Escolha do método impacta diretamente na quantidade de óleo substituída e na eficiência do serviço
O procedimento de substituição do fluido da transmissão automática pode ser feito de duas maneiras: de forma parcial ou com o auxílio de uma máquina específica. Segundo o mecânico Cleyton André, da Elevance Automotive, a escolha do método impacta diretamente na quantidade de óleo substituída e na eficiência do serviço.
“A troca parcial, como o próprio nome diz, substitui apenas parte do fluido total do câmbio. Em um sistema com capacidade para cerca de oito litros, saem aproximadamente cinco ou seis litros, o que equivale a cerca de 60% do volume. Isso significa que de 30% a 40% do óleo antigo permanece no sistema”, explica.
Essa diferença ocorre porque parte do lubrificante fica retida no conversor de torque e em outros componentes internos, que não são esvaziados apenas com a drenagem. Para renovar esse fluido remanescente, é necessário que ele circule pelo sistema, o que é possível com o uso da máquina.
“Quando a máquina está instalada, ela se torna parte do circuito durante o funcionamento do câmbio. O fluido antigo passa pelo conversor de torque, é deslocado e substituído pelo novo, que ao mesmo tempo realiza uma espécie de lavagem interna”, afirma Cleyton.
De acordo com o mecânico, o processo com máquina é semelhante a uma diálise. “Além de trocar o fluido, ela faz um enxágue utilizando o próprio óleo novo. Por isso, costuma-se usar de três a quatro litros a mais do que a capacidade total do câmbio, para garantir uma limpeza eficiente e maior proporção de óleo novo no sistema.”
Apesar de mais eficiente, o procedimento não é capaz de eliminar totalmente o fluido antigo. “Sempre pode restar um pequeno percentual. Mas, comparado à troca parcial, o resultado é melhor. Trocar de forma parcial é como substituir o óleo do motor e não trocar o filtro: o óleo novo acaba sendo contaminado mais rápido”, conclui Cleyton.
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