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